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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Servos e senhores


Hoje eu vou falar sobre a maneira de servir.
Dirá então:
Ninguém deveria servir!
 Mas, o que seria
deste sistema se não houvesse servidores?
Tudo que existe, tudo que há, de alguma
maneira, servem!
Mesmo na época em que Deus andava
com os Israelitas já se falava em servos e servas:
dizia-se comprados. Até mesmo os israelitas em certo tempo,
serviram no Egito, na condição de escravos, como diz em êxodo:
"Todavia, quanto mais eram oprimidos, mas numerosos se tornavam
e mais se espalhavam.
Por isso os egípcios passaram a temer os israelitas, e os sujeitaram a cruel
escravidão."
Deus permitiu isto, para que  o Egito pudesse sentir o poder de D'Ele.
Assim como Ele diz a Moisés:" Faraó não vai deixá-los ir de imediato, vou
endurecer o seu coração, para que faça-se entre eles várias demostrações de poder."
Fazia-se isto para que muitos dos egípcios viessem a temê-lo e também
a crer num único Deus.
Já se fazia entre os gentios a obra para que deixassem o costume de
acreditarem em deuses.
As leis escritas por Deus era exclusivamente dadas a Israel, um povo
que estava fora do mundo real, para que vivessem entre uma geração corrupta,
sem, no entanto, se contaminarem com seus costumes.
Os homens, até então, não tinham conhecimento do Deus vivo, e como
tantos que, ainda hoje, prestam cultos aos seres que não falam, nem ouvem, nem vê.
Para colocá-los a par do Seu poder, Deus teve que introduzir os israelitas em seu meio,
honrando-o e fazendo o que era certo perante todos os homens.
Dava-lhes terras, promovia grandes conquistas, e os livrava dos poderosos
reis da época.
Porém, o homem não consegue se livrar dos desejos mundanos, e é facilmente
cativado pela aparência, tanto que, quando Moisés livrou o seu povo do
cativeiro, e os conduziu pelo deserto, prometendo a eles, por intermédio de Deus,
uma pátria, eles desdenhavam e enfatizavam o fato de que no Egito, embora
estivessem sobre um regime de escravidão, tinham bens e não passavam fome.
E Moisés  teve que ferir a rocha para que dela emanasse água e assim matasse
a sede do povo.
Isto já simbolizava a vinda de Cristo, o qual seria ferido pelas nossas transgressões,
para matar a nossa sede de justiça,
Os reis eram os únicos seres considerados em todo lugar, a classe menos
favorecida trabalhava para os donos das terras em regime escravo.
Toda a riqueza ficava com eles, por isto ainda há, na Europa e na Asia, tantos monumentos
grandiosos, feitos especialmente para os reis e seus magistrados.
Era isto que Deus queria fazer, uma reforma entre os homens que até então, ainda estavam longe,
que trabalhavam como animais, sem direito algum.
Aos poucos os israelitas foram deixando a forma perfeita de viver para Deus, e assim como
Adão e Eva, eles pecaram mais uma vez, dando mais valor aos costumes pagãos.
Através da lei que era boa, dada a eles para que vivessem bem e seguros, transgrediram-na
tornando  o fardo muito mais pesado do que realmente era.
As leis só são eficazes se o juízes as executarem com justiça. E como ainda
se faz até o dia de hoje, as leis foram favorecendo os que tinham maior poder
de compra.
E o povo, mais uma vez, virou refém dos que detinham o poder.
Até no Templo, onde se faziam os sacrifícios para remir pecados, havia comercio.
Quando Cristo se manifestou, dando conhecimento de si mesmo aos homens, os poderosos
o rejeitaram, pois tiveram medo de que ele viesse para tomar o seus lugares.
Diziam entre eles: que cristo seria o rei dos Judeus, e por isto os escribas e os
fariseus os perseguiram.
"Escribas e fariseus: homens importantes que detinham o conhecimento e as aplicações das leis"
Eram os responsáveis pelo cumprimento das leis, dadas por Deus aos israelitas através de Moisés.
Eles tropeçaram na pedra de tropeço, por não enxergarem tão grande salvação.
Atualmente, eu vejo a mesma coisa acontecendo, cada um em seu lugar, realizando
mal seu serviço, mas não querendo perder o seu lugar.
Ninguém mais serve, são apenas troca; trabalho por dinheiro.
Não que isto seja errado, afinal, não se deve amordaçar o boi enquanto ele
trilha o trigo, mas que também, estejam prontos a servir de uma forma leal, cada
um a seu modo, em favor dos que pagam.
Muitos, por medo de perder o seu lugar, mesmo não realizando bem os seus serviços,
 atropelam outros que querem fazer melhor.
Não somos mais escravos, nem somos comprados por dinheiro, mas ainda temos
que trabalhar para o sustento, embora ainda tenha quem os faça com indignação,
amaldiçoando o seu tempo, como se o trabalho fosse algo ruim.
Todos loucos pelo fim de semana, não dão valor ao que traz vida em suas asas.
Na época da escravidão dos negros, os homens trabalhavam pela sua vida, e
trabalhavam mesmo, sem direitos, só deveres. abaixo de chicotes, e não
reclamavam, pois viam de ante mão, algo muito maior a esperar no final da trilha.
Contribuíram ricamente na construção das cidades que existem hoje, e ainda
são descriminados,
Todo tipo de trabalho ha de se ter servos e senhores, os que mandam, e os que obedecem.
também ha os que apenas vigiam para que o trabalhador cumpra o seu dever até
o final da jornada. O nome mudou, em vez de capataz, agora são chamados de chefes.
Porém , o propósito são os mesmos; embora a moeda seja outra, não se compra, mas
se vende da mesma forma por dinheiro.
Não existe liberdade quando se trata de trabalhar para outros, é uma forma de escravidão
legalizada, onde ao invés de açoitar com chicotes, usa-se assédio mental. Ao invés de se
 pagar a outro
pelo trabalhador, paga-se para o governo em forma de tributos.
Ao invés de procurar por pessoas saudáveis ao olhar para dentes ou para o porte,
usa-se testes psicológicos e testes práticos, alem de colocar o candidato, muitas
vezes em uma situação constrangedora, ao deixá-lo sem resposta ao final
da entrevista, apenas lhe dizem: depois te ligamos, e ele fica esperando e nada acontece.
Pagam-lhe o salário e descontam contribuições, para depois lhes dizer que são conquistas,
sendo que, é só poupança mesmo, aquilo que ele mesmo paga e que depois de longo tempo
recebe como benefício, e não recebem o que pagaram, só uma parte.
Eu não estou equiparando, só estou exemplificando, é lógico que,
 o que fizeram com os negros, foi de uma indignidade sem precedentes, mas também, o que fazem
com os trabalhadores dos setores privados é no minimo, desconsertante.
Paga-se pouco e exige-se o máximo, quando não mais precisam da contribuição do
trabalhador, nem pensam em sua família, Sem nenhum reconhecimento os colocam na
rua como a um cão sarnento, o despejam fora como água suja.
Então, á meu ver, ainda se escraviza, talvez de uma maneira melhor, mas
não deixa de ser apenas um servidor, um escravo de seu Senhor.

Herta fischer























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