Gaiola de ouro, presa dentro do passarinho.
Anéis enfeitando, corpo de canarinho
Suados sussurros, silêncio noturno
Alegoria controlando os passos do taciturno
Houve tempo de Luar,
Luz fraca a enfeitar.
Tudo enfim, se apagou,
só restou o lento vagar.
Samba e enredo sem razão,
caça rabos de um cão.
A beleza se esvaiu,
oco e feio se viu
balançando em terra seca,
a bandeira do Brasil.
Quanto mais terra se tira,
mais fundo fica o buraco,
suntuosa mansão, por fora,
por dentro, pobre barraco.
Hertinha Fischer
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