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Lá onde aconteceu
Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
Castelado por dentro
sábado, 19 de novembro de 2022
Plano pessoal: Quem somos?
Entre luas e sóis, me conduzi, pelas promessas de viver
Percorrendo planetas de necessidades, absorvendo energias magnéticas
do pré-existente
Encantada com as luzes que a aurora despejava, pela manhã, em potes de favores.
Dentro de minha historia havia enredo ao redor, E tudo se complementando
como fios a tecer.
Mãos abençoadas, cheias de força, vontade imensa de ir além, flores que desabrocham
por cima dos caules, tão diferente e tão ligadas. Participando do mesmo baile, convertendo no mesmo ritmo, aliados a mesma alegria.
Eu, participante, como funcionalidade de algo superior, sem, no entanto, saber, ao certo, por onde entrei, nem, de que modo, saio.
Pontos brilhantes me sondam á noite, enquanto meu corpo fica inerte e vivo, entre um sonho e outro, até despertar, para, novamente, ser inserido em outro momento, no mesmo espaço que ocupo.
Por que vivo, se morro? Será só para suprir a necessidade do espaço?
Ou algo superior ao conhecimento há que não posso compreender?
Deus é melindroso em seus acasos - não se mostra nem nos dá sabedoria para entender quem realmente somos e com que finalidade nos fez, já que é supremo em si mesmo.
Talvez, sejamos parte d'Ele mesmo, assim, como, o sal, faz parte do mar. Talvez, Ele viva em nós como células compondo corpo, e vida compondo transito. Se transforma, em muitos, sendo um só.
Cada um trabalhando para a continuidade do tempo em cada estação de tempo - entre virtudes e vícios.
Hertinha Fischer
quarta-feira, 16 de novembro de 2022
Destino fantasma
Senti a mão do destino á alisar minha alma.
Me apaixonei ao primeiro contato.
Havia expectativa de felicidade
nasceu amor imediato
Lá se iam a dançar pelos vales
cor de sorte, sul a norte.
perfume de vida e alegria,
nem de longe cheirava morte.
Destino lindo e charmoso,
toque aveludado despertou desejos,
sonhou caprichos, chegou choroso.
Acobertado pelas honrarias
Que a soberba trás e logo se desfaz
bonito hoje, parecendo leve
Amanhã, sofrido e pesado jaz.
Homem que abraça o corpo
sem, no entanto, trazer amor
Engana a alma e sentimento,
em seus abraços só causa dor.
Hertinha Fischer
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
Tempo enigmático
Tantas horas vão morrendo pouco a pouco, enterradas
em esperanças
Ha quem diga que viver é sentir-se livre, Liberdade, quem será?
Algo que não se vive sozinho, então, liberto não está, já que não dá
para entrar em pensamento alheio. E mesmo quando se pinta pensamento
com cores de escrita, assim, mesmo, ainda é algo incompleto..
As vezes se quer falar sobre as coisas, algum sentimento em relação a um objeto,
ou indivíduo, e o que se consegue é duvidar ainda mais da concretitude.
Mais fácil seria fantasiar.
Fantasia, pelo menos, caminha longe do real.
E a realidade é bem mais completa do que parece, a realidade é fugaz demais para que se mostre
por inteira. É avassalador não ter controle sobre ela. Num instante, parece, no outro é duvida cruel.
Tão assim como a realidade de um pássaro, que se aninha em copas de árvores para dormir, e na noite seguinte, pode a árvore nem estar mais lá.
Ando meio inconformada com essa realidade chamada tempo. E com as coisas que nele acontece.
Faz-se, faz-se, e novamente, vai estar lá para fazer. Um ciclo que nunca se acaba. Tão logo se fecha um, se abre outro na brecha.
E os que amamos e que se foram, para onde se foram?
Em que tempo se esconderam?
A realidade os trouxe, a realidade os fez raciocinar, a realidade os fez semear, a realidade os fez crescer, envelhecer e morrer.
A realidade é um sonho que só dura por um tempo, que se mostra sem tempo para explicar.
Conta-se o tempo por dias e noites. E em que dia ou noite se termina o tempo?
Talvez, sejamos mesmo como as folhas, que, de tempo em tempo, caem e morrem, e num piscar de olhos, se renovam até que o tempo esqueça de prolongar seus costumes de nascer e morrer.
Quando olho para as coisas ao meu redor, penso no até quando. Até quando é um ponto de interrogação.
Dai, começo a entender a tarefa do tempo e acabo compreendendo Deus.
Se é que Deus possa ser compreendido dentro das coisas passageiras, que vão e vem num tempo que não se pode ver. E se tornam tempo dentro do tempo.
Hertinha Fischer
sábado, 12 de novembro de 2022
Dois polos
Dentro dessa caixa cerebral que nada define,
entre massa encefálica e descrédito, onde
se cria, em revelia, o inexistente descabido da ilusão.
Vaga e viaja entre as frondosas ondas do sonho que nunca houve
na real compreensão do viver.
Desfaz-se da verdade absoluta, entre a mentira de um poder abstrato,
descorrente e inativo de um ser que se consome nele mesmo,
como uma musica que, de repente, se é lembrada, sem, no entanto, fazer sentido.
Vejo, em cada passo, uma corrente, que se alinha nos tornozelos, enlaçando o encalço,
derrubando o andar.
Como flertar com o vazio?
Sentindo fome de mim, sem saber, se, do que sou, sobra algo no final.
Já conheci solidão, fiz amizade com o silêncio e amei as silenciosas frentes frias que assolavam as folhas mortas que agonizavam abaixo dos meus pés.
Caídas e desmoralizadas, se amontoavam entre organismos invisíveis que as desejavam, infantilizando
velhos costumes de ouvir vozes sem som.
Doído senso de coitado, sendo e sentindo-se menor que grãos de cominho. Pelo menos, os grãos se tornam. Eu, me torno o quê?
O tempo também envelhece sentimento, enruga e frustra vontades,
despeja nuvens sobre cores, desbota caminhos e desenfeita paixões.
De modo, que, nem todos são iguais, sentem com o mesmo frescor e se combinam com os mesmos números.
Tudo dependerá de que fonte nasceu. Se você fosse eu?
Hertinha Fischer
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
Golpe baixo
Me despeço com pesar
deste meu chão,
Ha rusgas no meio das ruas
bocas secas a falar sem voz
olhos que choram sem lacrimejar.
Códigos indecifráveis, em mentiras se conta
sem contar seus avessos contras
Direção não há, flechas se vê pelos arbustos,
escondendo sangue entre as folhas.
Secura de vertente, escorrendo entre os ventres,
lodo de todo lado.
Povo mais que sofrido, mãe sem marido, pai sem pátria
Bonde sem passageiro, lacre rompido.
Poder engole a prole, da prole só quer o gole.
Golpe fatal, no coração do coração.
Hertinha Fischer
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Estou aqui a pensar em escrever mais um poema, assim, como qualquer trovador, que busca em seu mundo, palavras que designem um...
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Difícil imaginar plantando aqui e colhendo lá. Aonde se planta é aonde deve-se colher. Ignoro, as vezes certos conceitos de que depois q...
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Na constância desses meus dias, passos e mais passos não contados. Muitos. Sem freios em meus devaneios. Esporeio. Fui meio que trôpega, s...