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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Um pedaço de minha história

Completara dezesseis anos de idade, e precisava
urgentemente de um emprego. desde os
quatorze anos eu já me sustentava.
Tinha vindo da cidade de Ibiuna, no estado
de São paulo, para a cidade de Piedade, no
mesmo estado,
 sem um centavo nos bolsos.
Minha irmã mais velha me disse um dia:
-Eu arrumei-lhe um emprego na fábrica em que trabalho,
você só precisa trazer os seus documentos,
e me deu uma pequena lista.
Pela manhã, la estava eu, com o coração pulsando
pela expectativa de trabalho.
Eu nunca tinha sido registrada, embora já tivesse trabalhado
em uma lanchonete, e em uma padaria, na cidade de Ibiuna.
Então, com a possibilidade de registro em carteira,
eu me sentia muito feliz.
No dia seguinte, ja tendo onde morar, eu iniciei minha
nova experiência.
Fui morar com a mesma família em que minha irmã
morava, ficava a algumas quadras da fábrica, e nós podíamos
ir juntas para o trabalho a pé. Esta família tinha um grau de parentesco
com a minha mãe, então, ela nos acolheu com a finalidade de
que ajudássemos na manutenção da casa, tão logo recebêssemos nosso
primeiro salário.
No inicio foi muito difícil. Tão logo cheguei para trabalhar, me deram tinta
para pintar termopares.
Era um tipo de instrumento de medição e controle de temperatura. Tinha um tubo
metálico de aço galvanizado, com uma caixinha na ponta feita de alumínio fundido,
dentro dele ficava uma espécie de material trefilado também de cobre com dois condutores
elétricos. Num dos lados os fios eram encaixados em receptáculos de plastico, e do outro,
os fios eram unidos separadamente por dois bornes numa base de cerâmica fixadas por parafusos
dentro da caixinha. A minha função era pintar toda a extensão do tudo, na cor preta, e a caixinha,
na cor metálica.
Eu passava os dias pintando, uma função repetitiva e chata.
Era o que me pediam para fazer, e embora não tivesse nenhuma aptidão para lidar
com os pincéis, eu não podia recusar o trabalho.
Fiquei dias e dias pintando, ou lixando metros e metros de fios, que depois de
prontos eram enrolados e enviados para o controle de qualidade.
Nunca me colocavam para aprender a montá-los, embora, os tipos de termopares
fossem variados, e havendo naquele local, várias seções distintas.
Na casa onde eu morava também não era la grandes coisas. A noite, enquanto tentava
dormir, eu via ratos passeando por toda a casa. subiam os pilares de madeira até alcançarem
o teto, pois não havia lages.
Eles subiam e desciam como se estivessem apostando corrida, eram incontáveis, e eu
ficava acordada com medo que um deles caísse sobre minha cabeça.
Nós tomávamos banhos em uma espécie de banheira japonesa, dentro de
 um pequeno cômodo. Um tambor de óleo
cortado ao meio, disposto em cima de um fogão, com a boca do lado de fora alimentada
por lenha. Quando a água esquentava, íamos um a um, compartilhando a mesma água.
Tudo tão arcaico, mesmo eu sendo do sitio, e nos banhando em bacia, nunca compartilhávamos a mesma água.
Bom! mas era o que tínhamos, e era a esta condição que eu precisava me adaptar. Até ai, tudo bem!
No trabalho, eu fiquei sabendo,depois de alguns dias. que meu chefe não estava contente comigo,
mesmo sabendo que ele mesmo não me dava nenhuma chance para aprender outras coisas, a não ser pintar... e pintar.
E na casa onde morava aconteceu algo curioso: certo dia minha irmã veio com uma conversa
de que tinha sumido dinheiro da carteira do dono da casa, e que estavam suspeitando de mim, ela
mesma sabia que não era verdade, por que naquela época eu já fumava, e era ela que comprava cigarros para mim. Então, como podia eu não ter um centavo, nem para isto, se eu realmente
estivesse roubando?
No entanto, ela me pediu para não mais voltar para lá, que eles iriam me maltratar. ela me disse
que a mulher do dono da casa sabia que. não era eu a ladra, que ela viu o seu filho mais novo
retirando dinheiro da carteira de seu marido, mas que, ela não podia falar, senão, ela não sabia
o que aconteceria com o menino.
E eu levei a culpa, e fiquei na rua. Estava apavorada, não podia voltar para casa de minha
mãe, era muito longe. também não podia, simplesmente, abandonar o serviço, minha única
fonte de renda.
Aconteceu que, uma amiga saiu comigo após o trabalho, e nós conseguimos encontrar um novo
lugar para eu ficar. Desta vez, era no centro da cidade, numa casa limpinha, longe
dos ratos que tanto me assombraram.
Morava nesta casa uma bela senhorinha, com seu marido e um casal de filhos. Eu dormiria no sofá
da sala, e pagaria para ela uma quantia mensal em dinheiro.
No primeiro dia, me senti deslocada e muito sem jeito, afinal, estava num ambiente
totalmente desconhecido.
Bom! lá na fábrica, as coisas começavam a melhorar, o chefe saiu de férias, e milagrosamente,
deixou um moço em seu lugar, foi bem mais fácil fazê-lo compreender que eu não queria ser despedida sem mostrar o meu potencial. Então, o convenci a me ensinar outros tipos
de trabalho, como descascar fios, lixar as emendas de soldas, colocar pote e resinas nas pontas,
fazer ligações em receptores e etc..
Primeiro mês, primeiro salário, nada exorbitante, mas funcional, Dava para pagar minha
estadia e ainda me sobrava algum.
Mas, novamente, a sorte não me sorria tão facilmente,
Quando dava um bom passo, logo vinha mais um tropeço.
O filho da dona da casa logo se engraçou comigo, e fazia de tudo para
me namorar, e eu, sem noção, comecei a sair com ele, nada de pouca vergonha, apenas alguns beijinhos.
Eu tinha uma certa vergonha dele, pois ele tinha alguns dentes podres na boca, então,
quando saímos juntos, eu ficava evitando passar por gente conhecida, e logo,
isto me cansou.
Bom! Em pouca idade a gente logo se distrai, e comigo não foi diferente. Uma noite sai
com minhas amigas, lógico que não contei nada para o moço. Estávamos em uma lanchonete,
quando um lindo rapaz se aproximou de mim, e eu, me apaixonei, essas paixões de três
horas. Rolou alguns beijinhos, e , depois de algum tempo,, o outro mocinho que namorava, filho da casa onde morava, apareceu na porta, olhou-me
com raiva, e com razão, saiu batendo os pés.
Eu continuei na companhia da minha conquista, nos beijamos muito, e ele se ofereceu para
levar-me para casa. Fomos a pé, pois não era muito longe, eu estava tão feliz.
Nos despedimos na porta, sem nenhuma razão para fazermos promessas.
Quando entrei, a minha mala, literalmente, já estava pronta. A senhorinha olhava para mim e dizia:
-Você precisa ir embora, não pode mais ficar aqui!
Eu tentava fazê-la
entender que já estava tarde, pra onde eu iria aquela hora da noite?
Eu dizia: Não entendo?  como a Senhora vai se deixar levar pela conversa do seu filho,
a Senhora é quem manda aqui, ou não?
Mas não adiantou, ela não levou minha conversa a sério: Disse que seu filho não mais me queria naquela casa, e que, deixaria eu dormir ali, apenas naquela noite, e que no dia seguinte, ela
queria me ver longe.
Então, como ainda era cedo, eu fui até a casa de uma amiga e lhe contei o acontecido. Ela me
disse que não podia me ajudar, fomos a vários lugares para encontrar  um outro  lugar e... nada!
No dia seguinte, passamos a consultar várias pessoas na fábrica, e por pura sorte, uma menina
me ofereceu lugar em sua casa. Ela morava sozinha num quartinho, e me pediu para comprar
um colchão, e que poderia dormir ali. desde, que, é claro, que eu pagasse a metade do aluguel.
No fim do expediente, passei na casa da senhorinha, paguei-lhe o que devia, peguei meus
poucos pertences. me despedi agradecida, e sai.
Ao chegar em minha nova casa, a terceira em apenas dois meses. vi que era bem pequenininha, ficava
numa barroca, bem abaixo da rua. de parede e assoalho de madeira. Pelo menos tinha um
tanque onde eu podia lavar minhas roupas, e só....
Comprei um colchão e passei a dormir sobre ele, quase não comia nada substancial, apenas algum
sanduíche comprado no bar da rua.
Quando chegava do trabalho, lá eu ficava deitada ao chão, o que me separava dele, era apenas meu colchão. Tudo muito triste e vazio.
Comprei um radinho a pilha, e então, saia um pouco daquela vida tão solitária.
A amiga que morava comigo, saia muito, pois começou a namorar, e seu namorado acabou alugando
um quarto no porão da casa principal, que dava de frente com nosso quartinho, então, quando chegava do trabalho, ela ficava com ele quase que todo o tempo.
No meu trabalho.tudo ia bem, eu já dominava a arte de fabricação de termopares, até já tinha minha própria seção, pois quando, o chefe voltou de suas férias, eu já tinha aprendido muito.
Passaram-se alguns meses até que minha amiga, aquela que dividia o aluguel comigo, sumiu!
quase que, nem aparecia mais. eu então, fiquei sozinha. E numa tarde, quando eu voltava para casa,
conheci uma menina que também trabalhava na fábrica, ela morava numa rua paralela a minha, e
conversando com ela a respeito da minha solidão, ela me ofereceu um lugar em sua casa. Disse-me
que seu irmão mais velho ia se casar, e que se, eu quisesse, eu podia dormir na cama que ficaria vazia.
Quando seu irmão se casou, eu fui para a casa dela. Lá, então, eu tive um pouco de sossego, pagava mensalmente uma quantia para a sua mãe, e em troca, ela fazia uma marmita para levar para
o almoço na fábrica, e também me fornecia o café da manhã e o jantar.
Fiquei com eles por dois anos, para depois vir morar com minha irmã mais velha em Sorocaba, até
me casar e formar  minha família.
Trabalhei na mesma fábrica por nove anos e meio, provando assim, para mim mesma, a minha capacidade de aprender.
Neste meio tempo, voltei a estudar, concluindo o ensino fundamental.
 Herta Fischer




















Livres do legalismo por meio de Cristo (N. V. I.)

