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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

quinta-feira, 30 de março de 2017

Energia sem corpo

Eu estou sempre procurando me manter
na estrada, pois sair dela me da medo.
Estava a pensar nos ateus!
Quanta lamuria ha por trás dos que não acreditam em nada.
E vivem a vagar a esmo como quem morre amanhã, e se acha sem destino.
Pouco sobra do nada dentro do nada, quando de nada tiramos algo.
Parece loucura, mas, é nada, quem pensa que é.
Dizer que sou uma energia, de que energia falo, se a energia não
tem corpo, se toco a matéria, sinto-á, sem matéria não há nada a se tocar.
Ontem eu observava uma árvore, sim! uma simples árvore no
meio de tantas.
Eu tentei observar sua energia, aquela que a faz crescer um
milimetro por dia.
E não vi, mas, ela estava ali, em corpo e alma, pois a sua alma,
embora sem sentimento, em ausência de sentido, a faz subir
em busca de luz.
E as células se agrupam, uma a uma, na sua forma, não de uma
estrutura qualquer, mas, na forma de sua espécie!
Folhas e galhos, tudo que a define é ela mesma,
E de onde vem a sua inteligência?
Estou usando a árvore, objeto simples, para salientar
a minha elucidação quanto aos que se veem como nada,
Eu sou nada, quando me revelo morto algum dia, então, se morro,
que me importa a identidade?
Porque preciso ser feliz, porque preciso trabalhar, ou deixar
algo para as gerações futuras: ou me ligar em ter filhos, ou
dar tanta importância aos pais, irmãos, amigos, etc...
Se sou algo que passa, sou como uma nuvem sem água, se acredito
na morte como fim derradeiro, sem proposta, sem meio, sem
esperança, então, não sou.
Pensando assim, me vejo menor que uma pedra, pois a pedra, pelo menos, não
tem consciência do que é, vive parada, estagnada no mesmo lugar, por séculos,
faça chuva ou faça sol, pouco lhe importa. Não sofre, não pulsa, é uma energia morta,
sem nenhum motivo para vencer, ou se dar, sei lá.
Nós, no entanto, estamos em constante mudança, mas, perto de um fim eminente,
consciente de que passamos tão rapidamente, como raios em temporal.
Antigamente, os homens viviam a revelia, sem o conhecimento de Deus. e faziam
de tudo para continuarem vivos, matando e confiscando bens alheios, na ânsia
de fazer valer o tempo.
E morriam, e faziam suas preces ao falecido, mesmo sem ter a quem oferecer.
Tudo bem, pois, não tinham o que temos hoje, eles eram criaturas, assim como
um animal qualquer, lutando só pela sobrevivência.
Ainda hoje, depois de termos mais acessos a educação, a escrita, a doutrina de um Deus, cuja
face não mostra, Mas, nos faz ver a coerência das coisas, nos da um espírito revelador das coisas
ocultas, assim como a energia das árvores, ou de outra matéria qualquer, ainda alguns insistem que
as coisas se fizeram por si só.
Qual homem vivente viu alguma coisa sair do nada?
Tudo em sua forma se forma de alguma coisa pré-existente, nada se forma sozinha, nenhuma
espécie se faz da noite para o dia, tudo é a mesma coisa de antes.
O corpo de um homem é o corpo de um homem, o corpo de um peixe é um corpo
de um peixe, o corpo de uma árvore é o corpo de uma árvore, e assim por diante,
E cada um nasce com seus ideais de ser, adaptados para viverem como tal, diferenciando-se
uns dos outros.
E como negar, então, o corpo espiritual quando um corpo morre?
Onde vai a vida que o fez viver em seu espaço de tempo?
Você foi capaz, é capaz, de identificar o corpo, mas, não a energia que o move.
Como duvidar de Deus em sua essência, que faz coisas tão poderosas, cujo olhos não
tem como dar conta?
Quem ensina as flores a desbrochar na primavera, quem ensina o sol a ser mais intenso no verão, em cada lugar um período diferente. Quem ensina as folhas a caírem no outono, e a reviverem novamente, depois de estarem mortas?
Se não for Deus, então a inteligência se faz no vácuo,
Ateus ou não, todos estamos subordinados a algo muito maior que nós mesmos, em nossas elucidações fracas e prepotentes, que faz do homem um ser irracional como todos os demais. já mortos e fracos...já fracos e mortos!
Herta Fischer  (Hertinha)









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