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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Mentiras e verdades

Só ha verdade no silêncio.
A mudez é a única que não influencia,
Mas, para que também não seja influenciada,
teria necessidade de  também não ouvir.
Difícil falar de coisas imutáveis, difícil
a espiritualidade quando que, ainda, ser
participante do mundo carnal.
Por isso a reforma é tão esperada, tornar-se
um ser espiritual, sem estar sujeitos a corrupção
da carne, só mesmo se estiver fora dela.
Enquanto ainda viver neste sistema falho,
sobre leis humanas, tendo de se adequar a elas,
são os desejos que nos levam a "nossa verdade",
podendo ser objetos de contradições.
O prazer faz as verdades, mesmo que saibamos
onde estão as falhas. mesmo no decorrer da vida,
quando nos deparamos com a necessidade de mudança,
onde se pede para deixar o eu de lado,
para abdicar das paixões, ainda assim, pendemos para
o que nos trazem satisfações carnais, e estar coroadas
na mentira.
A satisfação da carne é uma necessidade que muitas
vezes estão além da própria necessidade em si, pois
queremos ser vistos, de qualquer maneira e por
qualquer motivo, por isto lutamos tanto contra as ilusões
que a carne constrói em nós.
Comida, bebida, relacionamentos e outros componentes
da vida em sociedade, ainda nos coloca presentes
na ignorância, pois se colocarmos, de fato,o capacete
da renúncia e da compreensão deferente a trocar tudo isso
pela paz, nós seríamos uma raça extinta.
Há guerras, há divergências, pela própria necessidade
de crescimento, e o adubo que os fazem fortes são
justamente, o que ainda se procura. O que ainda
não se conquistou.. a verdade tão distante de nós.
Ninguém se imagina construindo para outros, nem
tampouco dividindo o que se conquistou.
Estamos tão agarrados a nós mesmos, que o outro
passou a ser indiferente, a fome do outro, e as
dificuldades
que o outro enfrenta não nos dizem respeito,
pois sempre ha de vir aquela consciência:
Se eu posso e tive condições, o outro também tem de ter.
O estômago cheio não sabe o que é fome. o conforto não
conhece penúria,, E não nos atentamos as diferenças espirituais,
somente a diferenças sociais.
O patrão é patrão, e o empregado é empregado.
Para nós não existe aquele que não pode, e sim, aquele
que não quer, embora saibamos bem qual seja as nossas
limitações, abdicamos de entender as limitações do outro.
Ao  nos olharmos nós vemos  somente a superioridade,
não vemos nada que nos rebaixe, embora saibamos que
não somos capazes de tudo, em alguma coisa também somos deficientes,
mas mesmo assim, ainda somos capazes de julgar..
Herta Fischer.




Um brinde ao velho

Um brinde ao ano que termina.. Não
fosse ele, não estaríamos aqui...
Foi um ano bom, afinal,
a vida aconteceu, e encheu
de brilho nosso olhar...
Nuvens passaram, chuvas caíram,
sol acordou e dormiu, muita gente se foi,
muitos chegaram, alegrias fizeram parte,
tristeza também , pois tudo nesta vida
precisa ser balanceado.
Flores despertaram,
deitaram-se em terra cada um
em seu momento.
Tivemos dias de conquistas, algumas
perdas, mas a vida continuou em seu ritmo,
assim como sempre foi, formosa
e única,promovendo
o que a natureza sabe fazer
de melhor...criar!
Herta Fischer.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A família é um templo

Eu nunca aprendi a viver como os demais
que se alegram com uma simples dança,
ou com a goleada do time do coração.
Eu só vivo, Tenho em mim, as pegadas fortes,
amando o chão em que pisa, Não aprendi a voar.
Não me consolo com sonhos nem sonhar.
As novidades que me chegaram nos dias
nem sempre foram flores, muitas vezes, foram
pedradas que me machucaram muito me fazendo
forte.
Aquilo que desejei nunca me chegou as mãos, porém,
o que me chegou, superou o sonhado,porque se tornou
tão real como dia claro.
As nuvens negras fazem parte,
sem elas não veríamos a chuva.
Cansei de esperar por amor, quando que o amor se
fez sem muitas delongas, achou um caminho
fácil para cair aos meus pés.
Quando eu o procurava, ele se escondia na dor da derrota,
no desconforto de amar sozinha. Quando, porém, parei
de procurá-lo, ele aconteceu a dois, com ele veio
a felicidade desmedida, na forma da paz.
Pois amor sem paz não se abriga,
amor sem paz se torna desamor.
Hoje, me limito a amar o que tenho, não
saio para explorar outros mundos, me satisfaço
no meu. E o meu mundo é completo.
Se as vezes me desfaleço no caminho, eu
busco forças em Deus, e peço-lhe que
a paz seja meu cajado, que o meu amor
não se ilusione com faltas, que busque
o caminho mais suave que é amar
incondicionalmente aqueles que me
deste para amar.
Eu sigo, apenas sigo, sem pressa!
Não paro para descansar a beira da estrada,
a me distrair com paisagens distantes, Eu
sou a paisagem, e os meus fazem
parte comigo de tudo que sou.
Apenas sigo com a certeza:  A minha família
são o melhor que ha em mim.
Serei fiel a eles assim como sou fiel a
mim, pois de Deus não se zomba. Se me deste
era por confiar que eu poderia acompanhá-los
até que se percam nas curvas da vida, que
por certo acontecerá algum dia.
Mas até lá..Estarei sempre por perto, honrando
o trabalho que me confiastes.
Herta Fischer (Hertinha)









quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A vida é o que é

Alguns dias são assim: nascem
lindos e sorridentes plantando
alegrias na gente.
Mas. também tem dias
que nascem talhados e azedos
deixando nosso espírito agitado
e desconsertado.
Principalmente quando nos pomos
a pensar em quanto caminhos já
percorremos e o quanto cansativo se
torna essas andanças.
Preciso parar um pouco, mas, parar
como?
Como deixar nossas obrigações encostadas
num canto?
Como viver alienado sem nenhuma perspectiva?
Desde que me conheço por gente que o trabalho
é quase que constante, e quando a gente pensa numa folga,
lá vem mais trabalho e mais obrigações.
É um dormir por um pouco, desligado de tudo, para
acordar e se acomodar no: preciso fazer!
E o pior de tudo ainda, é chegar a conclusão de que é tudo
em vão.
Assim como aquele homem que trabalhou a vida inteira
e acumulou seus bens num celeiro, depois deitou em uma rede
para folgar. Então, Deus lhe disse: pobre homem, mal
sabe que amanhã morrerá. De que valerá todo o seu esforço se
não foi para se alegrar em seus dias. Acumulastes para outros.
É assim que me sinto, como quem acumula em vão.
Sei que a vida é mesmo assim, que os dias se vão, que estamos
necessitados de coisas, para isso trabalhamos, Mas, tem momentos
que me sinto desgastada demais para absorver tudo com compreensão.
Torna-se uma luta sem fim, no faz e desfaz, nos comes e bebes , muitas
vezes até sem necessidade, apenas para passar o tempo.
Eu poderia viver com pouco, poderia mesmo, não tenho nenhuma necessidade
de acúmulos, pois não sou como os demais. No entanto, não vivo só, e tenho
que dançar conforme a música.
Não posso simplesmente abandonar tudo e seguir o meu caminho, já pensei nisso
em várias circunstâncias, porém, nada é como a gente quer.
Dizem que a vida da gente depende das escolhas que fazemos, mas, não é verdade,
Eu me sinto amarrada, as vezes, e não são em convenções humanas, mas numa força além
de mim, algo que me move e me  motiva a ficar onde estou, como se me dissesse: É
tudo em vão.. Deixar o seu lugar para aventurar-se em outras direções, tudo
cairia no vazio novamente. A vida é o que é. Não adianta olhar para o lado e
"achar" que seria diferente, antes de experimentá-lo. Seria como trocar seis por meia duzia,
O que te  deixa assim, com vontade de mudança, é o mesmo que já aconteceu lá atrás quando
passou a viver o seu momento em cada etapa. nesta, que você se encontra agora, um dia já
foi o motivo se sua alegria. E por que já não é?
Eu não sei, talvez por ser rotineira demais,
Mas, as novas escolhas também cairão na rotina algum dia. Então, o melhor a escolher
é ficar onde estou, Pelo menos, o meu terreno já esta limpo e arrumado, só preciso conservá-lo,
pois, voltar atrás, abandoná-lo pela simples vontade do novo, iria me custar muito mais.
Herta Fischer (Hertinha)




terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Liberdade entre grades

Falar de paixões
de amores e abandono
é fácil, pois é do que mais
se vive.
Mesmo quando não ha mais
o que sonhar, pois os sonhos
são desfeitos assim que se faz
ganho.
O que sonhei ontem, hoje
nem mais me lembro, do
que me lembro é apenas o
que agora me faz falta.
Depois que se dorme
um tanto, depois que se recebe
um tento, tanto o sono quanto
a falta cai em esquecimento.
Bobeira ficar cavando buracos
quando não se quer enterros, um
dia tudo cai no vazio.
Estradas abandonadas, caminhos inúteis é
o que se torna depois do regresso.
Aquilo que, outrora, me arrancava suspiros,
hoje não passa de um peso, Aquilo por qual lutei
com todas as armas, hoje não me traz satisfações.
O que mais importa mesmo são os momentos vividos
e experiências, pois tudo,com o tempo,o próprio
tempo nos revela como vaidades.
A vida não passa de um canudinho a aspirar o líquido
de um copo...Assim que o líquido se acaba, o canudinho
perde a função.
Tudo se acaba na melhor hora, quando chegamos a conclusão
de que gastamos muito tempo a aprender..E que não teremos
tempo de colocar o aprendizado em prática.
Trabalhamos para garantir um futuro bom, mesmo
sabendo que o futuro foi ontem.
Anseios por liberdade nos coloca a mercê de gaiolas, e ao
nos acostumarmos dentro dela, já não faz diferença entrar
ou sair.
È como correr a vida inteira atrás da felicidade, para, no final,
concluirmos,
que fomos felizes e não nos demos conta...
Herta Fischer (Hertinha)










sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Seguindo o destino

Como já venho falando a algum tempo.
Eu poderia falar de qualquer coisa,
qualquer coisa mesmo. Poderia
parodiar  a vida, poderia inventar
uma história, poderia jogar palavras ao vento,
mas, tenho preferência para escrever pensamentos.
O que sai de mim, é o que realmente conheço, ou
desconheço, talvez, por isto falo, sei lá!
Sinto em mim uma grande necessidade, como
se algo que eu desconhecesse me superasse,
como se pudesse realmente ser alguma coisa
mais profunda e estável, que não morasse
em mim, por estar além do compreensível.
Desde a mais tenra idade mora em mim a
paz que muitos procuram, não é uma paz
qualquer, é uma paz que me deixa angustiada e
serena ao mesmo tempo.
Algo que mexe com minha criatividade, que
não me deixa parada  e que também não traz
muitas realizações, parece não querer que me
distraia em minhas próprias intenções, para
que eu me mova com responsabilidade.
Algo assim, que não quer que me perca
nos embaralhes das ilusões.
Eu compreendo melhor os caminhos
da vida, como se, de antemão, já o conhecesse
de cor.
Nunca caminhei por ele, mas vejo as
minhas próprias pegadas por lugares
que eu nunca passei, estranho isso, mas
é verdade!
Mesmo as casas que eu morei, ao
vê-las pela primeira vez, a sensação
era, de que, sempre estivera por ali,
que as coisas que as rodeavam
me abraçavam como velhas companheiras,
como amigas antigas me acolhiam com
amor e saudade.
Incrível como é excitante falar sobre isto,
depois de tantos anos vividos.
Parece-me que sei de onde vim, e que estou
retornando pelo mesmo caminho.
Estou amarrada ao tempo, e é,  este tempo
que me leva por onde já passei,
Cada estágio é como um retorno
para casa.
As pessoas agregadas a mim são como
uma lição, ou aperfeiçoamento, uma necessidade,
um pedaço de caminhada, ou até mesmo,
a direção.
Como se cada uma delas fossem uma reta, que colocadas
lado a lado formam uma longa estrada. eu me vejo
caminhando por ela dia após dia. Elas me ensinam
a amar o meu retorno, assim como amei a saída, a chegada
e a estadia.
É um retorno difícil. Uma estrada torta, cheias de contradições.
Preciso desvendá-la, descobrir seus anseios, para não
me perder nas encruzilhadas.
Estou indo, um pouco apreensiva, mas estou indo.
Se vou achar o caminho? Essa certeza, ninguém me tira!
Muito em breve estarei cansada, aliás, já estou muito cansada.
Talvez em algum momento precise deixar esse corpo, para
que tenha mais leveza ao caminhar.

 Herta Fischer (Hertinha
















Tempo de descanso

Então!
Ha quem olhe para mim e diga:
Sabe de nada, inocente!
Sei muito pouco mesmo,
mas já carreguei muitas cargas, tantas
que, se fosse enumerar, daria uma
bela escrita.
Foram mais dias carregando pedras que
recebendo flores.
Mas isso só me deixou mais forte,
músculos de experiências exercitados.
Aprendi que tudo passa, como todos já
sabem. Eu vi meus pais se matando para
dar aos filhos o seu melhor, da forma que
eles sabiam e podiam. Não nos deixaram
bens materiais, mas nos deixaram grandes
tesouros que valem uma vida.
Se foram, como tudo que vive, um dia, se vai,
nasceram, cresceram, beberam cada um o
conteúdo de sua própria taça, coube a cada
um, unidos num só propósito através da aliança
do matrimonio, viverem em santidade de vida, 
Quando falo em santidade, não quero dizer
que eram perfeitos, mas que cumpriram as
missões de vida com sucesso.
Tanto, que, firmaram com Deus a promessa de
que teriam filhos, isso foi designado por Deus,
e nos tiveram, seis, na totalidade, sendo que
uma, Deus levou consigo, como presente.
Escreveram uma bela história de vida, no entanto, não
foi sem luta, sem algum momento de tristeza, sem
suor ou lágrimas.
Na despedida, mostraram-se dignos, a seara amadureceu
em tempos diferentes, primeiro minha mãe foi colhida,
Meu pai se viu só, como ainda tinha sua taça cheia, teve
que celebrar o restante com outra pessoa, semeou novamente
e nasceu-se mais dois seres.
Até que, em determinado dia, foi chamado, quando já se havia
esgotado o vinho de sua preparação, e suavemente se despediu
com um sorriso terno nos lábios.
Como não ficar triste com o vazio deixado?
Mas, ao mesmo tempo, penso que essa dor 
é compensada pelo que acreditamos ser passagem,
uma passagem significa algo assim, como uma flor
que caiu em seu tempo, quando a sua plenitude se esgotou,
aquilo que foi usado, e que já não pode ser mais substituído,
porque já deu tudo de si.
E quão belo quando chegamos a essa conclusão: nosso
Pai nos dá uma tarefa. Faça isto!
E nós fazemos tudo conforme nos foi pedido, e o Pai satisfeito,
nos diz: Muito bem! agora já pode descansar.
E nos arrebata para além, num lugar que só ele conhece, numa
forma que só a Ele diz respeito, com a fiel promessa de redenção,
de nos dar em tempo determinado, a vida eterna.
É isso, sofremos por algum tempo, para depois conhecer o universo de Deus, assim como atravessar o deserto para depois encontrar-se com Ele no paraíso. Pode nos parecer longa demais a espera, por isso ele nos recolhe antes, para que não desfaleçamos no caminho.
Ele quer que cheguemos e tomemos posse da terra prometida, assim como aconteceu anteriormente com Moisés que chegou
a ver de longe a terra, mas não foi-lhe possível entrar nela, pelo menos naquela ocasião. E mais tarde, porém, quando o Senhor Jesus orava, antes de ser entregue ao inimigo, alguns dos discípulos Do Senhor viram Moisés junto com ele. dando testemunho de que Moisés não entrou na terra santa, mas Deus o levou com Ele.
Moisés não teve a mesma oportunidade que alguns daquela época, morreu antes, mas quão maior foi a misericórdia de Deus para com ele. Não entrou na terra transitória, mas entrou na terra permanente.
A partir dai, cada vez que um irmão se despede, eu me encho de alegria, pois sei que, essa pessoa já descansou de suas obras, o Pai já lhe deu descanso: lhe dizendo: Parabéns! Você já cumpriu
com seu dever, merece o seu descanso!
Herta Fischer.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Agradecendo a vida