Bom, depois de expor
pensamentos, eu quero
mais uma vez usar de exortação por
meio da palavra.
Onde eu aprendi que:
Portanto, assim como vocês receberam Cristo
Jesus, o Senhor, continuem a viver Nele,
arraigados e edificados
Nele, firmados na fé, como foram ensinados,
 transbordando de gratidão.
tenham cuidado para que ninguém os escravize
á filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam
nas tradições humanas e nos princípios elementares
deste mundo, e não em Cristo.
Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude
da divindade, e, por estarem Nele, que é o cabeça de todo poder
e autoridade, vocês receberam a plenitude. Nele
vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita
por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo,
que é o despojar do corpo da carne. Isso aconteceu quando vocês
foram sepultados com com ele pelo batismo, e com Ele
foram ressuscitados
 mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre
os mortos.
Quando vocês estavam mortos em pecados e na circuncisão
da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou
 todas as transgressões, e cancelou a escrita de dívida,
que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele
a removeu, pregando-a na cruz, e, sendo despojado os
poderes e autoridades, fez dele um espetáculo público,
triunfando sobre eles na cruz.
Portanto, não permita que ninguém os julgue pelo que
 vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade
religiosa ou á celebração das luas novas ou dos dias de sábado.
Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém,
encontra-se em Cristo.
Não permitam que ninguém que tenha prazer numa falsa
humildade e na adoração de anjos os impeça de alcançar
o prêmio. Tal pessoa conta detalhadamente suas visões, e
sua mente carnal a torna orgulhosa. Trata-se de alguém
 que não está unido á Cabeça, a partir da qual todo corpo,
sustentado e unido por seus ligamentos e juntas, efetua
o crescimento dado por Deus.
Já que vocês morreram com Cristo para os princípios elementares
deste mundo, por que, como se ainda pertencessem a ele,
vocês se submetem as regras: "Não manuseie!" "não prove!"
 "Não toque!"?
Todas estas coisas estão destinadas a perecer pelo o uso, pois
se baseiam em mandamentos e ensinos humanos. Essas regras tem,
de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade,
falsa humildade e severidade com o corpo, mas não tem valor
algum para refrear os impulsos da carne. (Colossenses 2)
(N.V.I)








Sapo na lagoa.

Eu sou só mais um sapinho
perdido num pantanal,
que com os olhinhos pequenos e
vigilantes vagueio a procura
de paz.
Entre cobras e lagartos faço minha
casa as escondidas, e meus ovos
ponho na água.
Desenho um vai e vem
desperto, pois não posso
fechar meus olhos para
dormir.
A noite sou cancioneiro, para chamar as
amigas, só que mais desperto do que
nunca não posso me abalar.
Entre tantos, sou mais um, mas
não quero me perder.
Visito minha prudência, para tirar
dela conselho, pois
se vou meio desavisado,
ai mesmo é que me perco.
Herta Fischer

Onde somos mais suscetíveis

Montada num cavalo ágil de vaidades
 eu sigo.
Que me dirá a prudência,
que me regale e a esqueça?
Porque depois terei que suportar a dor.
E suportando-a, não terei motivos
para culpar outros pelo
meu retrocesso.
Diz o provérbio: Os
caminhos que se estendem a sua frente,
são caminhos atraentes a primeira
vista, repletos de frutos maduros
e deliciosos que enganam a mente,
E muito repentinamente se mostram
envenenados, vai matando aos poucos,
pois sobre o lenço da vaidade mora
a serpente.
E a serpente não descansa enquanto
não o levar para onde ela quer, e
ainda produzira em ti a desculpa
de que não sabia o que fazia, ela
te enganava com bruxaria, enquanto
mantinha em ti o sorriso do prazer.
Entre mulheres ardilosas planta
a crença, e sobre a curiosidade
dos homens planta desonestidade.
E o mundo vil e inescrupuloso,
cuida de regar mentiras, enquanto
a serpente os engole.

Herta Fischer

Tudo passa

Hoje mais uma lição,
ser feliz me basta!
Dormi, comi, bebi,
e o que mais?
Trabalhei!
A imagem do dia não cansa
de me mostrar seu rosto,
e sobre esta face eu me
inspiro no prazer de viver.
Ainda estou aqui, sobre uma
nuvem de expectativas, que me
leva a lugar nenhum, sobre a mágica
do sonho...eu passo, e vou passando,
até que o dia termine e
a escuridão da noite tome
a iniciativa de me mostrar
a inutilidade das coisas.
Tudo o que já possui, e que
para mim foi importante, já descansa
em algum lugar no passado, e
provavelmente o que ainda possuo
e o que por mérito ainda hei de
possuir se desgastará nos
braços do tempo que,
da mesma forma, também passará.

Herta Fischer

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vida perfeita

Bons tempos de criança quando eu não tinha
nenhuma relação com o mundo externo,
eu vivia a minha vida, sem estresse.
Era uma criança feliz, com o pouco que
tínhamos, andava descalça, e tudo que ouvia
e via me enchiam os olhos e ouvidos de prazer.
Hoje já não tenho mais sossego, gente grande só
traz problemas.
Se não tem, eles buscam razões para sofrer.
Ainda bem, que eu tenho uma forma de construir
a minha paz dentro de mim, neste cantinho
que é só meu,
onde eu posso extravasar  meus sentimentos,
sem limites nem fronteiras.
Cansa-me esta vida de adulto, ainda mais, quando
as pessoas só nos procuram quando estão precisando
de alguma coisa.
Vivemos num mundo cruel e perversor, e quanto
mais conheço certas pessoas, mais e mais sinto
em mim. a necessidade de ficar só.
Não sei se estou certa em me isolar, mas também
 não quero saber. O que realmente quero é seguir
em paz.
Estou me desligando dos comentários sobre política,
 e também não quero ouvir sobre guerras, quero
a minha vida perfeita, dentro de mim, pois
o que construo, não tem nada a ver com
essa pobre condição que o mundo oferece.
Decido então, pela pátria que me acolhe verdadeiramente,
e cuido da fronteira dos meus sonhos, que sou eu, e o
que está dentro de mim.
Em breve estarei livre, não terei mais que conviver
neste mundo injusto, onde  "comem criancinhas"em nome
de uma liberdade que jamais existirá.
Se morrer é libertação, então morrerei feliz!
Pois mais vale a morte do que viver sem
saber para que. Não quero e não vou dobrar-me
ante este modernismo sem valor, qundo
as coisas e animais valem mais  do que o ser humano.
Que me perdoem os idealistas, eu também
já fui uma, e acabei por perder as esperanças, enquanto
houver poder humano, continuaremos sendo escravos
de nós mesmos, e o mundo que idealizamos fica
cada vez mais distante.
Que seja feliz o que prega positivismo, eu não
abro mão de ser realista.
Não haverá Sócrates que mude essa conciência
maligna de capitalismo.
Herta Fischer







Sou feliz do meu jeito

Eu poderia tentar escrever aqui, histórias mirabolantes
relacionadas á drogas, prostituições, sexo, infecções por
vírus e outros, poderia tentar enganá-los com
mentiras, coisas que não trazem benefícios algum.
Poderia até querer fama e dinheiro, escrever para
publicação de livros, mas, não, eu só quero a
oportunidade de escrever o que penso, também o
faço para reforçar em mim, o bem que existe.
Se posso plantar sementes boas para mim,
eu posso semear para os outros um pouco
dessa semente.
É só isto que espero, não tenho pretensão alguma.
Tenho muito o que fazer, não sou néscia, cuido
de quatro pessoas, e só escrevo quando tenho
tempo livre, Primeiro as minhas obrigações
para com a minha casa e para com os meus.
Pois se, primeiramente, minha casa não estiver
limpa, como tentar limpar casas alheias?
Tudo o que escrevo sai da minha cabeça, alguma frase,
talvez, pode até ir de encontro com
o que disse alguns autores, não sei. leio muito, e
as vezes, alguma palavra ou ensinamentos ficam
gravados em minha mente. Se falei, é por concordar.
Escrevo porque gosto, não para ferir este ou aquele,ou
para mudar o mundo, só almejo a felicidade de todos,
assim como sou feliz do meu jeito. E quero
preservar esta felicidade compartilhando-a.
Herta Fischer






Que cada um colha o que planta

Pois é, meus amigos,
eu ainda estou aqui, pela graça
que vem do céu.
Até que termine os meus dias, insisto
na obediência!
Lógico que diante da minha fraqueza, ainda cometo
delitos involuntários, Muitas vezes, a
minha própria debilitação me entrega
a vicios.
Procuro constância em Cristo, pois
de mim mesma, só sai fraqueza.
Tento humildemente, levar a mensagem
do bem por onde ando, não com arrogância,
pois aquele que almeja o bem do outro,
nunca pode ser julgado por arrogância.
Não me importo em carregar cargas alheias,
mesmo tendo as minhas para carregar, Se
pudesse, com certeza, até faria mais.
Nem sempre foi assim, embora já tenha algum
sentimento superior morando em mim, em longa data.
Costumo receber tudo como dádiva, até chicotadas, pois
as lágrimas de sofrimento me tornam bem mais
próxima da uz.
Reclamo muito pouco da minha condição, e as vezes,
mesmo enfraquecida, me ponho de pé,
para dar testemunho de força aos que estão próximos.
O único meio que conheço para ajudar, é primeiramente
fornecendo bons testemunhos em forma de exemplos,  para
depois tentar falar por meio de conselhos.
Mas como a própria palavra fala: Dependendo da pessoa, falar
o bem, falar coisas retas, é como jogar pérolas aos porcos,
desconhecendo o seu valor, acabam enlameando-as.
É bem mais fácil seguir os próprios pensamentos de desejo,
do que ter que ouvir o que é bom.
Só quando acontece de dar com "os burros n'água' , ao sofrer
por negligência é que vem buscar conforto na palavra. E
as vezes, mesmo assim, ainda querem ouvir o
que lhes agrada. Porque  para esses indivíduos, a única coisa
que lhes interessa é a inflação do seu ego.
Eu já participei das redes sociais, eu escrevia, como escrevo aqui,
não para levar o que é mau, se não faz bem o que escrevo, mal também
não faz, e mesmo assim tive que sair, pois
teve quem não gostou de alguns comentários, principalmente,
 ao que se referia a contrariar ataques gratuitos a outros.
Então, fico na minha, o que não me acrescenta não me faz falta,
e como diz: "Que cada um siga o seu caminho, eu não posso
me responsabilizar por atitudes alheias, nem quero mudar
ninguém, su só queria livrá-los de um sofrimento maior no futuro."
E que cada um colha o que planta!
Herta Fischer












quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Apenas vasos

O meu dia hoje segue
tranquilo sobre uma reta.
Transborda em mim o sol,
mesmo que a terra esteja assombreada
por nuvens.
Amo fazer parte do dia, em conjunto
com milhões de espectadores
da vida.
Uns sonhando,outros
realizando. alguns
amando, outros ainda
esperando pelo amor.
Alguns se entregando
as ilusões das paixões, negativando
o seu saldo de prazer.
E eu, confiante no amor,
num amor livre de paixão,
apenas no aconchego
de meu sentimento em
relação aos outros.
Pouco soma aquele que
apenas recebe.
Eu costumo crer que tudo está
nas melhores mãos, nas mãos
do criador, como Ele
bem nos ensina: O Oleiro
sabe o que fazer com o barro,
e faz com as melhores intensões
vasos de honra e vasos de
desonra. Cada um moldado
segundo a Sua necessidade.
Mas no final, cada um
receberá a sua porcentagem
de lucro, segundo a que e para que
for destinado.

Louvado Seja o Criador
Herta Fischer

Escorado é bem mais fácil continuar em pé

Aquele que se perde nunca
se encontra, pois
se perde para si mesmo.
Mesmo que venham muitos e lhe
apontem a direção, seus olhos
estão tão fixos naquilo que
quer ver, que não permite que
se lhe abra os lhos para enxergar
um palmo adiante do nariz.
O desapego das coisas já é difícil,
mas o desapego de si é muito
mais complicado.
Alguém que não consegue ver
 o que está diante de seus olhos, e
fica a sorrir para a sua sombra,
tem um desvio de comportamento,
que os psicanalistas chamam de:
transtorno de personalidade dependente,
está sempre a procura de alguém para
satisfazer o seu ego, não
consegue caminhar sozinho, e
não encontra forças para fazer
por si só.
Como uma pessoa que quebra a perna
e acostuma-se a andar com muletas,
depois de muito tempo, mesmo
com os ossos recomposto, ainda
tende a mancar, não por que precisa,
mas por ter se acostumado com
a escora.
Está tão acostumado a viver
á sombra de alguém, que jamais
encontrará luz própria.
È o que está acontecendo atualmente
com os jovens, as mães passam a mão
na cabeça quando fazem alguma coisa
errada, e assim, aprendem que, fazer algo
errado não terá consequências.
Ou então, lhes dão tudo a mão. Quando
precisam cuidar de outro, eles
não abrem mão do conforto ao
qual estão acostumados e
não conseguem andar com
suas próprias pernas, entregando
toda a sua responsabilidade para
os pais, para uma instituição, ou
para qualquer outro integrante da família
que esteja mais próximo.
Eu falo, ninguém ouve. Então,
como diz aquele ditado: Se está bom
para todos, quem sou eu para
reclamar, não é?
Herta Fischer




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Desejo de pecador

Diz que me ama com
teus lábios, afagas
o meu ego com teu corpo,
mas teu coração está tão longe.
Mais fácil seria me amar
de outro jeito,
me amar com atitudes.
Cuida de mim
pela manhã e a tarde
me deixa a deriva, concentrado
em teu sonho, se esquece
que existo.
Preciso do teu respeito, pois
respeito é amor.
Quero qualidade de monge e
o que me dá é senso de homem,
 homem mente com seu
corpo, embora diga
ser amor, é só desejo
de pecador.
Herta Fischer.

Sem frutos, sem flores

Como se não me bastasse o hoje,
tenho que recolher para o amanhã.
Hoje eu desperdiço na preguiça.
Amanhã?...talvez!
E se o amanhã for só
um sonho?
Pelo menos hoje, eu
descansei.
De descanso em descanso a
vida passa, e
a figueira  sem fruto
será arrancada, sem ter
 conhecido a beleza
de frutificar,
Sem frutos, nem flores,
sem flores nem frutos,
e as cegas morres sem ver
a luz.
Tomastes o lugar da outra,
e ficastes a quê?
O deserto não precisa
de pastagens pois
ninguém vive
ali.
As bênçãos passam de largo,
e a fome se faz presente, nem
mesmo precisas de primavera,
pois não tem o florescer,
então, sobre dois
extremos vives
só para ti, e também,
para matar os que
a ti querem chegar.
Herta Fischer




Construindo-me

Que sabes de mim, aquele que bate
a minha porta?
Que sabes de mim, aquele que
passa do meu lado?
Quisera eu, ser posta do avesso,
quisera eu ser vista como sou.
Não é a beleza do corpo
que me faz delicada, não
é o que vês nas vestes
que mostram minha pobreza,
nem riqueza quando me
visto melhor.
Não é minha casa limpa que
mostra quem sou. nem
a simplicidade ou sofisticação.
Queres me conhecer, conversa comigo,
deixa eu falar, abre teu coração
para entender um pouco de loucura.
Sou uma mescla de tudo um pouco,
quando sou eu mesma, pois
da dor faço um barco
para atravessar a ponte,
e do acaso um favor
que me aborrece.
Mas da vida amigo...algo
em que ainda posso
construir.
 Herta Fischer






Amor infinito.

Que me negue o dia a sua força,
meus braços assim mesmo  se levantará,
Das coisas não tiro nada, só
as ilusões de prazer que logo
passa. Vem de cima a
plenitude do movimento e
abastada sigo meu rumo,
mesmo sem ter nada
em minhas mãos.
O que eu sou, como sou,
eu mesma não entendo,
mas entendo de
amor.
do amor que carrega sangue
em minhas veias,
do
amor que põe som
ao  se abrir a minha boca, do amor que
traz boas novas em meu coração,
do amor infinito que me ensinas
todos os dias, quando folgo
em razões que não vem de ti,
e assim mesmo me aceitas.
Herta Fischer

Sou esperança por confiar

Hoje eu acordei mais uma vez com
toda a confiança. Aprendi de Deus
que de mim nada posso esperar.
Mas, quando deposito Nele todas
as minhas realizações, o
meu fardo se torna leve.
E eu flutuo em seu amor como andorinhas
voando ao vento.
Bato serenamente as minhas asas na corrente
de ar que Tu me estendes em minhas horas,
e me comprazo em teu poder.
Pois para mim, Teu poder é tudo...Tudo!
Estou em meu quarto, a olhar pela janela,
observando o quadro que pintaste diante
dos meus olhos, e me realizo
em saber quão grande e magníficas são
as tuas obras Senhor.
Tu és o vento, e eu..A folhinha que tu
levantas.
Tu és a armadura, e eu...o pequeno
corpo que está dentro.
Diante deste pouco que sou, eu
me resumo ainda mais, para
fazer ênfase ao que me abastece. A
tua alegria.
E esta alegria Senhor, esta que vem de ti,
que nenhuma incerteza interrompe,
que nenhuma agrura derruba, faz
parte na minha alma que em ti espera!

Herta Fischer



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Felicidade é o dia

Quem nunca pensou em felicidade
quando está junto da pessoa amada?
Quem nunca pensou em felicidade
quando está completo no amor?
Pois eu te digo: Felicidade não pode
ser só isto!
Porque não se pode estar vinte e
quatro horas com alguém,
e tampouco estar completo
no amor, haverá as horas
de tristes amarguras por isto,
ou aquilo.
Só é feliz de fato, aquele
que se completa em tudo
isto por estar completo
em si mesmo.
Tudo que foi se esgotou,
e o que virá sera a paga
ou o preço a se pagar.
que fatalmente também passará,
então felicidade é o dia,
independente do que ele faz.

Herta Fischer


Duros como rochas

Coração de pedra,
por que não encontra
o seu sossego na
semeadura?
Só a colheita
é que te faz.
Onde entra o amor?
se é só para ti, de
que vale?
Pense na solidão
dos fracos, que sem
 coragem, se enfiam
em si mesmos, por medo
de sofrer.
Quem se dá, recebe. Quem
nunca dá também
não pode sonhar. Pois
sonhar sozinho
é nunca se realizar,
De uma gota só,
não se faz riacho,
há de se secar sem
conhecer a outra
que chega.
Mesmo que um
cresça mais que
o outro, ainda haverá
bons motivos
para se tornar dois.
Pois se um cair, haverá
outro que te levante.
Herta Fischer





domingo, 25 de janeiro de 2015

Aguas claras corren
en mi camino, en cascada
espera que el derrame
en mi día que amanece.
Sobre las alas rápidas y encantadas
que me llevan a bailar,
sobre la música celestial.
Voy al viento, voy al viento,
silencioso y triste, en busca
la ley de vértigo
me guía.
Entre las aves desconocidas,
Puse todo el merecedor
de crédito.
Creo, no yo,
Creo que es no sólo nosotros,
pero lo que agrupamos
es el mejor porque
la guía es que muestra
entradas y salidas, y
junto absorber
la extraña aventura
acerca de
que realmente importa,
es decir, cuando en realidad
nos damos las manos, estaremos
los mejores exploradores
el mundo
no se cumplen.

A união faz a força

Águas límpidas correm
em meu caminho, cascateando
esperanças que se derramam
em meu dia que desponta.
Sobre asas velozes e encantadas
que me levam em danças,
sobre músicas celestiais.
Vou ao vento, vou ao vento,
silenciosa e triste, em busca
da lei vertiginosa que
me guia.
Entre pássaros desconhecidos,
ponho todo o merecedor
crédito.
Creio, não sou eu,
creio, não é só nós,
mas o que de nós agrupados
se faz o melhor, pois
o guia é quem mostra
as entradas e saídas, e
juntos absorvemos
a estranha aventura
sobre o que
realmente importa,
a saber, quando realmente
dermos as mãos, seremos
os melhores desbravadores
que o mundo
não conheceu.
Herta Fischer



Alegoria

Melhor falar de festa,
melhor falar de beleza,
isto, sim, é felicidade,
quando soa o sino pela manhã
que te desperta, um sorriso
se abre feliz.
Sobre as sombras tu vives,
cara limpa, nunca.
Só despontas sobre um sol intenso,
como magica lenta e sonolenta,
só cores e amores.
Na aurora planta sonhos que
 não morrem, e na noite
colhe lembranças.
Essa felicidade constante,
no seu mundo colorido,
que não ha rancores, nem dores
de abandono,
só o semblante feliz.
É princesa em seu castelo,
és príncipes em meu jardim,
aonde quer que vá, aonde
quer que vá...A vida é isto,
doce mistério a desvendar.
Porque o que conheces
do amor, é alegoria gostosa
de sentir.
Herta Fischer





sábado, 24 de janeiro de 2015

Donos de tudo...donos do nada

Estamos tão envolvidos com o mundo,
que nos esquecemos do principal.
Eu hoje pensei a respeito.
Temos promessa de vida eterna e
ficamos focados nos
poucos anos que vivemos
neste miserável sistema.
Sessenta e cinco, setenta anos
no máximo, e por que precisamos
de tanto?
Várias propriedades, nunca estamos satisfeitos.
As vezes compramos terra, terra não deveria
ter donos.
Poderíamos ser donos de uma casa construída
com suor, mas terra? terra é sagrada!
Por que existe tanta terra abandonada, e tanta gente sem ter onde
morar?
Porque a ganância do homem não tem limite!
Tem tantas casas abandonadas que o homem
não abre mão, preferem perdê-la para o mato,
e continuarem sendo donos dela, ao
invés de deixar que aquele que não tem
faça uso.
Eu não sou socialista, mas sou Cristã, e
pensando em Deus, eu também penso no
próximo, acho que aquilo que para alguns
não tem valor, para outros é necessidade.
Mas, com certeza, meu pensar é loucura
pois quem em sã consciência abriria mão,
mesmo de um lugar abandonado, em
prol de alguém que necessite?


Herta Fischer


Ciclo vicioso

Hoje, depois de mais um dia de reflexões,
com o estômago cheio, mais que o
necessário.
comendo para saciar o tédio,
eu parei para pensar que somos nossos
próprios tropeços. Não são as pedras que
encontramos em nosso caminho que nos
 fazem tropeçar, e sim,  essa vida vazia
que levamos.
Uma canseira se instala em minha alma,
uma canseira de posses, e de saber que
nada disto me traz satisfação.
Fico entretida em frente da televisão,
que não apresenta nada que possa
trazer-me benefícios.
Colo meu bumbum no sofá, como
se pertencesse a ele, e procuro
saciar minha fome de vida, comendo, bebendo e
engordando, jogando lixo em minhas artérias,
para depois sair a procura de uma solução
milagrosa que emagreça.
Preguiçoso corpo que só busca por satisfação,
me enganando e fazendo com
que eu adoeça por dentro e por fora.
É escolha!
É isso que escolhemos, esse ciclo vicioso
que teimamos em chamar de vida?
Quando buscamos por satisfações
a qualquer preço.
construindo escadas mesmo sabendo
que em breve nossos pés já não
conseguirá subi-las.
Nos matamos em nome do divertimento,
deixamo-nos levar pela corrida atras do vento.
Amontoamos sem necessidade, até  nos
darmos conta de que tudo é em vão.
E quando chegar o fim, quando olharmos
para traz e darmos de cara com a certeza
de que, ao amontoarmos coisas, também
 amontoamos sofrimentos.
Que da vida mesmo, sabemos tão pouco!
Amontoamos para os outros, e o
nosso celeiro fica vazio, Já não
haverá mais espaço para nada,
a não ser para o lamento por tudo
que desperdiçamos, enquanto
ainda houve tempo de
viver e de fazer o
que era certo.

Herta Fischer






sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sobre custódia do tempo

Eu não pensava muito nas horas, para mim, era
acordar e dormir.
Não fazia muita questão de tempo, viver
me bastava,
a correr pelos campos repletos de flor
de marcelas.
Eu realmente não tive pressa, nem
para encontrar-me com o primeiro
amor.
Aliás, com doze anos de idade, quando estava
dentro de um ônibus, eu tive o primeiro olhar
dirigido com amor, pelo
menos, como muitos, era este o conceito do
amor.
Olhos nos olhos, desejo contido de tocar nas mãos.
Um sorriso sem graça, numa sensualidade inocente,
dentro do tempo em que se desperta o querer.
Ao me encontrar tão pertinho, numa festa de casamento,
o coração a bater forte, boca seca, e sorriso amarelo,
foi assim que sucedeu.
E quando uma boca juntou-se com a minha,
a roçar maciamente, eu simplesmente fugi.
Fugi do que senti, uma emoção avassaladora,
que me encheu de prazer e vergonha.
No outro dia, era domingo, dia de encontros,
era festa junina, muitas barracas, e entre elas eu o procurava.
Quando o encontrei, os seus olhos eram para outra,
quase morri de frustração.
Não mais encontrei aqueles olhos tão lindos
a me olhar com admiração, fiquei tão triste, não
quis acreditar, que o meu primeiro amor,
foi uma ilusão tão passageira.
Apenas um roçar de lábios, que se perdeu no
meu mundo tão pequeno, minha
vergonha o distraiu.
E eu fiquei só com as lembranças de
um sonho que morreu sem ter nascido e
hoje ainda vive sobre custódia do
tempo.

Herta Fischer

.

O que não existe não se mostra

Não tenho mais medo do escuro, nem
de tempestades, já sou eu inteira,
não fragmentos de bobeira.
O que vem, enfrento, pois não
se corre do nada, nem
do efeito que é real.
Trovoadas vem, trovoadas
passam, raios que caem, se não
matam, apenas passam.
Embaixo da cama não há mosntros,
os monstros só se mostram,
quando o medo chama.
Se não acreditar não pode
haver, se não há, não tem
porque temer.
O que há na luz, também haverá
na escuridão, nada se faz sozinho,
exceto na imaginação.
Herta Fischer

Confusão de sentidos

Falem a verdade.
Que bom poder falar o que pensa,
as vezes só bobagem, coisas
de que ninguém mais sente
falta.
Uma fofoca sobre nós, uma
fofoca sobre outro, apenas
conversa jogada fora.
Não é assim que a Gente se une?
Não da para fazer amizade no silencio,
mesmo entre dois mudos ainda há
conversações.
As vezes eu sinto falta de conversas
amenas, falar sobre nós, sobre
o que sentimos, deixar o
coração falar de modo inocênte,
o que eu fiz, o que você fez?
O que sofri, o que já fiz sofrer.
sobre bondade, sobre momentos
em que nos deixamos irar, até usando
as mãos para amenizar a
dor da afronta.
Quando nos sentimos apanhados, iludidos,
tendo que se defender de alguma calunia,
ou até mesmo nos defender do que
não se tem defesa, nos defendendo
sobre a nossa própria culpa,
que depois de revidadado,
entre o eu e o travesseiro, a consciência
 pesou.
E não nos demos por vencidos,
mesmo com o coração sangrando,
amando e desdenhando
daquele que nos fez sofrer.
Não te quero, quando se
quer, não te amo, quando o que
se quer é se ter nos braços.
Ir embora, chorar as escondidas,
jurar não mais querer, para
no dia seguinte, com apenas
uma voz doce, tudo
rapidamente ser esquecido.
Assim, somos nós, todos nós,
exceto  aquele que não
sabe o que é sofrer
por amor. ou por paixão,
dá no mesmo, pois
um sempre confunde o
outro.
Herta Fischer



Medida certa

Depois desse enfado de aumentar a quilometragem de meus pés.
eu fico imaginando o tempo em que ainda ficava a reclamar por
direitos.
Houve, na inocência de quem ainda não tinha
vivido o suficiente, tempos em que eu estimava consideração.
Lamentava o fato de, quem dizia me amar, não me dar satsifações
sobre seus atos, sobre aonde ia e o que pensava,
Sofri muito por esperar demais daqueles que realmente
não tinham nada para dar. Difícil ficar cobrando e cobrando
de quem não deve.
Apenas por estar ao nosso lado não quer dizer, que o outro
precisa se responsabilizar pelas nossas necessidades, pois
se não estamos satisfeitos por nós mesmos, não vai ser o outro
á nos satisafzer.
Hoje, mais ponderada e mais consciente eu percebo que vivi
a sombra da felicidade, Quase que cheguei perto, quase?
Não, por que o outro não me deu, mas porque esperei do
outro para obtê-la, e na esperança de que o outro me desse o
que não tinha, eu não tive coragem suficiente para em mim, encontrá-la.
Agora, neste momento, eu vejo  o quanto perdi por me dar demais, mais do
que o outro precisava. E fiquei a passar fome, enquanto o outro
se fartava.
Não que o outro não merecesse, mas que também, eu merecia.
Hoje não tenho mais fome, nem sede, sei saciar tudo isto dentro
de mim, fico satisfeita com o que posso me dar, não preciso
do outro para estar satisfeita. O que eu quero, agora é lei, e o
que o outro quer, tem que estar em conformidade com
a minha segurança, com aquilo que me satisfaz.
Estou feliz, encontrei a minha paz, segue comigo
quem quer, não quero companhia por obrigação, só quero
aquilo que o amor verdadeiro pode me dar.
Herta Fischer





quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Em memória da Tica

Eu sempre busco no fundo da memória alguma
história vivida quando ainda era criança.
E uma delas é a história da Tica.
Numa tarde de verão, meu cavalo havia ganho algumas espigas
de milho para degustar, e enquanto ele comia, uma galinha
e seus três pintinhos vieram comer as migalhas do
chão, se colocaram a frente dele. Meu cavalo era
muito amável, e não se importava em dividir o milho
com as galinhas. No entanto, aquele costume, naquela tarde
se transformaria em tragédia.
O lebuno foi espantar as moscas que insistentemente teimavam
em picar-lhe as pernas, e sem querer levantou as patas, batendo
com os cascos na cabeça da galinha. E a galinha morreu.
Minha mãe escutou de longe os pintinhos piando insistentemente,
enquanto o Lebuno terminava a sua refeição.
Foi ver o que se passava, e, para sua tristeza, viu a galinha sem vida
aos pés do cavalo.
Pegou os pintinhos nas mãos e os levou para casa, eram tão pequenos e
indefesos, então, minha mãe enrolou-os num pedaço de pano e os
colocou em uma caixa. Piaram quase que a noite inteira, sentindo a falta
da mãe.
Todos os dias nós os alimentávamos, moendo milho com a ajuda de um martelo, e
milho enrolado num saco, para fazer quirera.
Dois deles morreram, só ficou um, que após crescer um pouquinho, ao
percebermos que era uma franga, demos-lhe o nome de Tica.
A tica era formosa, tinha as penas amarelo ocre,
Nós a criamos dentro de casa como um animal de estimação,
 quando  sentávamos á mesa para as refeições, ela ficava rodeando
 e comia das migalhas que caiam ao chão.
Todas as manhãs, saíamos para ir para a lavoura, e a Tica ia conosco,
 e enquanto fazíamos as tarefas, ela ficava catando os bichinhos
que se levantavam do mato.
Sempre esperta e faceira, logo que colocávamos a enxada nas costas, ela já ia
se preparando para ir para casa. E todos os dias eram assim.
Dormia em sua caixinha, assim como aprendera desde pequena, e
quando começou a botar, fazia seu ninho na cama, arrumando os cobertores
com os pés.
Era tão bonito de se ver, perdera a mãe e nos adotou como sua família.
Porém, como tudo que é bom dura pouco. Numa tarde quando
vinhamos embora da roça, a tica nos seguia. E quando fomos atravessar
 a estrada, ela demorou um pouco, talvez por estar
atrás de algum alimento, quando pulou do barranco entre a vegetação,
 um carro ia passando, e sem perceber, o motorista passou por
cima dela.
Morreu esmagada, como um besourinho, não emitiu nenhum som,
e quando chamamos por ela, e ela não nos atendeu,
é que fomos perceber a trágica morte da nossa galinha.
Naquele dia não teve quem não chorou pela morte da Tica.
Me lembro daquele dia como se fosse hoje, não me esqueço
da galinha que mais parecia um cão amestrado, que nos seguia para
todo lugar, e que nós amávamos como um membro da família.

