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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Imbróglio.

Parece tudo inerte
como se fosse morte,
 a sorte, da qual duvido
sempre vem do lado norte.
Norte, cérebro!
Água suja, espuma sincera
de descaso, sem meio
de se curar.
em dia de vento forte,
talvez te dispersará.
Tão logo se veja limpa, tão logo
a cura chegue, tão logo
adoecerá.
O ciclo nem sempre
é, coragem de Cruzoé.
Herta Fischer




quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Do lado de lá

Vejo alem
como quem enxerga no escuro.
Não sou ainda, mas, sei o que serei.
Se abre sobre meu azul uma abobada
delineada de sol.
Num amarelado singelo
sem desespero.
Ha luz em mim ainda, embora
se apague todas os meus egos.
Balões furados são todos
os favores que não se enredam
em bom proceder.
Olho la fora como
quem olha para nada,
não ha proeza na escassez,
só um enfadonho
cheiro de morte.
Se abrindo em pó
desejo o mundo.
Nada me completa
a não ser a esperança
do que ainda ha de vir, porque
o que nos resta senão risos
entre lágrimas e um
passar sem alegrias?

Herta Fischer



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Reclusão dos sentidos

Hoje me recolhi,
como quem não quer sentir.
Coisas boas não há, além
do meu quarto.
Lá fora, leões rugem e marcham
a fim de carne.
Faço meu acampamento em
Deus, para ouvir
seus conselhos, E ele
me pede reclusão.
Não quero me afobar, nem
pressentir o que há de vir, Isto me assusta!
O amor anda sumido ou recolhido
como mangas nos quintais.
Cestos cheios de palavras, poucos metros de ações.
Não quero ser mais uma, não posso andar
entre os corrompidos, nem semear
sementes boas em pedregais.
Herta Fischer