A doce criancice
que de muito docese lambuzava
Não conhecia doce
e era doce que não faltava
Pés de feiões enfeitavam
a margem da terra da rua
Cresciam bem a noitinha
ao som da seresta da lua
Faróis acesos de quando
carros por ali passavam
alumiavam a passagem
da palhoça que desvendavam
De olhinhos abertos e vivos
No terreiro abaixo brincavam
A correr pela passagem estreita
onde vagalumes cercavam
A terra da rua a brincar
em poeiras se transformavam
Hoje a estradinha está triste,
a terra ressequida também,
Derrubaram a palhoça, e
as crianças se foram também.
Hertinha Fischer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário