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Ciranda noturna

  E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Mansidão

É lógico que a gente colhe o que planta. Né?
Porém, tem que nunca plantou ou colheu,
ou, o que nunca plantou, mas colheu abundantemente
o que outros plantaram.
A vida é mesmo muito curiosa. Me lembro que
um dia eu disse a alguém que tinha perdido um amor:
Deseje-lhe o bem, que o bem tornará a você!
E ela simplesmente olhou para mim e retrucou:
Nem tanto, só um pouquinho, não quero que ele seja mais feliz que eu.
O caminho da mágoa é intransitável, difícil caminhar por ele sem
egoísmo ou inveja.
Isto é o mal.
Egoísmo produz inveja, e que por sua vez, não deixa se conformar
 com o bem estar alheio. Ele
pode até ser feliz, mas não mais que eu. Se estou sofrendo, é natural
que ele também sofra até com mais intensidade do que estou sofrendo,
Mas ser feliz? Ah! isso não!
A bondade vai até onde pode satisfazer-nos, na hora em que não mais
nos satisfaz, vira ira.
E a ira não faz bem, nem para quem sente, nem para aquele a quem é transmitido.
Bom mesmo é manter o coração tão manso quanto uma ovelhinha, pois
na mansidão dos dias, se colhe melhor, na mansidão do
espírito se planta boas sementes.
E mesmo que não se plante, alguém distribuí, e se torna farto o amor
que alimenta tanto os que plantam como os que nunca plantaram.
Herta Fischer





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