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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Miragens vividas

 Vejo o mundo como se estivesse num deserto,

Vivo as miragens.

Eu estava vagando em meio as areias do tempo,

Debaixo de um sol forte, a meia luz. Descobri minha casinha,

castelo de areia.

Sobre a luz de lamparina, entravamos na noite,

Comigo andava mais seis esperanças individuais,

transformando a grossa camada de areia 

em grãos pequeninos que se grudavam nos pés.

A noite nos amontoávamos no leito

como leitõezinhos famintos, dormentes em

colo de mãe.

E os caminhos, sem querer, nos viu distanciando,

e aquele recanto tornou-se apenas sonhos passageiros.

Areia e miragem

As passagens se fecharam, o rio transformou-se

num jardim de ninfeia-vermelha e estrela branca,

no meio do lodo.

A casinha perdeu as paredes e metade dela cedeu ao

tempo. Daquele corpo pequeno e singelo, só sobraram os ossos.

E outras tantas saudades que agora vem  a tona. Miragem.

O deserto continua a trazer constrangimentos as paisagens,

Nada sobra, nada! Nem sombra dos que, por lá já passaram.


Hertinha Fischer



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