Pois é!
Não é o aniversário que conta,
é o que conquistamos através dos anos.
Todo passageiro, toda passagem, todo
encontro em que fica sua marca é
que faz uma vida.
O "meu tempo" é agora, misturado
com o conhecimento do passado.
A vida, ou melhor, cada pedacinho
do tempo da vida, bem alicerçado
na esperança, na tentativa de correção
dos erros, acreditando que Deus é compassível e
bom para fazer uma reforma, nos leva com muito
mais coragem ao objetivo. Não falo do objetivo
da riqueza ou do sucesso físico, este não leva
a nada. Falo especificamente do objetivo
maior conquistado pelo Cordeiro de Deus, na sua
promessa da vida que alguns almejam viver aqui.
E por mais que queiram sempre cairá no vazio.
A conquista maior não está no envelhecer, mas
no amadurecer, para que o fruto seja agradável
ao Senhor na época da colheita.
Agradecida a Deus não só por este ano, mas por
todos os anos que acrescentastes em mim, para
que tivesse a oportunidade de conhecê-lo, assim
como És...Repleto de misericórdia.
Herta Fischer.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Prazer constante

Lá estava eu novamente, montada,
no lombo do dia, que como cavalo manso
me levava. Toc-toc,  cascos batendo ao chão,
um cheirinho de vitoria, um brejeiro sorriso
nos pés. Como andava esse meu sonho, como
corria essa minha mania de ser.
Havia outros personagens em meu mundo, cada
um fazendo a sua parte:
estradas, árvores, animais, aves, rios, as vezes chuva,
outras sol, céu, ar, vento, todos a me fazer companhia.
De quando em quando alguém aparecia, me perguntando:
-Oi! como vai?
E eu respondia com sorrisos e falas por dentro, porque mais
falamos por dentro do que por fora.
Para com os homens palavras são necessárias, mas para
os sonhadores, basta o pensamento.
Cada  grão de pó,  levantado com as pegadas fortes da caminhada,
vai escrevendo a nossa história,
Não é o final que conta, e sim, a trajetória da história, o dia a dia
vividos, a magistralidade do sentimento que inspira o dia
a fazer-nos e a levar-nos aos encontros.
Podemos ser o que quisermos, basta usarmos de criatividade.
Rios falam, quando nele mergulhamos, não são sons audíveis
como vozes costumeiras, são sons divinais, não ouvimos
com o sentido, são percepções sonoras. Por isso é que
o som de uma cachoeira nos fazem tão bem.
Tem algumas coisas inexplicáveis que nos acontece, por
exemplo: aqueles momentos que parecem que saímos de nós,
sejam através de um toque, ou de uma música, ou até mesmo
do silêncio completo, que nos teletransportam para uma sensação
tão perturbadora que não conseguimos explicar com palavras.
Então, já entendeu como me sentia em relação ao que vivia.
Era tudo, e ao mesmo tempo, nada.
Era eu, ciente da minha existência, mas não completamente,
tinha mais que simplesmente curiosidade.
Eu queria fazer parte com as outras coisas, não me acomodava em
qualquer posição, estava ativa e só faria sentido o conectar-se.
Só que, me deparei com os homens, e logo de cara percebi, que
o que eles mais querem é prazer.
Para mim, o prazer ficava em segundo plano. Eu precisava de
algo muito mais intenso.
E ai, você ha de me perguntar: O que seria mais intenso que o prazer?
Eu lhe respondo: o próprio prazer.
Pois o prazer do homem é só comer, dormir, acumular e fazer...sexo.
Isto quando ele consegue.
No restante do tempo é pensar em fazer as mesmas coisas,
É isto que eu não queria, pensar como a maioria.
Eu queria estar plena em mim mesma, sem necessidade de outras coisas
como complemento. Poderia sim, fazer o que todo mundo faz: comer, dormir,
acumular, fazer sexo, mas só por necessidade física, não pela importância
que a estas coisas se dá.
Tudo é passageiro, até mesmo o prazer, só tem real importância enquanto
o estamos sentindo, depois,  o que fica é uma falsa sensação de que continuamos felizes até
a próxima tentativa.
Não era o que eu queria, era algo que andava a espreita dentro de mim, como algo
que foi criado e não desenvolvido.
Nasceu comigo, essa afinidade com o que eu não entendia, com o que eu precisava
descobrir além mundo.
Já me perguntaram o por quê de tantas crianças morrerem cedo, antes mesmo de se compreenderem
como gente, já me perguntaram o por quê de tantas diferenças entre um e outro, sobre um ser belo, outro feio, sobre alguns nascerem deficientes outros perfeitos, e, eu, fiquei sem respostas.
No primeiro momento eu fiquei sem respostas, pois eu mesma não entendia o porque das coisas.
Ouvia as pessoas falando em fé, como se elas mesmas a tivessem. Eu me perguntava constantemente; Será que as crianças que perecem sem ver o sol nascer, as pessoas que adoecem cedo, as pessoas feias, as pessoas que nascem ou ficam deficientes por outros motivos são assim por falta de fé?
Eu não tenho muita fé, então porque não morri cedo, porque sou saudável, e até um tantinho bonita, não sou rica, mas nada me falta?
O que eu tenho que outra pessoa não tenha?
Então me veio a esperança da compreensão, o querer compreender o incompreensível. e isto me levou a Deus.
Conhecendo-o, acabei compreendendo o sentido da vida, a sua realidade, e o que ainda está por vir.
Quem era eu? O porque de estar aqui?
Vi então uma nova realidade bem distante dos demais, uma realidade espiritual, não mundana.
Que me instrui a respeito de tudo e que me ensina assim:
"Seja como o monte de Sião que não se abala, pois confia no Senhor."
Esta confiança, eu digo: -confiar mesmo, sem nenhuma mancha de dúvida, que tudo está exatamente
no lugar que deveria estar. Que, também, humanamente, somos natureza, nascemos e morremos como qualquer espécie.
A única diferença entre nós e o restante é o fato de termos capacidade para acreditar ou não, no
Deus verdadeiro, aquele que se nos revelou através de Cristo, ou continuar a viver as nossa dores sem esperança, acreditando em qualquer coisa, assim como Faraó acreditava em suas criações vazias.
Porque, o que me faz diferente é justamente esta fé, eu tenho um Deus vivo  e eficaz, razão deste prazer constante que não são como os prazeres passageiros do corpo, pois permanece em qualquer tempo ou situações, por estar enraizado no espírito que Deus me fez.
Este prazer constante ninguém acrescenta e nem me tira, pois já faz parte de mim.
Herta Fischer (hertinha)
