Herta Fischer







Família João de barro

Meu nascimento foi difícil, dizia minha mãe:
Alcancei quatro quilos, e para sair deu muito trabalho.
Era um sitiozinho, longe de tudo, entre densas matas, para
se chegar a estrada, era preciso caminhar sobre trilhos de cavalos.
Por sorte, minha mãe tinha uma vizinha, ela morava quase
 que no quintal da nossa casa. Se é que dava para chamar aquilo
de casa.
Minha vizinha chamou a parteira, uma mulher idosa que
morava a uns dois quilômetros de casa, foi então que, no
sétimo dia do mês de dezembro, numa casinha pequenina,
em um quarto sem janelas, sobre a luz de uma lamparina, eu
dei o meu primeiro grito de liberdade.
Ficava o tempo todo enrolada em panos, em ver a luz do sol
por sete dias.
No décimo quarto dia do mês, minha mãe saiu de dentro da casa
e me levou para conhecer a luz.
Tudo era novidade, a luz penetrava em meus olhos, obrigando-me
 a fechá-los quase que instintivamente.Minhas mãos lutavam
para  se desvencilhar do tecido que m,e amarrava, e por mais
esforços que fazia, não conseguia libertá-la.
Depois de um mês de vida, enfim, pude sair do casulo
de tecido, e passei a ter mais liberdade de movimento.
Já podia enfim, ver meus irmãos mais velhos correndo
no imenso quintal, sorrindo por qualquer motivo.
Fui aprendendo aos poucos, a razão de viver, momentaneamente,
apenas recebendo de minha mãe o necessário.
E que necessário abençoado. Tinha fome, lá estava a fonte
de leite jorrando em minha boca até saciar-me. Tinha tudo,
nada me faltava.
Em minha pequena casinha, me sentia como filhotinho de João de barro,
satisfeita em meu ninho.
De quando em quando, eu acordava e colocava minha cabecinha para fora
e resmungando conseguia o que queria. Lá estava a Dona Tereza de barro, pronta
para me satisfazer na maciez do amor materno.
Enquanto o Senhor Hugo de barro saia para buscar alimento,
 a dona Tereza de barro fazia a limpeza da casa e cuidava dos Joãozinho e
Joanas.
Que maravilhosa descoberta foi esta, quando eu descobri minha linda
família, toda arrumadinha, toda feliz em nosso pequeno mundo de
terra.
Que maravilhosa promessa, quando como João de barro, nosso pai
construiu o nosso ninho, todo enfeitado de luz. Fogãozinho também
de barro, lenha  no fogo, estalando como que cantando hinos, trazia
para nós o calor do amor.
Amo pensar em como tudo aconteceu, não sei ao certo, só do que me lembro,
e o que me lembro, me enche de orgulho.
Lá eu aprendi, que precisamos de tão pouco para ser feliz, Apenas dois corações
em sintonia faz a vida imensa, que no pouco a felicidade é mais constante.
Lavar roupas no rio, debaixo da sombra de uma jabuticabeira, sobre o canto
da bica de telha, que despeja a água que vem de longe, suave e hospitaleira,
nunca se desgasta, nem se cansa de servir.
E naquele manso regato tão minúsculo, a benção da água pura, que hoje não
mais se conhece. Sobre a sombra da jabuticabeira, criancinhas eram felizes.
O caminho marcado por passos que ali passavam por anos, a casinha cuja única
beleza era que vinha da terra, de terra batida e molhada amando a madeira enlaçada.
E os pássaros cantando enternecidos com as gargalhadas sonoras de quem
realmente sabe sorrir,  Eramos todos irmãos: a mata. os pássaros, a terra, a água,
a vizinha com seus filhos, a mãe, o pai, a semente que nos sustentava, e nós,
invencíveis donos de tudo.
Herta Fischer












Exortação a santidade (bíblia) N V I.

Portanto, estejam com a mente preparada,
prontos para agir; estejam alertas e coloquem toda
esperança na graça que lhes será dada quando
Jesus Cristo for revelado. Como filhos obedientes,
não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora,
quando viviam na ignorância. Mas, como é santo aqueles
 que os chamou, sejam santos vocês também em tudo
o que fizerem, pois está escrito:" sejam santos, porque
 eu sou santo."
Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente
as obras de cada um, portam-se com temor durante a jornada terrena
de vocês. Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis
como prata ou ouro que vocês foram redimidos da maneira vazia de viver,
transmitida por teus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo,
como um cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação
do mundo, revelados nestes últimos tempos em favor de vocês.
 Por meio dele vocês creem em Deus, que o ressuscitou dos mortos e
o glorificou, de modo que a fé e a esperança de vocês estão em Deus.
Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência a verdade,
visando ao amor fraterno e sincero, amem sinceramente uns aos outros
e de todo coração.
Vocês form regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível,
por meio da palavra de Deus, viva e permanente. Pois
   "Toda a humanidade é como a relva,
        e toda a sua gloria,
         como a flor da relva;
          a relva murcha e cai a sua flor,
          mas a palavra do Senhor
          permanece para sempre."

Essa é a palavra que vos foi anunciada.
Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja
e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de
coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação,
agora que provaram que o Senhor é bom.
1 Pedro. 1
Herta Fischer

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Prova de fogo

Pois é?
Quando precisamos passar no vestibular para
entrar numa faculdade, temos que fazer provas.
Provar a aptidão para o curso que escolhemos, se
acaso não passarmos, isto quer dizer que ainda não
estamos preparados para o que há de vir.
Tudo na vida tem um preço, e a falta de preparação
se torna um perigo para nós mesmos. Por isto é
que o homem ainda criança necessita de um guia,
alguém apto para ensinar tudo o que devemos
aprender para defesa de nós mesmos.
Assim também devemos ser provados espíritualmente,
Deus nos coloca a prova, antes de escolher-nos.
para que estejamos preparados para entrar no Seu descanso.
Numa casa, onde não há ordem, também não há paz, e
não havendo paz, também falta a obediência.
No princípio Deus fez homem e mulher, homem e mulher
os fez, e na primeira oportunidade houve traição, mesmo tendo
tudo, vivendo livre no paraíso, ainda assim, o desejo
do homem falou mais alto que a obediência.
Então, diante de suprema e grandiosa misericórdia, O
Senhor deu uma nova oportunidade ao homem. O de
pô-lo a prova, para ver se de fato a humanidade seria
constante em seu parecer.
Então, deu ao homem dois filhos: Abel e Caim.
O primeiro a dar suas ofertas ao Senhor, deu-as
por amor, o segundo deu-os por obrigação,
Deus, por sua vez, conhecendo o coração
e a intenção do homem, se agradou mais com a
oferta de um, do que do outro.
Caim ficou contristado com o não reconhecimento
pela sua oferta, e isto gerou inveja, e por não
ter sido aceito, matou seu irmão.
Então, Deus o castigou, mandando-o embora de
suas vistas, e o condenou a andar sem rumo e
ser perseguido.
Por qual razão o Senhor permitiu que Caim vivesse?
Para que ele, após sofrer como peregrino sem pátria,
pudesse encontrar-se com o arrependimento, pois,
não há maior castigo do que carregar a culpa pela
morte de um inocente.
Depois de algum tempo, Deus também pois Moisés a prova, assim
como Abraão, Isaque, Jacó, e outros.
Porque a gente precisa estar ciente das coisas para poder ser fiel
naquilo em que se acredita.
Não dá para confiar em pessoas inconstantes, que hora mostra
uma face, hora mostra outra.
As ofertas precisam prover da fé, e não para livramento próprio.
Eu dou em abundância, pela misericórdia que a fé produz em mim,
porque amo Aquele que me inspira a ter fé, e que me ensinou
a morrer na fidelidade amando o meu próximo.
Isto é justiça. Aquela que pela fé eu cuido, onde diz não matarás,
não porque eu posso ser preso, mas porque eu amo a criação
de Deus.
Esse amor é que dá testemunho de espírito, por este amor é que
somos provados, pois o que ama, jamais, em momento algum,
mesmo ferido e maltratado, ainda assim ama e não lança sobre
o outro nenhum revide.
Todos os metais preciosos são provados no fogo, antes de ser considerados
valiosos.
Assim também Deus requer de nós, que sejamos provados no fogo,
e não existe fogo manso, não existe fogo que não queima.
Todos os discípulos e profetas do Senhor Jesus conseguiram levar a mensagem
de livramento e de vida eterna em Cristo, não sem antes serem provados.
"O amor é paciente, é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se
orgulha, não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente,
não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra
com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 coríntios 13)
  Assim diz o Apóstolo Paulo: fui encarcerado muitas vezes, fui açoitado
 mais severamente e exposto á morte repetidas vezes. Cinco vezes recebi
dos judeus trinta e nove açoites, fui golpeado, apedrejado, naufragado.
Se devo orgulhar-me, que seja nas coisas que mostram a minha fraqueza. (2 coríntios 11)
Suportamos bem até quem nos escraviza e nos explora, e não podemos suportar as
fraquezas alheias por amor de Cristo?
Esta é a prova, a sinceridade mais que a obrigação, pois quando temos
uma faca em nosso pescoço é natural ficarmos amedrontados, mas
quando ainda livres temermos a Deus,  na confiança de que esta fonte
gera vida, e vida abundante para todos,
ai, sim, a sinceridade é constante. Sobre esta sinceridade não haverá
quem nos engane!
Herta Fischer.














Um novo homem

Hoje amanheci chorando por dentro, como
animalzinho desmamado.
Ontem eu sai para fazer caminhada, como
todos os dias, só que devido ao fato de
estar um tanto frágil, eu falava com Deus enquanto
andava.
Eu caminho com minhas reflexões, pois
quando tenho minha mente ligada em algo maior,
eu não sinto canseira.
Falei, então, como se fala com um amigo mais
chegado. Falei das minhas fraquezas, falei da falta
de amor no mundo.
Falei das injustiças no trabalho, falei das leis fracas, dos advogados
corruptos, da falta de governantes honestos, enfim! falei de tudo,
não que Deus não soubesse, pois Ele sabe de tudo, mas por
querer desabafar, e pedir para mim, alento.
Deus é um bom ouvinte, não me disse nada, mas compreendeu
a minha dor, e com certeza, ouviu tudo que eu disse.
Eu não quero paz só para mim, eu desejo sinceramente, que
se eu tiver que pagar pelos meus erros, que seja! Mas que todos estejam
bem. Eu espero que o mundo compreenda que, Existe sim, uma força
sustentando toda essa massa, e que, se, de alguma forma as coisas
acontecem, nunca é por acaso. O acaso pode as vezes nos parecer
injusto, Mas a consciência de Deus é imutável, e os seus propósitos
tão inimagináveis, que, por mais que tentemos compreender, nunca
alcançaremos Seu saber.
Ele sempre nos alertou sobre o amor, sempre nos alertou
sobre a mansidão, sobre o se colocar na pele do outro. e arrogantemente
seguimos nossos pensamentos, não prestamos atenção em nada que nos
ensina, como estudantes da bagunça, estudantes do fundão, só
pensando em sair da sala para fazer o que bem entender.
Fechamos os ouvidos para os ensinamentos de Cristo, que nos deixou
uma linda mensagem de como nos tornarmos filhos de Deus com Ele, de
como poderíamos através da fé, vivermos num mundo mais justo.
Ele foi fiel em tudo, para que pudéssemos alcançar graça em Seu nome,
e nem o minimo nós fazemos para merecer esta graça, andamos vagando
sobre nossos próprios conceitos errôneos, em busca de uma satisfação
transitória, vemos nossos irmãos sofrendo, mas não abrimos mão
de nós mesmos para estender a mão aos nossos semelhantes.
Por causa disto que hoje choro por dentro, por que por dentro
é que preciso mudar.
Decidi hoje, estar mais atenta as minhas ações, fechar a boca quando está ficar ávida
por julgamento. Decidi, assim como Zaqueu, subir na árvore para ouvir melhor
os ensinamentos de Cristo, e descer rapidamente quando Ele me pedir para descer,
e caminhar com Ele, consciente de que por Ele, eu posso mudar!

Herta Fischer



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A esperança que há em mim

Não mudamos o mundo, o mundo
é que promove mudanças em nós, dependendo
do que realmente procuramos.
Quando procuramos o bem, geralmente também
procuramos meios para se chegar a ele.
Estamos sempre em busca de respostas e
não nos deixamos levar por mentiras.
Lembro-me, de que, ao me ver sozinha,
eu procurava por satisfações, não
era satisfação de corpo, era uma satisfação maior
do que simples desejo carnal.
Eu andava a procura de Deus, assim como necessitava
de alimento eu precisava de algo mais que
acendesse uma luz, a vida tinha que ter significado, não
era apenas comer, trabalhar, namorar e dormir.
Passei anos da minha vida a procura, não
achei nenhum lugar que me cabia.
Não podia simplesmente aceitar que a vida era
alguns anos vividos e que depois o fim viria numa noite
qualquer, quando um anjo sentaria a minha cabeceira, me diria:
Acabou! teve todas as chances, e agora, só resta o lamento
pelo que não conseguiu fazer.
A escuridão haveria de levar-me, como tirar o fio
da tomada e a máquina que me sustentara por anos,
fosse jogada num canto, e fim....
Simples! não haveria mais lamentos, nem dor, nem
lágrimas, nem arrependimentos, nem memórias.
Se eu quisesse algo mais, eu precisava acreditar que
ao morrer ficaria vagando com uma alma sem corpo,
e mesmo assim, alguém poderia me ver, e colocar-me
 em algum lugar, para estudar e depois poder
 voltar em um outro corpo, para viver como outra pessoa
que não era eu.
Como assim? eu não desejo voltar, não sobre as mesmas condições,
o mal desta vida, o mal que os meus olhos enxergam do mundo,
eu não quero  mais ver, nem sentir em mim novamente esta fraqueza
humana.
Bendita a hora em que acreditei na ressurreição do último dia,
quando o Senhor Jesus nos ensina: Quando Eu voltar, para julgar
os vivos e os mortos, os que forem achados sinceros, eu os
ressuscitarei e os levarei comigo na morada eterna.
Para mim, isto basta. Eu espero! eu espero todos os dias em ti,
pois mesmo que eu venha a morrer, a minha esperança permanece,
Não ha vida para mim sem esta certeza. eu me consolo nesta promessa.
Acabaram-se as buscas, acabaram-se os medos, sobre este conceito
 eu deito e me levanto todos os dias, sobre este conceito eu me realizo, pois
sei que é verdade, mesmo que seja a minha verdade. Pois são as minhas
verdades, segundo o que eu aprendi de Deus, que me dão forças para
vencer os desafios da vida.
Herta Fischer











Eu não pedi para nascer

Tem gente que aprende fácil, e outros que
nunca aprendem.
Eu acredito que os que aprendem fácil, são mais
maleáveis, não são inconstantes, apenas maleáveis.
Já, aqueles que nuca aprendem são como pedras
sobre um riacho, são inconstantes e duros, seguem
conforme o curso do rio, não encontram estabilidade
em si.
Por mais que se fale, por mais que aprendam, estão
tão obcecados em fazer valer o eu, e os outros que se
danem.
Gostam de se mostrar, não pelo que são, mas pelo que
tem, estão sempre escondendo suas limitações, e quando
isto se faz evidente, colocam a culpa em outras pessoas, nunca
demonstram fraqueza, a menos que possam culpar os outros
pela sua decepção.
Tem até um caso engraçado, quando uma menina de doze anos,
ao ser pega numa falha e ser repreendida pela mãe, diz o seguinte:
"A culpa é sua, eu não pedi para nascer!"
Eu não pedi para nascer, justifica todos os seus atos,
ai já se mostra o monstrinho. Se faço isto ou aquilo, a
culpa é de quem me pôs no mundo.
A pessoa acha estar sempre certa, mesmo que o mundo
inteiro diga o contrario, e não abre mão de estar sempre em
evidência, sua vontade é lei, e uma vez não cumprida essa lei,
a revolta se dirige para todo lado, menos em sua direção.
E o que é pior, estamos todos sujeitos a perdas, mas uma pessoa
assim é incapaz de amar, e esta incapacidade lhe dá muito mais
motivos para perder com mais frequência. E quando perde, acha
que o mundo esta contra ela, e que ela não merece pelo que está passando.
Assim é o ego máximo, aquele que se vê como ser supremo, que tudo
deve estar voltado para ele, como peregrinos em Meca, e que,
se não pode ser visto, então os outros também não merecem viver.
Não haverá escritura neste mundo que os façam ver que vivem no erro,
passam a vida inteira sofrendo e fazendo outros sofrerem.
Herta Fischer



Em busca do ser que mora em mim

Eu tive grandes problemas ao relacionar comigo mesma, quantas
vezes me perdi, mesmo quando era criança,
 em minhas próprias descobertas.
Não tinha, como nos dias atuais, muitas informações, o
que eu aprendi, foi descobrindo, me apunhalando e
me curando.
Eu não fiquei alienada, talvez, pela liberdade que meus
pais me davam, pois, naquela época era comum ter muitos filhos,
e cada um precisava se conhecer por si, eramos como certos animais,
que viviam segundo a metamorfose do crescimento, desenvolvendo-se
conforme os acontecimentos.
Meus familiares nunca conversavam sobre a vida, o nosso conselho
era sempre dado em resposta a alguma coisa mal feita do qual eles
não concordavam. Geralmente, o conselho era uma surra.
Eu cresci sobre esta condição, não sabia o que era certo ou errado,
tinha apenas o modo de vida que meus pais levavam, como espelho.
Mas, também não falavam sobre isto, tudo ficava no ar.
Me lembro de certa vez, quando vinha da escola, com seis anos de idade,
eu e um coleguinha. Passávamos sobre uma plantação de cenoura, e
eu, gentilmente colhi um punhado e falei para o meu amigo: leva
para sua mãe!
O menino pegou as cenouras e se despediu de mim, eu fui para
a minha casa. Ao entrar peguei um copo com água e estava de costas para a
porta, provavelmente pensando em algo, quando senti
queimar as minhas pernas, doeu tanto, que até fiz xixi nas calças,
Quando olhei para ver de onde vinha o açoite, vi meu pai com o cavalo
parado do lado de fora, ele estava com as cordas nas mãos, ainda estavam
enroladas, eu olhei sem entender, com os olhinhos marejados de
lágrimas Só então foi que meu pai falou: Isto é para você aprender a
não roubar cenouras dos outros, e se calou.
E, eu pensei: tudo isto só por causa de meia duzia de cenouras!
Depois disto, toda vez que tinha que fazer algo, certo ou errado, eu fazia
as escondidas, preferia ficar comigo mesma, obtendo as minhas respostas
sem que precisasse apanhar.
Então, o que sou hoje, tem muito a ver com o meu passado, o fato
de não dar muitas satisfações aos outros sobre o que sinto e faço.
Tenho muito medo de causar infelicidade ou mágoa aos outros, que
as vezes até esqueço de mim.
E assim foi a minha juventude, sempre procurando agradar, sempre procurando
fazer certo, para que a vida não me chicoteasse assim como meu pai fazia.
Por sorte, eu sai de casa muito cedo, isto me libertou, me livrando de levar
surras, pois sozinha, não tinha ninguém me controlando, então vivi.
E vivi, e realizei,.Talvez tanto, que é difícil alguém dizer que viveu mais
do que eu. Só que, tomando muito cuidado para não me prejudicar, sobre
a responsabilidade que criei entre eu e eu mesma., de nunca fazer
algo que pudesse em seguida me arrepender.
Eu só podia contar comigo, então este sempre foi o meu foco: O de fazer
as escolhas certas, pois sabia que se errasse, eu teria que, sozinha, arcar com as
consequências.
Hoje, tenho muitas histórias para contar, primeiro, porque tenho (Graças a Deus)
uma boa memória, e segundo, também (Graças a Deus) uma consciência boa em
relação aos outros, e também em relação a minha pessoa.
Herta Fischer






segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Bicho papão

Tem alguns bichinhos invisíveis que se acomodam
embaixo da pele da gente e que causam coceira.
Pois é!
Eu penso nos bichinhos que assim como os de pele,
se acomodam na mente, impedindo-nos
de seguir, causando coceiras na alma.
Causam a sensação de que nada presta, nada tem valor, nada é bonito,
precisando muitas vezes de remédio para acalmá-los.
Esse é o mal da coceira da ingratidão, da coceira da pretensão.
Um vírus que causa mal estar.
geralmente, atacam pessoas mal preparadas, pessoas que não
aceitam a palavra não, que estão presas a causa, causa da não
aceitação da vida como ela é, causa da não aceitação de si mesmos(as)
como são;
causa de enxergar as pessoas como inimigas, ou até
mesmo causa de que alguma parte física não está bem.
São várias as causas, e essas causas fazem com que ela, (a pessoa)
encubra esse mal, se afastando de tudo.
Eu me lembro de algum tempo atrás, quando eu estava só, eu
trabalhava para me sustentar, não havia ninguém para se preocupar
comigo.
As vezes adoecia e não tinha nenhuma palavra de carinho, então,
eu dormia, pois dormindo, eu achava que o tempo passaria
mais depressa e eu não sofreria tanto o desconforto de não
ter ninguém por mim.
Achava a vida (ainda acho) muito cansativa. dormir, comer e trabalhar.
Não encontrava nenhuma razão para ser feliz, tinha alguns amigos, mas
só de fachada, de fato mesmo, não tinha ninguém.
Quantas e quantas vezes passei os dias dormindo, sem comer, nem pensar,
alienada ao sofrimento e longe de tudo.
Até perder o emprego, pois até para ir ao trabalho era-me um peso muito grande,
Perdi a noção da decência e do respeito para comigo mesma, eu me sentia como
se fosse nada, Como se nem a morte me quisesse.
Foi então, que, depois de muito pensar sobre minha (pobre vida) eu comecei a mudar.
Não era só eu no mundo; quantas pessoas estavam em pior situação que a minha, e
estavam vivendo, se não tão bem, mas pelo menos, estavam agradecidas
e contentes.
Lógico que eu não fiquei satisfeita em chegar a esta conclusão. Não era
o fato de haver pessoas sofrendo mais do que eu, que me trouxe a luz. Era o fato
de que, eu era saudável, eu tinha tudo dentro de mim funcionando perfeitamente,
e a causa da minha insatisfação não estava no fato de ser sozinha, mas,
no fato de sentir pena de mim mesma, sem pensar eu estava apenas querendo
que alguém me visse. E como me veriam, se eu estava escondida?
Eu encontrei valor, não nas coisas, mas nas pessoas, não no trabalho, mas em minhas
mãos que faziam., não na vida, mas no seu autor.
Encontrei a satisfação dentro de mim, pois dentro de mim encontro poder, poder
de mudança, poder de acreditar que em tudo podemos encontrar respostas,
só deixamos de encontrar respostas quando deixamos que outros
pensem em nosso lugar.
Hoje estou mais viva do que nunca, tenho uma família, um lar, e os bichinhos chatos
que me faziam coçar  e detonar a minha própria imagem, foram embora, porque eu acreditei
mais em mim, do que nos outros. E por isto, também os outros me veem de uma
forma melhor, talvez até melhor do que eu mesma vejo.
Herta Fischer








Sobre camas alheias

Vaguei sobre montanhas de entulhos, enjoada
por minhas escolhas.
Escolhi melhor viver entre trabalho
e cansaço.
E no pouco que descansei, ali mesmo
é que me desconsolei.
Alegrias tolas nos braços da incerteza,
alegrias tolas nas injurias do apego.
E a decência me dizia: Em que eu falhei,
se nunca pode nadar em meu manancial?
Só na beira da loucura tu andavas, e os
homens te condenavam, assaltavam sua
inocência.
Então, fiz para você uma bela cama,
de prazer e de sustento, e tu não
deitastes nela, por ser tão jovem e tão
preciosa eleita era da dor.
 Cravejastes em meu peito o sonho,
e me tirastes a certeza, e ele
enfim, morreu, sem nunca mostrar seu rosto.
E de dia, te buscava, e na noite te sentia, mas
estavas tão longe de mim.
Sobre o estaleiro sutil da memoria, me
enlacei no que falavam, e quis sobreviver
sobre a sombra da verdade que me contavam.
E os entulhos me sufocaram até perder a fala,
e deixei-me levar pela consciência alheia, muda
e sem vontade,
De tanto viver a sombra me escureci,
 tiraram de mim
proveito, e hoje eu me liberto, nunca
 mais durmo em seu leito.
Herta Fischer




De seda á palha

Humilde ranchinho de terra batida, carinho presente
em cada pedaço roubado, pois em toda
vez que o vento batia,
 mais uma janela se abria.
Torrões iam ao chão, e não
fazia questão de novamente voltar,
pois aonde caiam, ali mesmo faziam 
parte.
Ai, minha mente anuviada, sem sentido andas
por ai, quem te compreenderá?
De onde saiu toda essa palha que sobre um sol
forte, um dia se queima e volta ao pó?
E o bicho da seda que tece, tece nem sabe para quê,
para que o homem esperto se deite e se deleite
no trabalho que em ti se despertou.
Enquanto se faz, tanto a palha, quanto a seda, sem
motivo se semeia, e noutra parte se desfaz sem medo
de desfazer-se o que se fez.
Atordoada me sinto, se tudo o que faço se desfaz dentro
do meu querer, pois tudo é como palha, ou como seda,
uma diferente da outra, para cada uma, um destino, da rica,
da pobre, da mesma forma tu morres de tempo.
De tempo se alimenta, de tempo se desenvolve, e de tempo
te esquecem.
Essa sou eu a buscar-me nas encruzas, por hora eu vejo, depois
da lombada, some de fome.
Floreia em ti algo que me sustenta, após a tormenta, a água te
engole, nem mais é seda, apenas um punhado de palha que se lamenta.
Herta Fischer





Peço desculpas, falhas imensas

Uma hora, não mais,
entre o cobertor e um colchão,
meu corpo, enfim, descansa.
Aprisionado dentro de mim, pela
constância de histórias vividas, povoam
minha mente os sonhos.
Parece-me que ainda vivo os dias que
me arrastaram até hoje, de lembranças
em lembranças que quase se apagam.
E que comodamente ainda insisto em
trazer de volta, enquanto o sono não chega.
Espírito atormentado, mente cheia,
devo esquecer as ações passadas, para transformar
novas ações no dia a seguir.
Encontro em mim varias maneiras de viver bem. Do
que vivi no passado, só boas lições me acompanham.
Cada dia, uma novidade, cada novidade uma preparação
para que alcance o melhor ano, a melhor época para
vagar rumo a conquista mais singela, o dia da paz!
Se está calor, eu digo: Bom, bendito seja!
Se fica frio, eu digo: Bom, bendito seja da mesma forma.
E bendito seja a chuva, o lamaçal que vem após ela, e
bendito seja a falta dela, os torrões ressequidos e o
sol que de nós não se esquece.
E, bendito seja a dor que me desperta para a vida, que me aproxima da força
que brota em mim, que me leva ao Altíssimo com sangue
no olhar, com suplicas no coração, que me faz melhor.
E eu, tão mesquinha e má, que só quer me ver feliz, que não
quer conhecer violência, que clama pela sorte, que não quer
conhecer a morte, e que nada faz para merecer a luz.
Eu,  que me violento, eu, que me faço mal, eu, que fui
 encerrada na obediência
do nascer, desobedeço a ordem da vida, contaminando-me com
falta de senso, contaminando-me com as más intensões do corpo, e
crendo-me ainda merecedora de bençãos.
Eu quero passar...Bendito seja minha passagem, onde, como
nuvem eu possa fazer minha obra, como chuva, eu possa ser bençãos,
. que as folhagens me aplaudam, que meus afetos sorriam,
que eu possa, enfim, encontrar todos os motivos para pedir desculpas,
É isto que eu preciso. Só isto que eu preciso....Pedir desculpas!
Herta fischer






Mansidão

É lógico que a gente colhe o que planta. Né?
Porém, tem que nunca plantou ou colheu,
ou, o que nunca plantou, mas colheu abundantemente
o que outros plantaram.
A vida é mesmo muito curiosa. Me lembro que
um dia eu disse a alguém que tinha perdido um amor:
Deseje-lhe o bem, que o bem tornará a você!
E ela simplesmente olhou para mim e retrucou:
Nem tanto, só um pouquinho, não quero que ele seja mais feliz que eu.
O caminho da mágoa é intransitável, difícil caminhar por ele sem
egoísmo ou inveja.
Isto é o mal.
Egoísmo produz inveja, e que por sua vez, não deixa se conformar
 com o bem estar alheio. Ele
pode até ser feliz, mas não mais que eu. Se estou sofrendo, é natural
que ele também sofra até com mais intensidade do que estou sofrendo,
Mas ser feliz? Ah! isso não!
A bondade vai até onde pode satisfazer-nos, na hora em que não mais
nos satisfaz, vira ira.
E a ira não faz bem, nem para quem sente, nem para aquele a quem é transmitido.
Bom mesmo é manter o coração tão manso quanto uma ovelhinha, pois
na mansidão dos dias, se colhe melhor, na mansidão do
espírito se planta boas sementes.
E mesmo que não se plante, alguém distribuí, e se torna farto o amor
que alimenta tanto os que plantam como os que nunca plantaram.
Herta Fischer





Questão de juízo.

Oi galera!
Boa semana!
Hoje estou aqui para mais uma semana de
pensamentos.
Sabe, eu estava lendo a Escritura Sagrada, e como sempre,
gosto de fazer referência a alguma epístola, e ao ler
a introdução, observei que até mesmo a Escritura tem seus autores,
e que, se eu quiser escrever algo, eu tenho que mencionar seu autor.
Ai Adão, imagine a sua riqueza se ainda estivesse entre nós, se tivéssemos
que lhe pagar por tudo o que de você aprendemos, então, não poderíamos
fazer referência a nenhum animal, ou coisas, sem que na frente colocássemos
seu nome. Então vai; Adão
Na correria da vida. não nos damos conta do que aprendemos todos os
dias no que diz respeito á juízo.
Sabe, naquela hora em que estamos saindo de casa e nossos pais nos dizem:
Juízo, hein!
E a gente olha desconsertado para eles, respondendo: Tão grande é o nosso
juízo, que até tropeçamos nele. Pois é?
Até tropeçamos. Pois ninguém..ou quase ninguém é capaz de ser juiz de si mesmo,
não com justiça. Geralmente somos muito hábeis em julgar ações alheias, mas
quando se trata de julgar a nossas. ai, fica um pouco complicado.
Dizem que cada um tem "a sua verdade", mas, verdade é o que está dentro
dos valores de cada sociedade, ou melhor; de atos que não prejudicam.
Raramente paramos para pensar antes de cometer algum ato, vamos
na revelia, não escolhemos nossos caminhos pelo que é melhor, o escolhemos
pelo que é mais fácil.
Quase nunca  medimos  atos pelas consequências, medimos  primeiro pelo prazer,
depois, quando vem as consequências, ai é que vamos resolver o que fazer.
Os sofrimentos gerados pelo não juízo, faz com que cada vez mais soframos, pela
própria mentira que criamos para nos defendermos dos atos maus.
Pois atos impensados geram um carcinoma basocelular.( ferida que não sara.)
pois, geralmente vem acompanhado de culpa, uma culpa pela falha, e outra, pela burrice em si.
Isto é falta de juízo, pois aqui, quando falamos de juiz, falamos de justiça, não
á que está cega, mas, aquela que está atenta.
Ponderar no que fala, e faz, Eis o juízo perfeito, não só em relação a nos mesmos, mas
em relação aos outros.
Medir-se a todo instante, uma medida justa, aquela que cabe na largura e comprimento do dever de
cada um para cada um.
Eu sei que é muito difícil, mesmo porque não foram distribuídos espíritos idênticos, para alguns,
se deu mais, para outros, se deu menos. Porém, para aquele que se deu mais, mais e mais
lhe será cobrado.
Algumas pessoas até comentam: O que eu posso fazer? nasci assim, não tenho culpa, sou
eu mesma, e não quero ser diferente.
E sofre
por não aceitar mudanças em seu comportamento, por não aceitar rédeas, por querer
fazer mau uso da sua liberdade.
Pois todo mundo aprende, todos nós temos capacidade.
 Só não usa os bons ensinamentos, quem não quer, ou
pela indefinição do próprio caráter não faz nenhuma questão de ser leal, nem
aos outros, nem a si mesma(o).
Herta Fischer  (Adão)











sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Melhor ninguém saber o que se esconde no íntimo de cada um

