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Eu dando vida as coisas

  E o caminho era suave - sem obstáculos na pronúncia das flores. Um perfumado sonar de cores e risos, que se estendiam na passagem dos ol...

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

A cultura do tempo

 Certo dia eu olhei para meu esposo e pensei:

Tá velho, os cabelos ralos, as mãos já meio lentas,
A pele flácida. Não está tão atrativo como quando era jovem.
Fiquei meio desconsertada e triste, como se os anos também não tivesse me afetado.
Dai, eu olhei pela janela. E revi o dia em que o vi pela primeira vez, relembrei o tempo em que ele aparecia, as vezes, nesta mesma janela, a olhar para mim, de longe. E de como ficava contente ao vê-lo, com vontade de voar até ali.
E pensei comigo mesma: Não está diferente, ainda é o mesmo homem que escolhi para ser meu companheiro, e pai dos meus filhos. A partir daí, passei a ver com os mesmos olhos que o olhava quando jovem. E o mesmo amor, veio renovado e intenso. Talvez, não mais com a mesma idade, mas, com uma idade diferente, amando-o com o mesmo coração.
Hertinha Fischer.

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