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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

sábado, 24 de dezembro de 2022

Passado em cacos

 Ainda bem que não esperei. Embora, sempre tenha andado ao lado da esperança - Falas e falhas, falei e falhei, subsisti e desisti.

Domesticada e selvagem ao mesmo tempo de passa tempo.

Amedrontada por nada e corajosa por tudo. Ser - sonhei, sendo- realizei.
As montanhas me esperam, veneram a altitude, olhares de cima, cumes e vales, mais vale que valesse.
Nas entranhas da terra - fogo que não queima, derrete pedra, formas se levantam nos outeiros, os abismos a recebem para encarar o que vive acima das trevas.
Nós, que passamos, passado também se demora para esquecer o que se esquecerá ao passar, não retornará o presente, nem o passado, até mesmo o futuro. furtivo, passa.
Segredos enterrados, sequestrados e submerso nas profundezas da terra. Ruínas sem historia, apenas cacos a serem tocados com imaginação. Só Deus atravessa tempo e espaço. Vivo e eterno, conduzindo a verdadeira razão, até novos meios de criar novos céus e terra, onde novos seres que não seja homem, se torne algo bem maior, que, simples, corpo que passa!
Hertinha Fischer.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Cardo extremus

 Sei e quando vi, já era tarde.

A paineira já desabava
Teu braço que me acolhia
de cansaço, se recolhia
Entretanto, entre tantos,
minha vista se cansava
A neve que caia de seus galhos,
no outono.
Assim como eu, já secava
As beiras floridas das estradinhas,
sulcos abertos de tanto passar,
transformou-se num ladrão de
memória, solidão a solidarizar.
Já na festa não ha muita musica.
nem cigarras á despertar
Horrenda limpeza de cores
telhados a desdenhar.
Ruído de vozes ao longe,
amarga e sem conteúdo,
voz de criança, mudez.
Sem sementes para despertar,
só na casca se torna graúdo
O cansaço me toma de todo
da raiz a ponta dos dedos.
Sem cheiro e sem paladar
ameaça com seus enredos
Nada significa, tudo se intensifica
Não simplifica, nem justifica
Inútil ir sem causa, enfim
que a causa morre ante mim.
È como passar sem perceber,
e perceber o amarrotar.
Hertinha Fischer.


Estudando realidade

 Entre as folhas mortas e chão batido, fiz um longo estudo sobre a realidade. Assim foi muito mais fácil compreender a vida.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Uma dose de eu

 Nasci como uma estrela, assim, por acaso!

No chão batido de uma casinha com cheiro de lar.
Desvendei o mistério do existir.
Revirei as matas do destino para me achar
Me perdi nas encruzilhadas da ignorância que, por vezes, me fez andar sem rumo.
Como uma corsa que procura efeito em seus feitos, comendo o que lhe cabe no estômago, surgindo, apenas, seguindo o rumo que seus pés conseguem.
Não me sinto confortável em louvar minhas pisaduras, que, as vezes, soavam duras.
Meus olhos cansaram de ver frutos caírem e se despedaçarem ao chão, sem ter quem os aproveitassem.
Vi a alva, mas, também senti a noite.
Não sabia á que vinha, mas, tinha que saber como fazer sem saber.
Me sinto um tanto culpada, as vezes, quando lembro que me perdi em minhas caminhadas, e me envolvi com o desconhecido das horas e dos momentos. E sem querer machucar, machuquei.
Ao mesmo tempo em que me dedico, por inteira, muitas das vezes, me sinto fraca e descompensada, agindo, sobremodo da forma que não queria.
Dizem que devemos aceitar tudo como certo, mas, o que é realmente certo?
Acusam o machado de cortar árvores, mas, de que lhe serviriam a lâmina se não nascesse para cortar?
O certo das coisas foram criadas com discernimento, servem sem escravidão.
Agora, o errado das coisas são as coisas que foram feitas para certas coisas e se metem em outras coisas que levam as coisas em outro patamar de coisas para fazer das coisas, coisas inúteis,
Hertinha Fischer