Que bom foi nascer em
um lar honrado, simples,
coroado de gratidão
e respeito.
Não tentaram me moldar, não
puseram rédeas em meu viver,
nem encabrestaram minha
mente com fitinhas
mentirosas.
Deixaram-me solta, a
desvendar os misteriosos
ponteiros do tempo
que não para.
Despediram-me ainda
na aurora, para que o
dia me acolhesse por inteiro,
antes que a noite me mostrasse
outro lado.
Havia pontes, idas e vindas,
a mostrar as intenções que por
detrás de tudo se findava e recomeçava.
Pediram-me que caminhasse devagar,
sem comprometimento algum
com as passagens estreitas e desertos, que,
por certo, haveria de encontrar.
Ensinaram-me amor em qualquer
instante, fé em cada passo e confiança,
especialmente, quando precisasse de
algo mais que apenas coisas.
Quando, por fim, eu tive
que sair do casulo, já me sentia tão forte
a ponto de sair voando, desbravando,
sem, no entanto, me sentir corajosa
demais.
Colocaram uma balança em minhas mãos,
para ir dosando sonhos, uma fita métrica em cada pé,
para não dar o passo maior que a perna.
E assim, cresci na sombra do bem-querer, sobre pétalas de
razão, perfumadas com emoção, sem, no
entanto, pensar ou desejar mais do que me cabe.
Hertinha Fischer...
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Som de tristeza
Som de minha tristeza Ecoa por dentro palavras que nem consigo dizer Não há letras no lamento Se em lágrimas almejasse olhos tristes derra...
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
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