Lá, onde eu me permito,
no recanto em que
descanso.
Existe um lugarzinho
quieto, quase
sussurrado,
em que me arrumo
todo dia, para
não desperdiçar
prantos.
Uma lembrança
quase evasiva
que me fala de saudade
despercebida no dia,
e na noite me sonda.
Esmorecendo meu
ninar e de olhos
abertos, me faz fitar o
nada, cheio do
tudo que vivi.
E que só agora percebo.
Herta Fischer
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Luz azul
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quinta-feira, 17 de novembro de 2016
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