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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Crença

Muitas vezes eu me sinto como um pequena gaivota pairando no ar, só idealizando o meu momento crucial.
De cima observo, de longe aprendo, mas ao dar o meu mergulho no ar me arrependo.
De tudo que se vive na vida, o que tem menos importância é o ter, mas, é justamente neste mergulho misterioso e sucessivo que descobrimos a morte,
Eu me pergunto, as vezes, de que vale a vida, quando não podemos crescer como pessoa?
Quando não podemos fazer nossas escolhas moldadas na compreensão do que é realmente necessário?
Ontem eu estava assistindo uma reportagem de um rabino, e ele falou algumas palavras que me surpreenderam, referentes ao que hoje chamamos de religião.
Se estamos vivendo todos do mesmo modo, somos tidos por cautelosos, se desviarmos um pouco daquilo que a maioria pensa, nos consideram loucos.
Ele falava sobre o deus baal, o deus dos pagãos,  descrito na bíblia como o deus do dinheiro.
Então, a religião hoje, não esta dividida como muitos pensam, porque tudo gira em torno do deus baal.
Os templos servem para  a arrecadação de dinheiro para construírem templos magníficos, como se o prédio fosse mais importante que a palavra, como se o dinheiro fosse mais importante que os homens.
Desta forma mostram-se todos pagãos, porque são seus interesses  que faz  a crença.
Templos lotados não quer dizer fé.
Peregrinos andando a pé, carregando uma escultura está longe da verdade.
Pois, quando voltam para casa, depois dos sacrifícios, maltratam os pais, os irmãos, os amigos,
condenam pessoas.
Geralmente se vai ao templo não na necessidade de crescer como cristão, mas por achar que desta forma resolvem-se os problemas de relacionamentos e financeiros.
É este tipo de milagre que esperam. Não confiam plenamente em Deus, precisam estar agregados á outros, precisam de um guia para sentirem parcialmente seguros. Esperando  por algo que nunca acontece, se entregam á todo tipo de tentativas  assim como o vento, andam de um lugar á outro na busca frenética por alguma forma que satisfaz.
A vida em si, é como uma sementinha que por um tempo fica escondida sobre a terra. Ninguém a vê.  Mas, Deus já está auxiliando o seu crescimento. Tendo todas as condições necessárias, primeiro incha, depois se distende, e dentro dela mesmo, um milagre acontece, de suas células mortas, renasce a vida, do seu pequeno núcleo, sai o broto, e com uma força superior, mesmo sendo tão frágil, empurra a terra e desponta uma nova forma de vida, e assim sucessivamente.
Depois de adulta ela se entrega ao favor do tempo, e espera todo dia em Deus, sabendo que só depende do criador, viver ou morrer.
Precisa do alimento, precisa de socorro em tempos oportunos de escassez. Mas, sabe que nada depende do seu querer, e sim, do ciclo da vida, pois chegará o tempo de envelhecer, de murchar e morrer. Porém,  sabe que isto não será o seu fim. De si, e de suas células reprodutoras, sairá os seus descendentes , dando continuidade á sua espécie.
Se contarmos os milhões de anos que já se passaram,  e definitivamente, só podem falar do antes os que agora vivem, mais tarde, os que viverem em outras épocas falarão do nosso tempo.
Os homens eram os mesmos, e sonhavam como os de agora, alguns tinham muito, outros viviam com tão pouco, mas, nunca deixavam de lutar.
O ciclo da vida independe das crenças, o bem é Deus, sem o bem o mal toma conta, faça-se na obediência mesmo que seja em vão, mas, faça, ame  na medida, sem exageros, Mesmo que ninguém mais faça, seja o exemplo.

Herta Fischer.















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