De pedras em pedras subindo a montanha,
vestido de renda, em vento dançando.
Castiga o batom em boca vermelha,
Cabelos brilhantes caminham versando.
Cruel a subida que a vida caminha.
Suores e lágrimas no seio se aninha.
Se o topo te acha e não há mais lugar.
Que outro lugar te pode achar?
A vida e o tempo em seu reverso.
Na crença, o costume fica imerso.
Adivinhos tentam rastrear o céu
Querendo tornar-se o seu carrossel.
Eu que não sou, meio que cega,
me apego a luz que cisma lá em cima,
carrego no ventre o vento e a sorte
É esse cordel que cedo me anima.
Hertinha Fischer
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