"O mundo me cercou de mentiras e
os enganos encheu-me os olhos."
Eu sonhava em encontrar
um lugar de bem, onde o paraíso não
fosse apenas um lugar, uma paisagem, mas
um bem durável que estivesse plantado nos corações
das pessoas.
Infelizmente, depois de muito tempo, tive que deixar de
sonhar. Pode até ser que exista um mágico grupo de pessoas
que engajam freneticamente a ideia do bem, mas, ao
convivermos com outras pessoas, umas diferentes das outras,
cada um defendendo seus próprios princípios e crenças, a gente
vê este paraíso cada vez mais distante.
Acho inacreditável que em pleno século vinte e um, quando as mentes
deveriam estar bem mais abertas, ainda se ouve algum hipócrita
chamando Deus de orgulhoso.
Orgulhosos somos nós, que não conseguimos nos afastar das coisas
que morrem, quando deveríamos dar atenção as que são eternas.
O corpo para nada se aproveita, exceto para carregar o espírito. Embora
saibamos que a morte do corpo é eminente, insistimos em encontrar
remédios milagrosos que empurre a velhice para mais tarde,
e o máximo que conseguimos é arrastar os pés por alguns anos
a mais sem qualidade alguma, com a pele tão esticada, tornando
a face irreconhecível até para si mesmo(a).
Se não pudermos cuidar do que está dentro, como daremos tanta importância
ao que está fora?
Por acaso a casca do fruto é mais importante que a polpa?
De que adianta um rostinho bonito, um corpo bem feito, se o espírito
contradiz?
Conheceremos o homem pelo espírito de cada um, não pelo corpo, pela cor
da pele, ou por outro adjetivo qualquer.
Deveríamos, pela boa consciência, ensinar as crianças a serem boas, no entanto,
pelo orgulho enraizado em nós mesmos, nos tornamos como peças de
cristal, e a qualquer toque, por menor que seja, já ficamos na defensiva, sem
respeito algum, pelos da nossa espécie.
Por que será que os homens querem tão bem os animais? Por que eles não
competem!
Eu reparo nas pessoas da minha própria família. Não dão importância alguma
quando estamos bem, mas, se nos verem em apuros, ou definhando, chegam
com cara de amigos, só falta nos carregar no colo. Não é por solidariedade, mas, sim,
para ver a nossa queda, se fazem de bonzinhos, quando na verdade, só querem
parecer o que nunca foram.
Por isto, estou aprendendo a viver só, sem depender do amor ou da amizade de
ninguém, quando preciso, me entrego a oração, como faço sempre, pois
amigos sinceros não nos procuram em fases. Ou estão conosco, ou não estão!
É assim que eu penso: Querem tudo para eles, mas quando chega a hora de
dividir, pulam fora e nos deixam a ver navios.
Cansei de procurar pelas pessoas quando na verdade elas estão tão longe, entranhadas em
suas órbitas, rodando em torno de si mesmas, ocupadas demais para olhar para os lados.
Herta Fischer
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Transferência de um bem
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