O rincão, da criancice, que traz saudade de outrora,
quando, o piso, de terra batida, tinha gosto de amora.
O meu cavalo no pasto, a relinchar de paixão,
por gosto de trabalhar, andava a riscar o chão.
O fogareiro no canto, a cantar sobre as brasas
esquentando a chaleira e a água,
a fumaça a bater suas asas.
A maçã a desejar minha boca,
suspensa ali se encontrava
de tão doce e suculenta, quase,
em minhas mãos, se jogava.
As gotas, de orvalho, que nos saudava,
de prata, pintava a relva suave,
o vento, a deslizar, suavemente,
com a alegria, fazendo conchaves.
A semente, a deslizar, dentro da terra
a terra á cobrir-lhe a nudez,
Depois de amadurecer-lhe,
começava tudo outra vez.
Eu, com meus olhinhos curiosos,
a contemplar tudo com amor,
a vida e sua vitória,
sem lamento ou temor.
Hertinha fischer