Eu não caminho nesta estrada pensando em encontrar alguém que caminhe comigo.
Eu apenas uso meus pés. Aqueles mesmos pés que me levam. que me transportam,
enquanto eu ainda os tenho.
Não aprendi a escrever para nada, nem a caminhar sem um objetivo, nem a cozinhar
sem ter fome, nem a limpar sem que esteja sujo, nem a trabalhar sem esperança.
O céu está acima, a terra abaixo, e eu estou entre os dois. Alguma obra maior está entre nós.
Não se faz calor e frio sem mudanças de temperatura, assim como não se faz criança, seres, sem que haja alguma comunhão.
Por que a inteligência nos alcança em certos sentidos, e em outros nos coloca a margem?
Se o cérebro tem tanta capacidade como dizem, o porque de não conseguirmos aproveitá-lo
como um todo?
Qual a razão da não satisfação, quando já temos de tudo?
Eu acredito mesmo que seja a falta de Alguém com o poder que não temos, com
a misericórdia que negamos, com a facilidade de mudar, de colocar as coisas, cada uma em seu lugar,
de saber das nossas necessidades, não a que procuramos, mas aquela que realmente se faz necessárias.
De poder nos dar prazer sem que para isto precisemos ser donos. de estarmos, simplesmente
satisfeitos por sermos quem somos, e que através da empatia possamos enfim aproveitarmos
a complexidade e compreender coisas simples como a própria história da vida.
Hertinha Fischer
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