É noite, quase que há sossego em mim,
Se não fosse a penumbra, barulhenta,insistente e desatenta de sentimentos,
As estrelas que minha alma inventa
neste céu de meia noite,
emerge de um oceano perdido.
A cama é meu navio,
o travesseiro, a direção, em
meio a sonolência das ondas
do pensamento.
É noite, Trago teu rosto de volta,
negro e turvo como ela própria,
a deslizar comigo nesse
amarrotado sonho de lençóis,
as margens de uma saudade
que cresceu nesse mar.
Talvez esta noite se transforme em
areia, pela manhã,
me mostrando que amanheci
na praia, E que o mar me trouxe
de volta só para te ver de novo,
desta vez, numa linda manhã de sol.
Hertinha Fischer.
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