Ainda ouço
Aquela voz suave e marcante
Que abria a porta para esta pobre
errante.
Hoje o infinito tá tão distante.
Ainda vejo
A correria através da velha estrada
Está tão calada como se não fosse nada,
Seus pés cansados falam de solidão.
Insisto agora
Nas lembranças de belos sorrisos,
contando lendas a me arrepiar
cruz de ferro cravado no peito
As tuas mãos ainda á me afagar
Ainda espero
Pelo céu que a pegou no colo
retirando o seu corpo de mim
Deixando apenas do rosto, um rastro
de saudade que não tem mais fim
Estou partindo
Entre estrelas, vou caminhando as cegas
Nuvens negras embaçam
a luz.
Vou procurando-te a tatear
pelas pegadas da cruz.
Hertinha Fischer
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