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Ciranda noturna

  E as formosas tardes, roubando o encanto da manhã, A sorrir sol entre as árvores Meu recanto, colorindo a relva com giz amarelo. E a luz s...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Aprendizado

Eu caminhava sozinha pela vida, e ela me levava em teu seio, livre
e solta como um balão a enfeitar o cèu.
Tinha muito medo de cair, de escolher um caminho errado,
de me corromper em um primeiro momento de engano.
Pois o caminho que nos leva a perdição é largo e farto, e
o que nos leva a Deus é apertado e repleto de renúncias.
Deus, para mim, não é algo a se alcançar com as mãos, nem
algo a se procurar aqui e ali, Deus é a nossa capacidade de nos afastar
de tudo o que pode causar mal aos semelhantes e consequentemente
a nós mesmos.
Assim como Ele é fiel a todas as criaturas, assim nós também devemos
permanecer fiel ao propósito que se nos deu.
Como uma videira que em seu tempo carrega seus frutos, e deles saem
os melhores vinhos, também precisamos estar carregados de atitudes boas.
para que de nós emanem muitas bênçãos.
E eu, como qualquer criatura, seguia em meu dia como os pássaros, apenas
para trabalhar, colher os frutos do trabalho em que trabalhei incansavelmente,
e uma necessidade imensa de ser feliz.
 Dei tudo de mim no meu trabalho, porém, nem sempre foi satisfatório, muitas vezes,
não foi reconhecido os meus esforços.
Sempre com uma enxada nas mãos ia limpando os meus trilhos, para manter
o trem na linha e seguir sem maiores sustos.
De estação em estação,arranques e paradas, ia desbravando meu mundo cheio
de significados.
O que de imediato não podia fazer, esperava pelo tempo certo de realizar, e assim
fui conquistando bens indestrutíveis, que ladrão algum será capaz de roubar.
Em nenhum momento no decorrer do tempo dos meus dias ficava a esperar sem motivo,
ou me enganando com aparências.
A árvore,depois que sai da semente, não fica a querer forçar o tempo para que passe depressa,
nem questiona o tempo que leva para dar seus frutos, apenas espera e trabalha, e num belo dia,
acontece.
Eu, como uma árvore, sempre esperei. Em cada tempo, acontecia, sem que necessariamente
quisesse, ou precisasse.
Não digo que sou imensamente feliz em todos os momentos, o crescimento é demorado,
algumas árvores demoram pra dar seus frutos. Posso assim dizer: infeliz não sou.
Não me culpo, mas me arrependo de alguma atitude impensada, que quando estava cega
em minha vaidade, pratiquei contra alguém.
De tanto caminhar, possuo alguns espinhos nos pés, uma coisa eu aprendi, a andar mais
consciente em minhas pegadas, penso muito antes de dar mais um passo, sondo o terreno,
 e caminho em paz.

Herta Fischer.
















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