De sonhos, cedo despertei.
Sentei-me a beira da realidade.Ela me contou de acasos
Acaso não fosse assim?
Quem controla os dias,
os ventos, o crescimento?
O estive não está mais.
O estarei encrustados em pedras.
A chegada e a partida, quem esperará?
Expelidos pelo organismo, nossos musgos
Enfraquecidos pelos anos, nossa causa.
Em revelia nasce-se e morre-se.
Contrapondo, vem a aurora
Já cansada de suas noites
Busca sol sem nuvens
E claras manhãs de outono
E vem o tempo e suas intempéries
moinhos que movem ventos
Dançam e se molham nos
acasos das águas.
Até que o infinito cante
E o oceano decida,
quem despertará.
Pois a vida, se tem prazo de validade,
dia e hora, quem saberá.
Hertinha Fischer
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