Quem me dera poder falar realmente o
que sinto,
quando todo esse universo se
desprende de minhas mãos,
Escrevo para a realidade e a
realidade, sutilmente, me foge.
Esse abarrotado de ideais sem campo,
que em campo inútil se faz.
Onde as ruas silenciam meu grito e
o dia cala minha voz.
Já há pragas nas flores, que entre rios,
murcham, sem perfume e sem flor.
Aqui dentro jaz uma sonhadora,
que ousou sonhar no inverno,
e empedrada, agora, desperta, já sem sonhos para
sonhar.
Nesse campo onde há muitos pássaros e
pouca alegria no cantar.
Estamos presos dentro de uma jaula aberta,
já sem forças para voar.
O sol dos poemas e versos nos aquecem,
quando a alma jorra, gelo, pelos poros.
Ninguém que tenha ouvido para ouvir,
nem coração para apreciar.
Que seca severa....
Hertinha Fischer
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