Hoje, mais um dia, como
tantos que já passaram.
Eu estou aqui, como
sempre, a construir pontes.
A vida me presenteia com sol,
com afazeres, com afagos
singelos de pensamentos
que, por si só,
para mim, já é uma grande
conquista.
Viajo nas letras como quem viaja
de trem, sobre os trilhos
escrevo minha trajetória, que
não se cansa de fazer-se e desfazer.
Vou brincando como criança levada,
traçando metas de sobrevivência num glamour
sóbrio, acalentado por sonhos e realizações.
Não quero muito, portanto, não sonho alto.
Só pego o que está ao alcance das mãos,
não sou de espernear por pouco.
Aprendi bem cedo a razão do viver,
que as vezes se desprega como botão
mal pregado, e se perde numa razão qualquer.
Já se passaram os melhores anos, quando ainda
vivia sobre perspectivas, esperando, só esperando,
e chorando as perdas.
Hoje, amadurecida, já quase a despencar ao chão, não olho
mais para o que poderia ter sido, pois, fui, em meu
tempo, o que poderia.
O que seria tão meu, que não pudesse partir sem aviso?
Nem mesmo o amor, aquele que pensei ser o sentido, nem
isso eu pude segurar.
Não digo que não amo, que não sou amada, mas tudo me foge
quando ainda preciso.
Nada vive para me fazer bem, tudo vive, porque vive, e morre
em algum lugar.
Eu faço parte de qualquer sonho, pois pode-se sonhar
com qualquer coisa,: partidas e chegadas.
Dizem que é difícil viver sem queixas: Ora por uma simples dor de dente,
ora por um carinho desfeito.
Mas, e o que dizer sobre o que se passa?
Não posso cuidar de tudo, não está em meu poder, limitar
meus desejos, pois tudo está relacionado com a
necessidade de cada um. E a minha necessidade de
momento é só seguir a paz.
Ir por onde ela for, ssntar em seu colo como
se senta no colo de mãe. Porque a paz, ah! essa paz não tem
largura nem medida, é desse amor que preciso, mesmo
que a correnteza do tempo
me arraste, mesmo que não tenha onde me segurar, mesmo
assim, ainda é tudo de que preciso.
Hertinha Fischer
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Eu dando vida as coisas
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quarta-feira, 23 de agosto de 2017
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