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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Olhos do coração

Aproximo-me do quinquagésimo quarto aniversário. Que benção!
Lembro-me das vezes em que vi minha mãe a orar por mim.
Com mãos entrelaçadas, ajoelhada no chão a pedir permissão de Deus para
que por mim, olhasse.
E, Ele olhou!
Encheu minha cabana de bençãos, me preparou um lugar, por duas vezes visitou meu ventre,
e dentro dele plantou suas sementes.
E eu, com olhos marejados, no derradeiro dia, em dor, vi a semente despontar.
E também transcorreu-me dias, muitos dias, de labuta e de medo, até que, por fim, a lavoura
cresceu.
E entre todos os lírios, meus lírios florescem com desenvoltura e simplicidade, tão
lindos e brancos como as vestes de paz.
Não me esqueci da esperança, da mesma esperança pela qual minha mãe esperou, que de toda sorte,
minha maior sorte é Deus.
E sobre estas mãos poderosas, minha alma enfim pode descansar na paz, pois conhece Quem
caminha ao lado, e Quem nos faz melhores a cada dia.
Não depende de nós, depende do tempo, da luz que se faz todos os dias, mas, também do alimento
que prazeirosamente recebemos daquele que nos dá  a real energia para continuar.
"Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus!"(bíblia).
 É essa palavra que nos sustenta, ou que me sustentou, mesmo quando eu ainda não a conhecia!
  Quando tive medo, meu medo me deu forças.
Ao alcançar coragem, foi ela que me deu seus motivos para continuar.
Quando se dorme não se tem consciência, mas, ao acordarmos, lembramos das responsabilidades
E é essa responsabilidade que nos carrega, multiplicando as forças dos nossos ombros.
Temos controle sobre nossas emoções? Sim, quando realmente acreditamos.
Tenho muito que pedir perdão, não me envergonho disto, muitas vezes corri feito um cavalo selvagem, e como selvagem não medi as consequências.
Ainda hoje preciso me controlar, usar as rédeas para me segurar, principalmente nas horas de revolta.
Aprendi, e ainda aprendo, uso o dia como meu conselheiro e procuro em mim um motivo para
continuar sem errar tanto.
Deus nos concedeu inteligência e bom senso, agora precisamos saber usá-lo, para não destruirmos
sua lavoura. Deixo o mundo e suas concupiscência, para voltar-me inteiramente a quem precisa. Se puder doar -me. Esqueço de mim!
Esquecendo de mim, Já não sou eu, mas Aquele que verdadeiramente vive!
Aleluia!

Herta Fischer.






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