Nasceu comigo a esperança

Já costumava crer
antes mesmo de aprender.
Meus pés nunca vacilaram em
seus passos.
Sempre soube, mesmo sem saber.
Tenho um limite, ou melhor,
a vida me limita a ser quem sou.
Fui indo, assim como ainda
vou, seguindo rumo ao
paraíso que me espera.
Tem, eu sei! uma força superior
que me instrui, uma leveza que
me constrói.
Não pode ser eu, sou pequena
demais.
No que dependesse de mim, seria como
uma chuva que molha, só.
No entanto, não! Sou mais que isso,
Sou terra, sou mar, sou.. sou!
Sou a semente, sou a loucura de quem cresce
a noite, longe dos olhos que vê.
Não sou passageira de sonhos, sou o próprio
sonho que se realizou, que se permitiu
acordar, que vive, que se ambienta e se move.
Mesmo parecendo parada no tempo, o tempo
não me deixa para trás; vou com ele para
onde ele for.
E minha colheita é óbvia. Colho sem me cansar.
Nasceu comigo  a vontade, a força, a coragem, e nela
mora o que me faz feliz. Dentro de mim há o que espero
e o que quero, mesmo que meu querer de mim se distancie.
Como foi bom crescer, como foi bom descobrir as novidades
dos homens, os segredos da vida. o aconchego das horas
que tão mansamente descarta o vivido, para nos
manter com mais sede de vida.
Não é como uma rosa em seu jardim, esperando pelos
préstimos do tempo, não é como o jardim e suas rosas,
pronto para perdê-las.
Não! Não!
Nossas pétalas caem, assim como os delas, mas a
essência em si permanece no coração do criador.
A rosa se vai, seu tempo se finda e dela brota ela mesma,
Nós, no entanto, apenas dormimos para depois
despertarmos, talvez, um tanto melhor, um pouco
nós, mas semelhantes aos anjos.
Que obra magnifica somos , ninguém há como nós, entre
tantas semelhanças, entre tantas construções, somos
o que permanece imutáveis, indestrutíveis como
rochas de marfim, se realmente acreditarmos que existe
propósito por trás de tudo que vemos. A eternidade mora em nós.
Semeados na corrupção, colhidos na gloria.
Minha pequenez ainda não consegue absorver esta verdade, é magnifico
demais para mim, mas a alegria de saber, de crer que mora aqui dentro,
algo que me pertence além de mim, que me faz assim, tão distinta e
tão complexa ao mesmo tempo.
Como chega o sereno pela madrugada, não se vê nem se sabe de onde, mas vem,
Assim também é minha crença de que tudo faz sentido quando esperamos
em Deus. Ele virá e nos conduzirá a eternidade do Seu amor.
Herta Fischer (Hertinha)














segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Normalidade das coisas

Vou falar uma coisa para vocês.
Difícil não errar. Só não erra
quem não vive. As escolhas feitas
na juventude, geralmente, só servem
para suprirmos os dias, movidos
pala emoção de quem procura pelo sol.
Ninguém entra num barco furado, sabendo-o
furado. ninguém experimenta veneno sem
ter consciência de que vai morrer, ninguém
escolhe lágrimas ao invés de felicidade.
Tudo é movido pela fé do momento,
ou pela procura do viver um sonho.
Lembre-se! aquele(a) que não deu continuidade
para ser o seu ideal, em algum momento
foi o que mais você deu valor, por sabê-lo amor,
por pensar amor.
As águas de um rio se vão pelo córrego e
se renovam, porque água parada é lugar de bactérias e
algas. Se faltou sentimento é por estar carente de tudo.
Talvez, tenha sido bem intencionado, talvez pudesse
se verdadeiro no momento, só que a sensualidade das coisas
são inconstantes, quando se dá valor ao prazer..ao querer ou
a novidades em relação ao ego.
Porque muitos lares são desfeitos? As vezes, por falta de cuidado,
outras pela incompreensão, nunca pela falta de sentimento, muitas vezes é até pelo excesso dele em relação ao que se espera do outro.

É o mesmo cuidado que se deve ter com uma casa. Ela precisa de manutenção, de limpeza, de cuidado, senão as tempéries e as pragas acabam com ela.
Uma relação madura de "amor" paixão, só se firmará quando estamos dispostos a não ser dois, mas dois em um.
Infelizmente, as vezes, ou, quase sempre, nos colocamos como
deuses numa relação. venha a mim. quando que, na verdade teria que ser, venha a nós.
Isto analisado da forma normal, mas também existe anormalidade
nas coisas, no sentimento individual de cada um, na maneira de ser, na maneira de gostar, na inconstância do prazer, no caráter, no D.N.A. na forma que se relaciona externamente, pois a maioria dos problemas conjugais estão relacionadas com ambientes externos, que geram ciumes e desconfianças.
Eu afirmo: em questões de afetos homem-mulher, ninguém fica com ninguém por pena.
Tudo é suportável nesta vida.. menos o toque sem emoções, 

a não ser que haja segundas intenções
Herta Fischer.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dona de mim (Cap 5 )

Eu não conhecia razão,
embora,tudo fizesse sentido
na razão do meu existir.
Não tinha nada que me arrepiasse,
nem a vida, nem a morte, apenas
o medo do escuro. não era a escuridão
que me atormentava, e sim, o que eu
não podia ver além dela.
Eu gostava de presença, mesmo da longínqua
plenitude dos ares, aquele azul intenso, cheio
de mistérios e incógnitas,  e a escuridão o encobria
com um manto silencioso, colocando tudo para dormir.
Eu não gostava daquele silencio ameaçador, definitivamente,
eu não amava a noite, depois que ela crescia.
Tudo porque eu amava o dia, eu o amava tanto que
as noites pareciam eternas,  crueldade demais ter que esperar
pela luz,
A noite só era-me notável, enquanto ainda criança, quando havia ainda
alguns resquícios do dia, mesmo quase que dormindo, quase a fechar
 os olhos, ainda me proporcionava alegria.
Mas era preciso, se não houvesse noite em meu viver, como apreciar o alvorejar, quando
o sereno caia bem de mansinho, e  sobre  a relva caminhar, com  as gotas a se divertir
 sobre a grama fina, acariciando meus pequenos pés.
E o sol tão brincalhão a secar as lágrimas da noite, colocando um fim em seu martírio.
E a  alegria despertava comigo, tudo era festa, tudo era cor, e perfeição.
Tão bom ser criança, tudo que é pequeno, é mais verdadeiro, é mais bonito, é mais aconchegante,
até parece que Deus deseja o simples, pois nos dá com mais abundância.
Assim como as marcelas que nascem em seu tempo e deixa os campos mais contentes, assim é com todas as flores da vida, quanto mais simples, mais satisfação.
A gente cresce, assim como as ervas do campo, alcançando a sua altura, vai se enverdejando até
amarelar-se de prazer ao atingir a plenitude.
Como as ondas do mar, que se quebram nas encostas, de dor não desfalece, cresce e toma seu caminho de volta, como quem nunca morre.
Tantos dias, muito se parece, mas na verdade são apenas pingos, pouco para viver e muito para sofrer, como uma flor a se romper em seu caule.
Finalmente, depois de trabalhar para viver, dar seus frutos no verão, vai se definhando até virar
pó. Não sabendo como veio e sem saber que caminho o toma de volta.
Assim é a vida, e a minha história não poderia ser diferente. Eu sabia que crescia, que seria andarilha pelas ruas tortas de meu destino, para enfim alcançar vitoria, na esquina de tantas glorias.
Glorificados somos no despertar, quando a água nos expele para fora, nas estações do plantio, o tempo nos enaltecem com seus préstimos pressupostos, até que o tempo se findem no corpo
que amadurece.
Da água á terra. Ambas, simbolo de fertilidade. Dois princípios de vida: O começo e o fim.
 Como duvidar da continuidade? Algo para se refletir!
Herta Fischer (Hertinha)












