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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Tudo igual

Hoje é só mais um dia entre tantos.
Ameaça cair chuvas lá fora, está trovejando.
Eu, como sempre me questionando a respeito do
que é a vida.
Toda manhã, quando o sol se levanta preguiçoso no horizonte,
eu tenho que me levantar também. Embora as vezes tenha vontade
de continuar dormindo.
Estou cansada, indisposta e irritada com tanto calor.
Não sei o que fazer.
Sinto alegria dentro de mim, mas não vejo atração nas coisas.
Comecei a pintar novamente, mas as vezes até isto me irrita.
Eu gostaria de ser um monge, ou um andarilho, que se desprende
de tudo e simplesmente segue sem aflições.
A minha aflição é a rotina, é a falta de ocupação, e ter, as vezes,
que falar com a parede.
Eu queria novidade, mas na minha idade a unica novidade é
não ter o que descobrir. Dizem que remédio para cavalo velho
é capim novo, mas aqui o capim está escasso.
Não sei se isto só acontece comigo, as vezes eu penso
estar só no mundo, e que, para que me entendam, eu preciso
nascer de novo, para mudar o rumo da minha história.
Mas não existe retrocesso, só imaginação que se
distancia cada vez mais, me deixando a margem, desamparada
e fraca.
Eu queria ser como as nuvens que não tem parada certa, as vezes cá,
outras lá, as vezes somem, outras aparecem, mas, infelizmente eu
tenho que acordar todos os dias no mesmo lugar, fazer as mesmas coisas.
e não ver nenhum resultado.
A rua é a mesma, no mesmo bairro, na mesma casa,
 com o mesmo tipo de trabalho,
Eu sei que sou responsável por isso, mas na minha idade
 tudo fica mais difícil. E na verdade não vejo uma razão plausível para
mudar, talvez, se não dependesse de outra pessoa, seria bem mais simples,
jogar tudo para o alto e procurar algo que me dê prazer.
Estou parecendo uma nuvem escura que vejo além da janela do quarto,
pronta para explodir em águas. Porém, o mais certo, é esperar pelo amanhã.
Quem sabe amanhã, tudo muda, o azul do céu se intensifique, e o sol
novamente me desperte para a alegria de um novo dia, e este azul que
amo possa me trazer a satisfação que hoje não sinto.

Herta Fischer









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