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Ciranda noturna

  E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...

terça-feira, 3 de março de 2015

Muda-se de lugar, mas não de conteúdo

Quando criança eu estava entregue a vontade dos
meus pais, e aprendia com eles a viver sobre limitações.
Tinham suas crenças, suas regras, e por mais que eu
quisesse me libertar de seus conceitos, eu não podia.
Então, dentro de mim, eu construí a liberdade, e
me tornei ser pensante.
O único lugar onde se está seguro é dentro do pensamento.
Lá nada nos julga.
Eu amava estar só comigo mesma, quantas vezes embrenhei-me
na mata e construí um lugar só meu.
Sabe! aqueles dias em que prefere ficar só, e escolhe um lugar
para se recolher do mundo, criando um espaço onde se sente inteiro?
Socialmente, somos despedaçados, ora, por divergências no comportamento,
ora, por divisões religiosas, ora, pela própria incompreensão mesmo.
É natural, quando dividimos espaços, e estamos sobre domínio de alguém,
continuarmos limitados, ao ver  deste alguém, sujeitos a sua vontade.
A não ser que, este alguém nos permita crescermos juntos, olharmos
na mesma direção, aconselharmos mutuamente, crer que não somos donos
da verdade, então, criarmos as nossas verdades, juntos.
Infelizmente, como já se diz na própria palavra, o preconceito é trevas, e esta
treva não nos deixa enxergar o crescimento do outro, a não ser que esteja subjugada
a uma imagem distorcida que criamos de nós mesmos para defesa própria.
Eu acho interessante observar um formigueiro, poucos conhecem, mas, cada um
tem sua tarefa,  cada tarefa é diferente, e todos se compreendem. Não tem aquele
que olha para o outro com inveja, vivem em sintonia, cada um sabe de si, cumpre
com seu dever.
É uma organização tão bem construída, que o resultado só pode ser de sucesso.
Entre nós não pode haver esta sintonia, mesmo porque, cada um defende o seu
interesse, voltado para si, sem comunhão alguma.
Não estou preocupada com o que você sente, desde que eu sinta em mim, que o
seu sentir venha de encontro ao que eu espero.
Complicado?
Sim, muito complicado!
Temos que compreender bem a estrutura, ou como se desenvolve esta estrutura dentro
do contexto viver.
O que realmente importa numa indústria é o equilíbrio de produção, onde cada um
faça a sua parte e um pouco mais, não se limitar ao seu, contribuindo com os
mais fracos.
Uma formiga cortadeira não se limita só a cortar, depois que ela termina a sua função,
 ela se coloca
a disposição das outras que recolhem. É comum verificarmos alguma formiga carregando
algo em dupla.
Isto contribui para que tudo se faça com mais precisão, e que, a empreitada termine mais
cedo, e todos possam enfim, descansar.
Eu admiro muito a natureza, ela expressa fielmente aquilo que acontece entre nós, embora
sejam poucos a tomar consciência de que não somos diferentes.
Embora, em muitos casos, eles sejam bem mais organizados, pois não entra
 nenhum tipo de emoção, enquanto que, entre os humanos, cada um vê um jeito
de se dar bem. são bem eficazes na arte de enganar.
Claro que, toda regra tem suas exceções, até mesmo entre os animais existe
aquele que se aproveita do trabalho do outro, assim como acontece entre nós.
São os considerados espertinhos. Ficam a espreita, presos na conveniência, enquanto
uns trabalham, outros se beneficiam sem precisar de esforços.
Então, meus amigos, mesmo que queiramos, nunca vamos conseguir mudar o
 sentido das coisas, nem mudar o outro.
Insisto na mudança em mim, para que através do espelho, alguém possa se beneficiar
do que aprendo e executo para o bem comum.
Herta Fischer
















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