O sabor da tarde, tinha cheiro de mel
O mundo tornou-se uma colmeia.Ouvia-se o zumbido das flores,
que se inclinavam, para adormecer,
enquanto a lua, fazia, timidamente,
uma seresta nas frestas das janelas
abertas.
Um lampejo alaranjado circundava
o rio, onde os peixes dançavam
Árvores se ajoelhavam em preces,
nas trilhazinhas abarrotadas
de folhas mortas
O imenso universo cantava a marchinha
do lusco-fusco que se precipitava na noite
Ondas de arrepios celebravam os amantes
que estavam sentados nos alpendres da paixão,
Era dia da lua. Cheia de cumplicidade, botando
o cansaço para correr, trazendo de volta,
a vontade de estender o dia, não deixando
que a escuridão encobrisse mais uma decisão de amar.
Hertinha Fischer.
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