Dona de mim (cap 4 )

A gente sempre está no tempo devido,
no tempo certo, No tempo é que devemos
construir.
Naquele tempo, quando para mim, tudo
era tão reduzido. No pouco espaço
que conhecia, era como se meu mundo
aparente se consistisse em  ser o que era,
pois tudo estava em seu lugar. Era como
renascer todas as horas, numa eterno.
brincar de viver,
Ao sair para brincar, a pequena estradinha de terra
parecia se desenhar em cada passo, como quem
me levava a passear pelo meu destino, sem
grandes preocupações.
O mundo fervia como um caldeirão esquecido no fogo,
Havia revoluções por toda parte; pessoas sumindo, pessoas
morrendo, pessoas lutando por um ideal. E, eu, sem grandes
causas para lutar,
Compreendida pelo lugar que me acolhia, pela mansidão das horas lentas
que vivificavam as células do meu crescimento em estatura. Muito
mais crescia em entendimento, não como os adultos, que só pensam em si,
na qualidade do que comem, na beleza de vestimenta, no prazer de receber.
Meu intento sempre foi viver saber e crescer, assim como uma árvore que
se dá bem em seu lugar.
De manhãzinha quando o sol despontava no horizonte, tão meigo
e tão puro como uma tocha iluminada pelo fogo da esperança de apenas
nascer por ser preciso, eu , assim como ele, renovava a esperança de
seguir.
Não existiam dias e meses e anos, apenas as horas que me acompanhavam
porque o tempo era o tempo, aquele tempo presente em cada brincadeira, em cada
sonho de criança, em cada sabuguinho de milho debulhado, que carinhosamente
se transformava em bonequinha tão carinhosa e tão meiga presença.
Aquele mundinho reduzido, onde a casinha era a ramada que se deitava sobre
 as grandes árvores, a cama feita de folhas fresquinhas e macias, o fogãozinho
de tijolos e gravetos, o fogo imaginário, a comida apetitosa brincadeira de
um cérebro fértil e brincalhão.
Sobre um céu encantado eu brincava, como princesinha sem trono, o castelo
estava em tudo que podia olhar, que se estendia quanto mais longe eu pudesse ir.
Como quem tece uma manta, a próxima trama é sempre novidade.
As vezes eu chegava mais longe, até a esquina das minhas dúvidas, para depois voltar
para o conforto do que realmente conhecia.
Só que não podemos bitolar nossas andanças, senão o mundo rola sozinho, e eu
precisava fazer companhia ao espaço que ainda não me conhecia.
Fui seguindo aos poucos, não havia necessidade de absorver tudo de uma vez. Meus
olhos eram teimosos, estavam ávidos por exploração, antes mesmo de agir eu precisava
aprender, e como aprender se não pudesse observar?
Nenhum conhecimento chegava fácil, tudo era muito difícil. As coisas se isolavam, omitiam
a sua essência, tinha que descobrir por mim mesma.
E pela primeira vez em ninha vida,  finalmente, tive consciência de mim.
Já não me bastava ser criança, já não me bastava ser como qualquer animal, começava a formar opinião.
Observava meu pai, minha mãe, meus irmãos, ficava atenta ao que diziam, ao que faziam, mesmo
fingindo que não me importava.
Meu mundinho de repente ficou enorme, como se não pudesse mais contro-lá-lo.
Ficar ciente da cegueira de uma hora para outra, é muito triste. Precisei me esforçar para
aprender a enxergar, agora com mais clareza, esforçar-me para aprender sem ofender, pois,
naqueles dias havia uma certo tabu em relação a muitas coisas que os adultos faziam ou diziam,
nem tudo estava ao meu alcance.
Precisava sondar os passos, as vezes, tinha mesmo que apagá-los, não podia deixar pegadas,
para não sofrer castigos.
Fazer papel de adivinha: O que pode e o que não pode?
Não havia cartilhas ensinando a viver, apenas uma vara encostada num canto pronta para ser usada
caso pisasse em falso,
E o caminho era incerto, e os desejos impuros, e o que fazer? eu não sabia!
Mesmo o que nos parecia certo aos olhos alheios, mesmo assim. havia uma certa dúvida no ar.
Será?
Tornei-me uma alquimista profissional em relação a minha vida. Nada estava as claras, cada sentimento que descobria, precisava estar bem guardados dentro de uma caixinha de segredos, que só poderia ser aberta na solidão, marcados nos encontros comigo mesma.
Fiquei mocinha no silencio, nem sabia que me tornara moça naquele dia fatídico, quando vi
meu próprio sangue a escorrer, Por sorte, meus olhos furtivos já haviam presenciado alguma
coisa semelhante, e tirei minhas conclusões.
Então, me pareceu natural.
E do resto, o mundo se encarregou. O mundo ou o tempo, não sei. Não tem diferença entre um ou outro. pois o que nos leva são as experiências e as necessidades.
Nosso destino e nossa sorte estão em cada decisão que tomamos, independente da estação, movidos
mais pela necessidade do que propriamente por escolhas.
 Herta Fischer (Hertinha)










quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Dona de mim (continuação) cp 3

Era dia, era noite, tanto fazia. Era eu
que não via o tempo se descabelar.
Tudo certo. Não havia nada fora do seu lugar:
o vento bailando com o tempo,
as nuvens passeadoras, o céu feliz com
 suas estrelas. Tudo isto acontecia enquanto o
dia dormia.
Quando  o dia acordava, um tanto preguiçoso,
 tão formoso e tão amante.  Tudo se transformava em meu mundo:
o feio ficava bonito, o preto mudava de cor,
o vento assoviava a passar por entre os torrões
de terra que agora endurecidos faziam parte das
paredes que nos rodeava, e
minha casinha ficava muito mais feliz.
Dentro dela morava um duendezinho, que
nos trazia alegrias, era a caprichosa esperança que enchia
nossos celeiros de paz..
Papai  ia na frente como um rei, o seguíamos como
seus súditos, fazendo tudo o que nos pedia.
Mamãe, a rainha do lar, amiga das comidas gostosas,
das camas arrumadas com gosto, lençóis perfumados e passados
a ferro, quentinhas e carinhosas.
Também era amiga do sorriso, nunca nos faltavam gargalhadas.
Ela nos emprestava seus préstimos, seu carinho, mais do que tudo,
que perfeição!
Dizem que precisamos melhorar as coisas, colocá-las no lugar,
mas, está tudo tão perfeito, Eu não mudaria nada!
Até o chapéu do meu pai estava no lugar certo, pendurado
sobre um prego na parede, se exibia satisfeito e orgulhoso
por seu lugar de destaque,
O balde com água descansava sobre uma pequena prateleira,
feliz sobre seu posto, nos matava a sede por dias. A
prateleira um tanto curvada, não estava muito feliz, por ter que ficar com o peso,
mas mesmo assim, nunca reclamava.
Nosso quintal ensolarado, feliz com o verão ou inverno, tanto fazia,
 pois, tinha-nos a passar por ele em qualquer estação.
Pela la das quantas da noite, a lua surgia no céu, prateando o meu quintal,
e nós, pequenos guerreiros do dia,  deitávamos em sua ternura sobre
a terra crua, a fitá-la com amor.
Lá se chegavam os anjos, balançando as suas asas, com luzes e serenata
a se regalar pelo ar. tinham nome: vaga-lumes.
A noite sorria, a lua cantava, e as estrelas dançavam na mágica dos
nossos segredos. Eram anjos, eram anjos!
Todo dia e noite, toda noite e dia eram assim, não ficava nada fora do seu lugar.
Dormir e acordar, acordar e dormir, tanto faz, a mágica estava no ar.
Não fazia diferença: todo dia era dia, qualquer dia, qualquer hora, a felicidade
não dormia.
As vezes chovia, e ai morava o encanto, tilintar sobre o telhado era a melhor brincadeira
que as gotas não dispensavam. E minha mãe sentada ao lado do fogãozinho a lenha a contar
piadas, enquanto um cheirinho de comida caipira dançavam sobre nosso nariz.
Tudo na hora certa: café, almoço, café e jantar. Nada era mais gostoso que a hora de dormir.
As galinhas começavam primeiro, se empoleirando nas copas das árvores, pareciam cantar uma
canção de ninar, pois até aquietar-se, faziam muito barulho.
A noite caia de mansinho, quase que, silenciosamente, não fosse as canções das galinhas.
Tudo era penumbra, uma cor roseada caia sobre os montes, tocavam o chão de suas colinas, para
depois transforma-se em alaranjado, até sumir das vistas e tornar-se tudo tão negro como carvão.
Amava as cores da noite. tudo era tão perfeito, quanto o lugar que nos abrigava.
Herta Fischer (hertinha)








quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dona de mim (continuação) cap. 2

Tão dona de mim. Tão dona de nada.Trago sonhos,
faço entregas , mas, o bem, nunca será aceito em sua totalidade,
porque traz em seu leito, renúncias.
Voltei-me novamente ao tempo presente, que de presente, me concede todos
os dias, amargor. Não é um amargo feroz, é tão manso que me deixa afagá-lo,
que me faz sorrir, pois sorriso eu tenho de sobra, mesmo que toda luz se apague, mesmo
que fique cega pela adaptação de quem não precisa mais da luz, mesmo assim, o sorriso
me é fiel, estará caminhando a meu lado como o melhor amigo que já conheci.
Eu nasci forte, diz minha mãe que nasci tão forte, que nem cabia mais em sua barriga, que o caminho que fiz para chegar, era pequeno demais, que tiveram que rasgá-lo.
Eu me enchi de coragem, atravessei lentamente por aquele caminho sofrido, humildemente avancei
sem me preocupar com as dores. e me fiz como um dia feliz. Nunca mais o abandonei.
Estava eu ainda pequena, nenhum entendimento me consolava, me tornava conhecida das coisas, e as coisas de mim, faziam parte. dançavam a minha frente, exibiam-se como bailarinas no palco,  e
me deixavam alucinada pela forma que despertavam meu interesse, ensinando-me a curiosidade.
A curiosidade me fazia cocegas, como uma irmã brincalhona, e as coisas se colocavam como fábulas contadas, com verdadeiro ensejo de serem descobertas e sentidas pelo meu desejo de tocá-las.
Aquele era o meu tempo, colado em mim como uma lesma em seu caracol, pelas suas mãos fortes me levava como background do meu viver.
Não existia mundo além de mim, não existia mal algum que me vigiasse, não havia dores, nem  misérias, embora estivesse cercada dela.
Era rodeada pela falta de conforto, mas não sentia desconforto, era tudo que eu conhecia, então, o que estava além, não existia.
A roupa velha que me vestia, tinha apenas a finalidade de me cobrir a nudez, pouco importava o seu estado, pouco importava os olhos que me vissem e me condenassem por ser maltrapilha e indecorosa
aquela forma de ser.
Alguém me assistia naquele singelo lugar. Uma casinha pequena que não perturbavam meus grandes sonhos. Acolhia-os. Eram grandes e tão pequenos, que cabiam em qualquer canto.
Se  a minha casinha era tão pequena e nela cabiam meus grandes sonhos, quão grande seria essa casinha, embora pequena, era maior que tudo o que eu sonhava.
Porque meu espaço era o meu mundo, e o meu pequeno mundo tão grande para mim.
Me sentia no paraíso. e o paraíso continha uma família da qual eu fazia parte, que de parte eu ficava
por ter sonhos demais.
Eu me sentia um pássaro sem asas a explorar a grande mata, a catar sementinhas, para criar minhas fantasias que eram muitas.
Todas as horas se me abriam os biquinhos, famintos de novidades, e eu os alimentava com minha
amiga esperteza.
Fui crescendo entre os braços do tempo, e minha curiosidade aumentava enquanto o relógio marcava suas horas sem cessar. Me dizia assim bem manso: sua hora vai chegar.
-Que horas, eu pensava: - todas as horas são minhas!
Nesse balanço enfadonho do vai e vem e vem e vai, para mim era só brincadeira de existir.
Até que comecei a sentir desconforto em não saber. Olhava para os outros, eles sabiam tudo de tudo, e eu,  uma simples criança perdida nas manhãs dos meus devaneios.
Tudo era manhã, não existia noite, nem tarde, nem dia, era a mesma coisa em todo lugar, apenas manhãs brincalhonas.
Eu precisava avançar, eu tinha sede de saber, queria seriedade, queria participar do mundo, não só daquele que criara com tanta afeição, eu precisava descobrir se havia vida em outros lugares. Já era tempo de dar a luz novamente, desta vez um pouco mais ousada eu seria.
Uma escolinha havia em algum lugar que eu desconhecia, eu sabia que estava lá, pois via meus irmãos saírem sorrindo, acompanhados de suas mochilas, que carregavam lápis, borrachas, cadernos
tudo tão organizadinhos que me traziam surpresa no olhar.
Eu os via saindo, e ficava carrancuda, porque eu também não poderia ir?
Meu pai, não raramente, me pegava tentando escrever. Ficava me fitando com orgulho e satisfação. Ele não sabia escrever, a oportunidade de alfabetização não lhe bateu a porta, a necessidade do trabalho foi mais urgente..
Num certo dia eu brincava de menina, meu sonhos estavam comigo.- numa ladeira de esperança, eu
empurrava uma vontade de ler e expandir o meu universo, queria-o um pouco mais aberto queria-o aos meus pés.  Precisava ser dona de mim.
Com apenas seis anos de idade, meu pai me disse que  eu ainda era tão jovem, eu tinha que esperar por mais um ano para poder iniciar a carreira de estudante. Ah! mas eu não podia esperar!
Sinceramente, acho que no céu eu tinha amigos, pois meu pai tão arrogante, só fazia a sua vontade, enfim, resolveu me matricular.
E eu fui, tão pequenina, sozinha no estradão empoeirado, como a rainha de sabá cantando a sua vitória, falando com minha mochila que mais parecia um bocó. Olha para mim, eu dizia:  Você carrega os meus sonhos, tenha cuidado, em você está meus lápis, meu caderno e minha borracha.
Comigo vai a vontade de estudar. delas eu tiro coragem para crescer.
E minhas mãozinhas frias e desengonçadas entrelaçaram felizes quando enfim eu fui aceita na escolinha encantada.
Timidamente cheguei no dia seguinte com uma alegria contagiante, acompanhada de um certo medo. tudo me parecia irreal.
Uma escolinha toda pintada de branco, a minha cor preferida, depois da cor azul. Um banheirinho do lado de fora. Com telhadinho e tudo. Lá dentro um piso feito de madeira com um largo furo no meio, Para mim, tinha cheiro de escola. Muito sofisticado para o meu gosto que só conhecia o ínfimo das coisas.
Entrei:  havia muitas cadeiras pedintes, pediam que as usasse, e uma delas me cativou. A primeira da fileira me pareceu mais interessante. Atendiam pelo nome de Carteiras, Basicamente: um banco de dois lugares, Onde se encaixavam uma bancada com compartimento para guardar pertences,
A filha da professora seria minha parceira, E, eu, quase morria de vergonha ao me deparar com tamanha beleza e sofisticação.
Me sentia como um ovinho de codorna em comparação com um ovo de avestruz. Mas, para minha surpresa, não tinha nada que a desabonasse. Muito pelo contrário:  era bondosa e companheira.
Tanto, que, depois da aula, a professora me convidava para tomar chá com elas.  Nossa escola. A escola do meu mundinho, era muito distante da cidade, obrigando, assim, que a professora morasse nela. Então, como tinha que se ausentar de sua casa na cidade por cinco dias na semana, ela trouxe sua filha para lhe fazer companhia, assim, poderia estudar também.
E nós nos tornamos boas amigas. Marta era seu nome.
Logo nos primeiros momentos, quando meus sonhos gritavam, minha professora tomava a minha mão entre a a dela, e me ajudava a fazer os primeiros rabiscos.
Tão logo comecei a escrever sozinha. tão logo meus talentos se afloraram.
Conheci o outro lado da moeda. De um pequeno mundo composto de sete pessoas á uma classe cheia de gente. E quando tinha que voltar para casa, alguns moleques me bolinavam, obrigando-me a conhecer malandragem.
Perto da escola havia um barranco como trincheiras de guerra, entravam lá para jogar pedras no teto da escola, e me obrigavam a entrar com eles. E com medo de sofrer violência pela desobediência, eu tinha que fazer o mesmo que eles faziam.
Eu acabei contando para a professora, e ela, tão bondosa, me segurava na classe até que todos iam embora. Assim, me livrei de muitas dores.
Tantos anos se passaram, e me levaram com ele, como o vento e sua andorinha plainando no conforto
um do outro.
Eu e o tempo, sonhos roubados, foi tudo em vão.
Tão logo me encontrei com as letras, tão logo as conheci, tão logo as abandonei. Meu mundo de palavras ainda me foram poucos. Assim como aconteceu com meu pai e minha mãe, eu tive que parar com os estudos, tinha urgência em aprender outras coisas. Estudar não enche barriga.
Fui para a roça, talvez, com menos alegria, mas, com muita coragem.
Peguei no cabo da enxada, tão pesada e tão malandra, não fazia nenhuma força, só deixava se levar pela minha.
Tudo passou. Depois de tudo, Fui indo, fui voltando. As experiências foram tantas, Voltei a estudar, e conclui o segundo grau, aprendi um pouco mais. E agora, estou aqui, como quem faz alguma coisa que gosta. Tão pouco, mas tão muito para mim.  Assim, como minha casinha pequeninha que guardavam  meus sonhos grandes, Meus sonhos ainda encontram algum espaço para crescer.
Herta Fischer (hertinha)













terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dona de mim (capítulo 1)

Cheguei e me recolhi em um canto choroso, tudo as escuras,
o sol apenas me sondava furtivamente entre as paisagens
distantes do meu desconforto.
Em ruínas estava o meu mundo, desabado e inacabado acima
das minhas lágrimas de cristal.
Achava que podia mudá-lo, achava mesmo. Poderia colocá-lo
no paraíso dos meus sonhos, mas ele estava tão distante, tanto
quanto meu sonho descabido.
Subi para  o meu quarto, também estava escuro, escondido entre quatro paredes
e uma porta de esperança, que também se encontrava fechada.  Dei meia volta,
não queria tirar seu sossego, e fui para a sala sombria.
Liguei um radiosinho de pilha que no canto fazia silencio, sintonizei
virando o botão vagarosamente,
 logo uma melodia encheu de encanto o ar, e tudo ficou mais viçoso.
Tinha nas mãos uma tela, a espreita estavam os pincéis e as tintas, que
se logravam cada um de seu intento.
Pequei-os, meio tímida e confusa. De que me adiantava ter todos
loucos para trabalharem, quando que minha vontade e habilidade
não estavam lá.
Ha muito perdi minha vontade, eu as tinha, mas se perderam
na fumaça do descaso que nunca me incentivava.
Era eu e minha luz, era eu e minha certeza, que se amavam até
se perderem em tristezas,
Tudo aconteceu tão de repente, quando ainda havia sol nos meus dias,
e a alegria não fazia de conta: existia, assim como dia e noite.
Era sol e dia claro, sorriso de mãe  e de pai constantes me empurraram
para a vida. quando, tão cedo, se apagou embaixo de uma lápide qualquer.
Tentei seguir, tentei não olhar para trás, fiz meu olhar olhar para a frente,
só para a frente, onde meu futuro se fazia.
Mas esse futuro não tinha lugar, era errante assim como eu.  Não conhecia
caminho, não se lhe abriam estradas, apenas o desconforto de ter que seguir.
Minha sina se pôs de frente, como um tenebroso inverno, que na secura
se faz, e sobre o gelo vive. A dor da perda me levou a lugares selvagens, quando
tudo que se ouvia eram uivos, e a escuridão melindrosa me roubava toda luz.
Andei em lugares sombrios, tateando como cego a procurar por nada, E os
lobos continuavam a espreita, guerreando contra a inocência.
Quero seguir, preciso. Mas não tenho mais pés que se alegram em me levar, não
tenho mais coragem que me acompanhe, não tenho mais nada, a não ser
os dias que ainda insistem em nascer.
Dizem que filosofar é viver, mas para mim, filosofar é para quem já cansou de viver,
de esperar por dias melhores, quando tudo que se enxerga são densas nuvens se abrigar
no peito, enchendo o coração da visão de que não tem mais jeito.
A primavera nos alegra com flores, para depois, nos lançar na penúria do inverno, fazendo
os sonhos transformar-se em pó.
Eu já fiz muito, já fiz de tudo, já tive e perdi. mas também já cansei de me doar na
escuridão, quando ninguém me vê.
Não que eu queira ser vista por aquilo que faço, ou falo, mas que seja reconhecida por aquilo que sou.
Por ser alguém que galga o bem.
A vontade que eu tinha em estar já se perdeu pelos anos, se foi como a areia que o mar leva, sem nunca mais voltar a terra.
A alegria me visitou na juventude como quem visita um irmão, era tão macia e ativa como a lã de um carneiro, tão amorosa e atenciosa como uma mãe é com seu bebe. Com o passar dos anos, foi indo-se, afastando-se até não encontrar mais o seu lugar.
Ela se foi, dando lugar a rebeldia, a solidão, ao descaso, e amargou a fonte que antes jorrava abundante,
Desci das minhas certezas, subi pelas ruas tristes, encontrei-me no vazio.
Agora, enquanto ainda tenho folego, eu quero seguir, eu preciso sair de mim, para poder novamente encontrar um pouco do que já fui.
Quem sabe, ainda exista uma rua de sonhos, por onde passe gente como eu, que ainda se importe com o outro,  que possa  trazer-me de volta a confiança perdida.
Já se fez noite em meu caminho, e novamente a luz se foi, como quem tem medo, como
quem precisa se ausentar assim como se ausentou meus melhores anos.
Talvez  o próximo bonde de nome dia, nem me encontre mais, talvez eu já tenha criado asas e subido para outro lugar que me aceite
como este mundo nunca me aceitou, simplesmente, por eu ser assim, tão dona de mim.
Herta Fischer (hertinha)














