Um dia eu sai de casa apenas com um saco amarrado na cintura, dentro dele, alguns pertences.
Sem saber ao certo que rumo tomava, eu fui na confiança.
Na doçura da vida me expus tão caprichosa era a esperança.
E no caminho incerto, me encontrei sem saber.
O cheiro da vida vinha á frente, e eu me inundava de querer,
nem sempre pude, mas não desisti de ser.
Sem saber ao certo pra onde ia, eu sempre estava chegando, e ao chegar,
eu ficava o tempo que tinha para estar.
deixava que a brisa fresca de todas as manhãs
me indicasse o caminho seguinte,
e fui me aproveitando do único momento que realmente interessa,
o do agora e não mais.
Depois, no tempo eu cavalguei, e enquanto ele me levava,
eu, sobre seu lombo sorria.
Me enredei por muitos lugares, onde pessoas interessantes me aguardavam,
mas, infelizmente, a minha sede de vida
não me permitia ficar,
por isso carreguei muita saudades.
Me fazia falta um lugarzinho só meu, onde eu pudesse estacionar em um sossego.
Como a vida é mesmo nossa aliada, foi me preparando um lugar,
e sobre o ruido da queda de uma grande cachoeira, aos pés de muitos montes,
fiz o meu universo.
Me desfiz então de toda bagagem, que por muito tempo carreguei,
só deixando o necessário.
Mágoa , solidão, como trapos velhos joguei fora,
e o que restou foi só amor.
Hoje, em meio a esse meu devaneio, vivo minha paz, divido se necessário,
agrego se preciso for,
mas, só com aqueles que se permitem chegar...com muito amor para dar...
Herta Fischer.
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Luz azul
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013
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