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Chegamos ou voltamos?

Só tenho a mim como resposta, e às vezes a pergunta nem é feita. Ando sem rumo mesmo quando acredito estar no caminho certo. É cansativo dem...

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Em que espaço nos perdemos

As pessoas reclamam que o mundo está chato, mas não fazem nada para mudar, apenas se isolam, tornando tudo ainda mais monótono. 


De vez em quando, pare para observar uma flor, um pássaro ou um córrego. Ouça a música suave da natureza, que clama pela sua atenção, não porque precisa, mas para que você volte a se encantar pela vida. Estamos tristes e continuaremos assim se não retomarmos nossas origens, onde um simples olhar atento ao redor fazia toda a diferença. Não perdemos a capacidade de olhar, mas a percepção da suavidade com que deveríamos ver. 


Criamos formas e máquinas poderosas para substituir os homens, mas o ser humano é único, capaz de criar com sentimento, superando as máquinas, porque existe e sente o existir. Tudo ao seu redor é real e faz parte. Empatia não é apenas aceitar os direitos das pessoas sem questionar, mas também reconhecer que elas têm deveres. 


Olhar com compaixão para o semelhante, aquele que se assemelha a nós, é essencial. Há pessoas por todos os lados, mas que nem se olham nos olhos, como se já não se identificassem. Criamos um mundo fechado ao nosso redor, cheio de empatia por dentro, mas revolta por fora. Isso é evidente até nas calçadas, geralmente vazias, enquanto os carros estão lotados.


Até a natureza parece triste: a chuva se atrasa, o calor é intenso, e o frio vem com pedras no colo. Será que ainda dá tempo de reverter isso, ou o mundo que conhecemos já se perdeu para sempre? 


Hertinha Fischer.

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