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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

domingo, 8 de março de 2015

Vida dentro da caixa

A culpa, a eterna culpa, de si, dos outros, do acaso - jamais do destino -eternamente perseguindo os sonhos dos homens, estão presentes na passagem da vida, paixões, convicções, amores das personagens, cujas vidas dão uma ópera-fado. (Amadeu Inácio de Almeida Prado)

Eis a solução da vida contemplativa, quando nos sinais se dão a
forma de ver e de sentir.
Em cada esquina nos vemos através do outro, como fantasmas
em ação, sem sabermos ao certo para onde vamos, e
nem o que fazemos em tão pouco tempo do existir.
Somos equilibrados na consequência do passado, como
se fosse ele a dirigir nossos passos, sem inovação, derrapando
em construções antigas, sem a menor vontade de seguir em frente.
Se tudo muda a todo instante, se as células morrem e se reconstroem,
então, por que nos distanciamos tanto da atualidade, querendo
conservar histórias como se dependêssemos dela para aprimorar 
futuro?
Tanta divergência sobre o que sentir, o que fazer para agradar, o
que levar adiante, como amar, no que acreditar.
Se vivo e vejo do meu jeito, tudo se faz para mim, pois a alegria
ou a dor que sinto, é minha, ninguém a pode sentir igual.
Só eu tenho o meu jeito de contemplar, de definir as cores que vejo,
de interpretar o que sinto, não vejo motivos para que outro me siga,
ou me julgue.
Minha carne se desgasta ao passar dos anos, vivemos para morrer,
então, porque nos desesperamos tanto pela vida, como se  só o viver
importasse?
Por acaso, não cortamos a árvore quando ela já está podre. 
E mesmo assim, em algum lugar, outra cresce substituindo aquela que não sobreviveu ao
tempo?
É a espécie que importa: O homem, as plantas, os animais, as aves, etc...
Não é o que existe, mas sim, as informações que levam.
" Primeiro é preciso morrer para depois nascer!"
A caixinha que contém a vida é a semente, sem ela não haveria como 
perpetuar espécies.
Nos primórdios tempos, o homem teve papel fundamental, pois foi ele,
através dos anos que plantou descendência, enquanto que a mulher
acolheu, assim como a terra acolhe tudo que nela se planta.
A mulher é bendita assim como bendita é a terra mãe, e bendito
é o homem que semeia.
O tempo passou, o homem continua semeando, e a mulher, como 
terra fértil, continua acolhendo toda a vida semeada dentro de si.
Toda forma de vida é de extrema importância, quando  uma se extingue,
todo o resto sofre.
A terra, é responsável por toda a semente que recebe, embora
precise de outros elementos como o sol, a chuva, e outros. assim também
a mulher necessita de cuidados fundamentais para realizar melhor a
sua função de mãe.
 Tudo é uma questão de entendimento, luz é esclarecimento, uma vez 
entendidos e esclarecidos, podemos enfim, dar o devido valor a vida,
e a todas as espécies afim de preservar. 
Todos se fazem necessários, mas o homem, em sua arrogância, na loucura
do ter, do querer mostrar que pode, para sua própria perdição,
acaba anulando todo o propósito que há debaixo do sol.
 Se para ele, não existe Deus, então que pelo menos, faça o seu melhor!

Herta Fischer

 

 






 

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