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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Só mais um dia

As luzes artificiais acesas,
som de chuva no telhado, silêncio
aqui dentro.
Queria voltar, mas não posso, as
estradas por onde já passei, também passou.
Agora, sou só eu e a saudade de quem
solfejou no passado, agora não solfeja
mais.
Tudo é calmaria, as emoções se desencantaram, nem
o som da chuva que amava, quer dizer algo.
Tudo perde sentido, em meu vagar solitário, a
vaga esta vazia, não ha mais nenhum motivo
para preenchê-la.
É como a terra seca, não ha felicidade nela, nem
cânticos, nem vontade de cantar.
Só dois motivos para continuar: Fé e fé.
Da saga madura, só mesmo o corte, e o
que se aproveita dela ao findar da colheita.
Todo verde, amadurecido e seco, toda espiga,
despida de sementes.
A velhice talvez nos conte o final das dores,
e a lucidez de quem não mais espera,
apenas acontece
em cada amanhecer
que se sonhou.
É só mais um dia!
Herta Fischer





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