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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

sábado, 10 de junho de 2017

Desrazão

Todavia
a ironia ia adiante
a se lamentar entre paredes.
Nada de nada, rumores
de felicidade.
Alegria, só quando se ria
de coisas bobas,
na hora da certeza, só
canseira sem necessidade.
Matar-se aos poucos, nem
é preciso, se morre assim
mesmo.
Lava, enxuga, se molha,
enxuga novamente, e a chuva
vem, e a seca se instala em sua hora,
tudo na mesma, doze horas
por dia.
E o dia não se cala, e a noite
não se abala, ruma na intenção
de ser o que tem de ser.
Vamos e voltamos, eternidade
de passos, quantos a se contar,
e muito mais a se andar.
A pele a se secar mais ainda o
novelo a se enrolar na ilusão
de se acabar.
E ao se findar, sem desconfiar,
nada a reclamar, tudo
se torna o quê?
Corpo inerte, alma
morta, bravura, tortura,
ou posicionamento
de mais uma etapa
a vencer, sobre
outro aspecto
do viver, sem nem
sequer saber, que, ou
quem era ou será!
Herta Fischer  (Hertinha)

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