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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

De seda á palha

Humilde ranchinho de terra batida, carinho presente
em cada pedaço roubado, pois em toda
vez que o vento batia,
 mais uma janela se abria.
Torrões iam ao chão, e não
fazia questão de novamente voltar,
pois aonde caiam, ali mesmo faziam 
parte.
Ai, minha mente anuviada, sem sentido andas
por ai, quem te compreenderá?
De onde saiu toda essa palha que sobre um sol
forte, um dia se queima e volta ao pó?
E o bicho da seda que tece, tece nem sabe para quê,
para que o homem esperto se deite e se deleite
no trabalho que em ti se despertou.
Enquanto se faz, tanto a palha, quanto a seda, sem
motivo se semeia, e noutra parte se desfaz sem medo
de desfazer-se o que se fez.
Atordoada me sinto, se tudo o que faço se desfaz dentro
do meu querer, pois tudo é como palha, ou como seda,
uma diferente da outra, para cada uma, um destino, da rica,
da pobre, da mesma forma tu morres de tempo.
De tempo se alimenta, de tempo se desenvolve, e de tempo
te esquecem.
Essa sou eu a buscar-me nas encruzas, por hora eu vejo, depois
da lombada, some de fome.
Floreia em ti algo que me sustenta, após a tormenta, a água te
engole, nem mais é seda, apenas um punhado de palha que se lamenta.
Herta Fischer





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