Passam-se os dias e lá vamos nós.
Esperança simbólica desata seus nós.Tal qual seriema em beira de estrada,
Perna comprida e desengonçada
procurando petiscos na alvorada.
Preguiça e sono no meio do nada,
sombra bem quista na encruzilhada
Talvez um jatobá caia de lá
para a minha fome poder matar.
Sondando a luz no meio do escuro
E só tropeço nós vamos achar
Andando a solta de dia e de noite
Tal qual taquareira querendo assombrar
o vento uivante que nem é tão lobo
Com dentes afiados a faz despencar
Raízes profundas escoram o corpo,
Caídas, será tão difícil se levantar.
Se cedo o sol se levanta,
com ele crescemos e forte seremos,
A lua se alimenta da mesma luz,
Clareia o meio, o resto é sombra.
neste sóbrio caminho que nos conduz.
Entre espinhos e flores, levamos a cruz
E o céu que nos compreende,
de azul celeste em sua paz
Uma mistura de corpos e elementos
Nem se vê nem se aprecia, e
sua luz evidencia.
a força de seus sacramentos.
Hertinha Fischer
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