Ainda aprecio a vida, a olhar pela minha janela.
De fora, contempla um olhar
As vezes de suplica, noutras de gratidão.
Há, por cima do telhado, uma árvore
que inspira.
Está esverdeada agora, Há pouco havia flores.
Sonhos caminham pelas ruas, Portões
enclausuram tristezas - afetos, alegrias e lágrimas..
Pouco a pouco, as luzes se acendem
ou se apagam. Nunca será a mesma.
Dias que chegam em festa, dias que trazem o luto.
O cantar dos pássaros que nunca cessam.
O chorar das folhas que caem.
O desabrochar do ventre no verão,
As pétalas da chuva que vem.
Vento saudando andorinhas,
Gotas vagando sozinhas.
Tem comichão este velho olhar
que não se cansa de admirar,
a sensibilidade de minha janela.
Hertinha Fischer
Nenhum comentário:
Postar um comentário