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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

O luto da sobriedade

Barulho de motor la na rua

ensurdece minha alma

pede paz, pede calma

Humanidade, talvez, que de humano

se esquece.

Vagueia suprido de prazer, 

 de desprezo, desfalece

Ha quem não veja o outro

ha quem só de si se alimenta

destilando suas fraquezas

por dentro, grande tormenta.

Sem dia claro sem sol

sem futuro, sem ouvido, sem voz

de negritude se alimenta,

Por onde andava a vergonha,

anda agora a arrogância,

matutando em qualquer via

a morte da esperança.

O inverno em pleno verão

O verão em qualquer tempo

casa erguida sem eira,

sem beira e sem cimento

Desmoronada a história

sem começo meio e fim

Como cavalo sem cabeça e rabo

coiceando o seu capim.

Assim segue a debandada

vivendo na disparada

Hertinha Fischer







quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Revira tempo

Ha tempo para emergir e terras

infindas para fugir.

Ha tempo para inflar e espinhos para

furar.

Ha tempo para içar e vento forte

para derrubar.

Ha tempo para certezas e morte

nas correntezas.

Ha tempo para nascer e dores 

para morrer

Ha tempo para os amores

E flertes para rancores

Ha tempo para socorrer

e asas para correr

Ha tempo para cantar

e erros para chorar

Ha tempo para espalhar

e tristeza para derramar

Ha tempo para o bem

e gente que nada tem.

Ha tempo para as flores

e inverno sem cores.

Ha tempo para construir

e muitos para destruir

Ha tempo para Um Deus

e de  fora ficam os ateus.

Ha tempo para revoltas

e muitos fechando portas.

hertinha Fischer






Vida perfeita

Conversando com o silêncio,
minha alma encontra calma.
Vem mansamente com sorriso e prudência,
me trazendo seus salmos;
Entra em minha casa como sopro Divino,
suave e manso faz meu destino.
Como sol que já se alinha,
no horizonte de meus desejos
condizente com a alegre realidade
me provoca tantos ensejos.
Vem comigo ao encontro do bem,
encontre a hora que chega o trem
Neste trilho de suplica orvalhado
sublimes gotas de quem te quer bem
Ha na hora um despertar,
em segundos se passa também,
cada pinguinho que enche a lata
é esta vida, que nos sustém.
Parece a alva tão apressada
que nota o numero sem anotar
dispara o encanto por todos os poros
sem se prender a ninguém.

Canta comigo seu canto fiel
de sinceridade e fidelidade,
com boca de abelha nos olhos das flores
colha seu mel e diga amem!
Hertinha Fischer.




segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Sobre os caminhos do ontem

 Poderia ser ontem outra vez,

ontem serenou, hoje o sol já secou.

Gosto da magnitude do passado

que só conta histórias,

Traz na memória uma ponta

de saudade de uma dor esquecida, 

Pontua solidez sem nota, sábia se revela,

assim como quem já comeu e saciou-se.

Agonizou em seu leito de morte, sem, no

entanto, fazer qualquer menção sobre findar.

Como uma nuvem passageira trazendo

um azul na traseira.

Cantando chuva, tramando águas para os confins.

Momento, que pudesse parar, ontem que sonha hoje e o

hoje que  sabe esperar.

Ontem poderia ser sempre, assim, não caminharia

por tantas saudades

Hertinha Fischer








Espelhos da memória

De modo, que, nem todos são iguais, sentem com o mesmo frescor e se combinam com os mesmos números.

Tudo dependerá de que fonte nasceu. Se você fosse eu?

Hertinha Fischer