É só chegar, pensar e escrever.
Me ponho a pensar em quem não pensa, em
quem não consegue refletir.
Tem gente que diz saber de tudo, mas não
sabe de si mesmo.
Se perguntarem como ele é: vai falar de características,
nunca dele mesmo, porque fatalmente, não se conhece.
Eu tenho receio de falar de mim, porque com certeza,
vou me diminuir aos olhos alheios.
A forma que eu vejo a vida é totalmente diferente
do que a maioria vê.
Não fico a esperar por retorno, se ninguém caminha comigo,
eu vou na solidão.
Quero congregar com as pessoas, mas ás sinto longe de mim,
tão alheias, tão na defensiva, que ao pensar em abrir minha boca, reflito
antes, e a fecho.
Melhor calada que ofendida, melhor deixar  que cada um
encontre seu próprio caminho, que defina seu próprio espaço, mesmo
porque pode passar cem anos, e a gente ainda não consegue se conhecer
e nem conhecer o outro.
Muitas vezes acontece de dormir na mesma cama, compartilhar
as refeições, ter filhos em comum, passear juntos, viver uma
mesma história, para no final chegar a uma triste conclusão;
Não nos conhecemos, falamos sobre tantos assuntos, sobre
a vida alheia, e de nós. falamos tão pouco!
É...Não é fácil mostrar a face, não é fácil ser verdadeiro. só
o que sabemos de nós mesmos é o que vai no pensamento
de cada um, e as vezes é melhor  mesmo que ninguém saiba..
Herta Fischer





Nas mãos do tempo que passa

Aquela criança que nada sabe, que espera e
sabe esperar, o tempo a leva até onde
quer chegar.
No abraço do braço do conforto se entrega, sem manejar
nem manipular, com choro se faz notar, na alegria se
faz admirar.
Simplesmente chega, sem eira, sem canseira, aprende o
dom de viver.
Vive seu sonho tão simples, tatuado nas mãos do
que comanda, do que se reflete no rosto que lhe dirige.
E aprende a sorrir com quem sorri, e a chorar do
que não se vê.
Suas mãos lhe contam histórias, seu paladar é olfato, e
sua experiência é o não saber.
De tudo faz sua alegria, não planta, mas colhe, não sabe,
mas tenta.
E de tanto tentar vai crescendo, como folhas despontando
a noite sem que ninguém perceba. quando vê, já passou.
Rápido se vai o tempo da criança, como abobreira ao
despertar, seus ramos caminham depressa,
E se faz noite em seu viver, pois o aprendizado
que antes se fazia sem percepção, agora, lhe
cobra razão.
Herta Fischer


No pouco, maior valor

Todo projeto envelhece com a gente, chega
a hora em que o único projeto é
aproveitar ao máximo as alegrias.
Geralmente, ficamos fixados no mundo externo,
em como multiplicar nossos bens, em
como ganhar mais dinheiro.
Esquecemos que o que mais importa, é o
nosso mundo interior, é onde construímos
a verdadeira riqueza.
Quando aprendemos a cultivar em nós a
fonte do bem, quando aprendemos a equilibrar
nossos sentimentos, regrando os desejos, as outras
coisas se fazem sozinhas.
E o resultado é saúde mental e física, porém, para que
alcancemos este equilibrio, é necessário absorvermos os
ensinamentos mais simples, A alegria de juntar corpo e mente,
deixá-las equiparadas, como se um não se satisfizesse sem
o outro. Para que isto aconteça, devemos deixar de lado
essa consciência de morte, de terror, vivenciando a vida
em todos os sentidos, sem enganar a mente, desfazendo-se
do velho homem preso a situações comodas, não querendo abrir
mão do velho conceito dos homens baseados em ilusões.
Desde que o mundo é mundo que as pessoas ficam ligadas
a sentimentos vãos, esperam, esperam, e nunca recebem,
acreditam, acreditam, e nunca conhecem milagres.
Mantém tradições, repetindo o que dentro de sua visão
enxergam, não deixando que os olhos vejam por si mesmo.
Será preguiça?
É mais fácil ouvir e aceitar, do que contrapor e buscar?
É mais fácil engolir o que já foi mastigado, do que pensar
em usar seus dentes?
Todo caminho largo e farto, não exige muito, porém, nele, não
se sabe o que se esconde, pode facilmente ser enganador e
levar num beco sem saída.
O caminho estreito e moderado nos levam ao crescimento, pois
nos desvia de fazermos coisas impensadas, faz com que usemos
mais a mente para ponderar e escolher melhor onde pisamos.
Assim, fica mais difícil tropeçar.
Onde ha muito, muito se perde. Onde ha pouco, o valor é riqueza!
Herta Fischer





quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Destino fugaz

Ao perder o meu amor eu pensava: Como
pude ser tão infantil?
Ao encontrá-lo, dizia comigo mesma: que era obra do destino,
sair de uma cidade, migrar para outra só
para encontrar um bem.
Que destino, que nada, a felicidade foi embora,
e eu fiquei muito só.
Como pode o destino me enganar, fazer da minha
vida um paraíso, para depois virar este caos.
Não durmo, nem como, minha carne se consome
mediante tanta dor.
Tão logo a tristeza passou, como tudo que passa, o
vazio deixado foi aos poucos preenchido por mais
uma esperança, eu logo vi que o que se vive jamais
será desperdício, pois
de tudo se tira lições. E a cada dor que passa, em
seu rastro vem outro motivo para ser feliz.
Então, conclui, que o destino tem muitas faces,
 e muitas histórias diferentes, nem sempre dor,
nem sempre felicidade, é uma mescla de
ilusões capaz de ser e de ter sentido, para quem
continua acreditando no amor.
Herta Fischer



Âmago da minha fé

As vezes me perguntam se sou professora,
outras, se sou psicóloga, outras ainda, se
sou ninja, eu dou muitas risadas.
E respondo: Viver não me assusta, enfrentar
tempéries não me assusta.
É justamente na hora mais difícil que
eu recebo mais forças, eu vivo
a minha paz dentro de mim, não preciso
buscar la fora.
Também não ligo para o exterior do copo,
eu faço questão de que por dentro esteja limpo.
Este é meu lema: Dependo só de mim, mesmo
que haja muitos ao meu redor.
Me satisfaço comigo mesma, não faço
questão de viver muito, só o necessário "Até onde Deus permitir".
Acredito piamente que Deus está no comando, que através do Seu
Filho eu obtenho tudo o que preciso,
Não preciso de muito para viver, só de fôlego
e de coragem. E as duas coisas recebo de presente,
todos os dias quando abro os meus olhos.
Assim se faz minha inteligência, no âmago da minha fé.
Herta Fischer

Revelação do homem iníquo

Em tempos interiores a este,
não podemos dizer que tínhamos melhores condições,
era um tempo muito difícil em termos financeiros, mas
 em contrapartida, a dona vergonha amenizava
 as contravenções
A bíblia nos diz claramente que, haveria um tempo, onde
o homem da iniquidade seria revelado: Este é o tempo!
 A dona vergonha se afastou da humanidade, deixando
evidente o caráter do homem, mostrando a sua
real intenção, se boa ou ruim.
Iniquidade:
.É o ato de transgredir a lei ou os bons costumes, ato de mau caratismo, sacanagem, ação que desagrade alguém ou a muitas pessoas, ato malvado, transgressão às leis. A iniquidade vem sempre associada ao cinismo, ou seja, é a prática do mau ato sem que a pessoa que o comete assuma ou reconheça aquela ação como ato errado ou cruel. Iniquidade é o reconhecimento de normalidade em uma ação que é descabida e agressiva.

Está muito evidente que a afronta, a imoralidade e a corrupção
 está ativa em todos os segmentos da sociedade, que
a falta de pudor é o responsável por esta degradação humana.
O não haver justiça aumenta a fome dos iníquos, e cada vez mais, a sociedade cai na
armadilha do engano.
Por isto, é que se diz: Não dá mais para diferenciar o que é bom, do que é mau. Não vem escrito na testa, 
homens comuns, maltrapilhos ou engravatados, tanto faz, cometem todo tipo de atrocidades.
Não escondem mais o que são, gostam do mal e se apoderam dele para evidenciar seus desejos
malignos.
E aqueles considerados homens justos são perseguidos por não compactuar com
a loucura que a falta de vergonha traz.
Muitos esperam pela manifestação do homem da iniquidade, e o diabo já faz sua festa, tirando vidas inocentes, matando
roubando e enganando em todo o tempo.
E os homens que continuam seguindo o seu caminho
 depositando  sua esperança
em Cristo, acabam se perdendo ao se deparar com tantas situações ruins, com
tantas injustiças, tantos enganos e tanta impunidade, criando neles a revolta, e na revolta,
acabam, infelizmente, se distanciando de Deus.
Por isto eu sigo o meu rumo, morro, mas não tomo conselho com o mundo!

Herta Fischer



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Meu nome é trabalho


Desde que me conheço por gente, eu já
usava minhas pequenas mãozinhas para
ajudar meu pai e meus irmãos na lavoura.
Lembro-me que, nem tinha força para capinar,
mas lá estava eu, fazendo buracos na terra,
com uma enxada nas mãos.
Livre como todos os seres sem limitações eu
amava estar ali, e trabalhar.
Não era por dinheiro, era por puro prazer.
Quantas e quantas vezes eu apenas ajudei, sem
pensar em retornos. nem conhecia dinheiro,
 e já conhecia o trabalho.
Nunca tive preguiça de colocar "a mão na massa",
amava o que fazia, fazia bem qualquer tarefa.
Isto me fez ganhar responsabilidade, pois
desde sempre a pratiquei.
Não gosto de pessoas folgadas que jogam
as suas responsabilidades em costas alheias.
Todos deviam sentir prazer em trabalhar,
 tanto quanto
sentem em comer e dormir.
Porque para dormir e comer não é preciso
 ninguém mandar, aquele que nega o
trabalho, então, que também não coma.
Trabalho é dignidade, é benção,
é sagrado, é com o trabalho que a gente paga
as contas, que não fica devendo nada a
ninguém.
Pois aquele que não trabalha e deseja coisas,
sempre tira do fruto do trabalho
do outro.
Isto é vergonhoso e desleal.

Herta Fischer