Tudo a seu dispor


O dia chegou,
assim, como quem não quer nada,
e me abraçou.
Me vesti com um belo sorriso
e lhe dei.
Tanto era o amor
que nos unia.
Levantei-me, e de um salto,
me vi na vitrine da vida,
satisfeita em mim mesma.
Cabelos dançantes
enfeitavam minha alegria, enquanto
uma musica suave acariciava
meus ouvidos ávidos por som.
Só então, abri a janela,
e lá estavam todos, a rodopiar
em torno de si mesmos.
Quiz aproximar-me, mas estavam
tão preocupados com afazeres
estranhos, que de mim, não se deram
conta, Nem da minha alegria.
Fechei a janela com tristeza,
voltando para o silencio das coisas
que me rodeavam, estava tudo
arrumadinho, cada coisa em seu lugar,
Meu coração estranhou aquele silencio
que se fazia la dentro, e minha alma
se agigantou de tal forma que
quase nem cabia mais em mim.
E perguntei ao dia:


-Que me trazes,
se me acordas para viver só?
E silenciosamente, ele se encolheu um pouco,
como que envergonhado por acordar-me
e só me oferecer ausência..
E respondeu-me: - Abra mais uma vez a janela!
E eu abri. Lá estavam sobre o mundo, todas os
sorrisos, todos os amores, enquanto o som
sublime de cantos enchiam o ar.
Então me disse com ar zombeteiro:
- Só fica só quem quer.
Tudo a seu dispor: flores, pássaros,
nuvem, céu, sol, e ainda quer mais amor?
Não é só os que falam que podem te trazer
bem, assim como não é só o que
se come que sacia a fome.
Eu estou aqui todo alvorecer te cobrindo
com o manto da vida, te dou tudo o
que precisa, todas as ferramentas
para se realizar, porém, o que me cobra é,
justamente o que ainda não posso te dar. Ou
aquilo que ainda não consegue ser.
Adianta-te, clama pela fé, cobre-te com
esperança, enquanto o dia ainda o é,
pois ante a escuridão da noite, nada mais
se poderá fazer, a não ser, me esperar.

Herta Fischer (hertinha)


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ainda estamos cegos

Não adianta.
Quanto mais se fala, menos se entende.
O ser humano e sua complexidade?
Quando eu, não eu, mas a minha essência,
diz que Deus é  que governa o universo,
que os acasos fazem parte, e que nós não temos
poder para caminharmos por caminhos livres de perigos,
que a nossa fé deveria suportar todos os reveses,
que é justamente a dor que nos fazem mais próximos
do Divino, eu simplesmente, estou falando do
que entendo por viver.
Corremos atras do vento, e amamos tudo o
que passa. queremos ver eternizado aquele que perece,
não firmamos nosso olhar Naquele que vive e permanece
para sempre, e na novidade da vida prometida aos
que seguem seu caminho sem grandes preocupações com o futuro.
É lógico que precisamos trabalhar para o nosso sustento,
é lógico que desejamos coisas, pois são as coisas, que ainda nos movem
neste plano, porque perecemos, atentamos, ainda ao que perece.
Porém ao nos entregarmos a vida que Cristo nos ofereceu quando
se entregou para a nossa salvação, quando ao parecer dos fracos,
foi de que, havia sido derrotado pelo inimigo na sua morte,
Mas, que, vencendo a morte nos mostrou o quanto poder Ele tem,
nos dando a plena confiança, de que, ao morrermos, estamos morrendo
apenas para o desejo do corpo. esse desejo que carregamos na carne.
Quando, porém, Cristo voltar, ele transformará esse corpo perecível em
corpo vivo. Um corpo eterno, que não mais conhecerá corrupção.
Ai, sim! estaremos vivos, seremos vivificados pela palavra que diz:
Vivificados em Cristo.
Ser vivificados com Cristo significa experimentar a vida de Deus em nós, significa ser
nascido de Deus por meio do seu Espírito, O vazio em nós é preenchido com a alegria de sabermos
salvos e completos, quando somos levantados do túmulo do pecado, e sentados com Ele nos lugares
celestiais.
(Ser vivificados com Cristo significa que "somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para
fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para que pudéssemos praticar" Efésios 2:10)
Agora ainda andamos com traves nos olhos, olhando com os olhos carnais, nos defendendo a nós mesmos, e sobre caprichos de quem vê apenas na aparência. Ainda achamos que podemos "salvar",
quando, na verdade, já somos salvos pelo sangue do cordeiro aspergido no altar de Deus.
O sangue do cordeiro está sobre o umbral da porta da nossa casa, e a morte não mais pode entrar,
por causa daquele que nos vivifica.
Nosso corpo carnal anseia por corpo, anseia por presença, anseia por aquilo que nada é, quando que, deveria ansiar por vida!
Qual é a nossa função neste mundo?
Crer na promessa, assim como Abraão creu, ao entregar o seu filho como sacrifício, mesmo sabendo
o quanto sofreria com seu ato, que para muitos poderia parecer crueldade.
Porém, antes que o fizesse, Deus ordenou que parasse, pelo testemunho da sua fé.
Assim, também nós deveríamos confiar totalmente na promessa da ressurreição.
Mas, ao invés disso, nos torturamos pela perda do corpo, quando que, deveríamos nos alegrar por
libertar-nos desse corpo que nos escraviza.
O corpo tende ao pecado, isto é, ao desejo de satisfação corpóreo. O espírito anseia por liberdade
quando esses desejos não são satisfeitos totalmente, e nunca serão, por causa de Cristo.
Como dizia Paulo:
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer
está em mim, mas não consigo realizar o bem.
Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Ora,se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo á lei de Deus, mas com a carne, á lei do pecado. (Romanos 7:18-24)
Quando o próprio Senhor Jesus, para levar aos gentios a sua palavra, escolheu um dos perseguidores da sua igreja, a saber, o Apóstolo Paulo, antes, foi lhe tirado a cegueira, então-se os olhos lhe abriram,
e ele pode enxergar além do que até então ele conhecia.
Cristo é a nossa luz, quando Ele se nos manifestar, também nos abrirá os olhos e a nossa cegueira
desparecerá.
E desaparecendo a cegueira, em dia pleno andaremos, como todos aqueles que creram na promessa
antes mesmo que fosse cumprida, não mais procuraremos satisfações pra agora, olharemos mais
para o alto.

Herta Fischer (hertinha)












domingo, 22 de novembro de 2015

Seu dia

Oh, dia, me espere...
eu vou indo!
Oh, dia, se alegre..
estou contigo!..
Oh.. dia.
me dê forças..
caminho!
Tão simples
e tão complicado
sem fé.
Tão complexo e 
tão suave
o é...
Herta Fischer (Hertinha)

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Pensando, refletindo e vivenciando

Porque Deus se desenha a minha frente,
não é um caminho,, é a certeza
de chegar..

.E pensar que amanhã, talvez,
eu nem fique.
mas enquanto estou,
que tal um abraço apertado,
daquele que esperamos nunca
mais esquecer.
Herta Fischer (Hertinha)

Uma vida inteira num deserto
só me faz confiar mais em Deus,
a falta de tudo me dá mais confiança do que
se pudesse estar nos braços da bonança,
pois no bem bom, com certeza já
teria te esquecido, e quanto
mais me falta mais preciso
do Senhor.

Quantos já sobrepujaram minha inocência, quantos transgrediram
minha imagem..Porém, nunca cansei de plantar flores, mesmo onde elas não crescem. Sou uma teimosa agricultora
que confia no tempo, e na fecundidade da terra. Nós semeamos, mas
o frutificar depende de quem conhece a semente melhor 
do que nós.
Herta Fischer (hertinha)

"Eu espalho o bem, porque o mal não me interessa."
Herta Fischer (Hertinha)

Não espero grandes nem muitos amores, só espero sinceridade, mesmo que seja aos pingos...Amo todos vocês, que de um Jeito ou de outro, ainda
vê beleza onde ninguém mais vê...
Amados no Senhor..Muito agradecida mesmo..

Que as estrelas brilhem em seus Emoticon heart Emoticon heart Emoticon heart
Não tem melhor lugar para ser céu...
Herta Fischer