Sem nada para ter,
tinha tantas coisas,Sem sonho para sonhar,
sonhei.
Não conhecia felicidade,
e felicidade dominei.
Sentimentos, mais que relíquias,
nunca dei-lhe muito espaço.
O que de mim, saia, simples bagaço.
Ofendo-me a cada letra
Se não sei, como farei?
Simplifico, honesta em minhas frases,
me faço.
Ao invés de rio, simples regato.
Pouco perguntei, resposta
vinha dos olhos.
Pouco avistei, só olhei.
Olhando foi que aprendi
e de amor eu entendi-
Se demora, esperança,
Se rápido, desconfiança.
Nenhum passarinho sai
do ninho, sem que, antes,
aprenda a
voar.
Hertinha Fischer
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