Total de visualizações de página

Som de tristeza

  Som de minha tristeza Ecoa por dentro palavras que nem consigo dizer Não há letras no lamento Se em lágrimas almejasse olhos tristes derra...

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Vaidades das sombras.

Cheguei tarde em casa, uma tempestade arruinara
minha caminhada.
raios e trovões assustadores cuidaram para que meus passos
fossem lentos demais.
Me arrastei entre lama e água, até alcançar meu lar.
Estava encharcada dos pés a cabeça, águas escorriam entre
as nádegas e se chegavam até os pés.
Que dia? - pensei!
Verão sãos dias de festa, de sol, de alegrias, mas, traz consigo
por vezes, temporais.  
chega tão rápido, nem dá tempo
de pensar em correr.
E esta vida que tem tanto, nos dá tanto, e depois
nos joga para o tédio, quase a sucumbir em seu leito.
Como formigas a procurar por doces, nos iniciamos,
e acabamos por vezes á morrer á porta.
Quando percebemos já foi, fomos, e não
tem nada que possamos mudar.
Prefiro seguir as horas, uma a uma, como
ponteiro de relógio, só no tic-tac, seja
lá o que Deus quiser.
dar voltas e voltas, estando no mesmo lugar: E
assim o tempo, ou a vida, ou o limite
dos mortais vai se direcionando
em vários aspectos. Um dia, eu, outro, quem sabe
o que será?
Se fico, ainda me resta tempo, digo eu:- mas, se vou,
não saberei de nada.
Se não saberei, porque me preocupo, quem deverá se
preocupar é quem ainda fica á olhar
com tristeza o que não mais serei.
Dirá-se de mim: Ainda era jovem, coitada!
E, eu não ouvirei, nem estarei chocada, nem
entusiasmada, nem nada. Nem sequer lembrança
serei, pois lembrar-se-á do lugar desocupado, até que,
por fim, algo ou alguém venha a ocupar o espaço.
Tudo ilusão, a  mais terrível ilusão do vaidoso.
Hertinha Fischer





Nenhum comentário:

Postar um comentário