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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Para viver é preciso morrer

Onde eu poderia estar neste momento, senão dentro de mim?
O que vem de fora é só um reflexo de uma incerteza qualquer,
criada para me enganar.
Os homens se enganam e se tornam enganadores, na ânsia de querer
saber cada vez mais, sobre algo que eles mesmos não explicam.
Muitos abandonam a sua própria origem para se tornarem algo que
nunca os alcançara!
Criam seus super-heróis e depois ficam frustrados por sabê-los apenas homem.
Eu ouvi certo homem dizer: - Faço o que faço, por não confiar em nada, Não existe um Deus,
então, nem choro quando alguém morre, pois na morte, é fim.
Se na morte é fim, então, porque fazem o bem, estudam historia, escrevem seus livros, se nem terão mais memoria de nada?
Quão em vão é pensar que se terá fim...Tudo o que podemos dizer da vida, é ilusão, parece que vivemos um conto de fadas, um país de mentirinha, que como criança brincamos de existir.
Podemos viver bem, por muito tempo, como também podemos acreditar que morreremos amanhã, Quem sabe?
Não acreditar em algo maior é o mesmo que já estar morto, porque o que nos move é a fé em nossos dias, quando, ao levantarmos toda manhã, o sonho vai a frente, como quem espera por algo que ainda não se conquistou.
E quando, porém, estarmos fartos de dias, e o cansaço bater a porta, e a doença nos consumir, e o nosso olhar já não puder enxergar esperança. O que seria após?
Seria o mesmo que acreditar que morremos e continuamos em um espaço qualquer, e como mortos ficamos a vaguear no vácuo, atravessando paredes, ouvindo os lamentos dos vivos, sem poder fazer nada?
Para depois voltarmos em outro corpo, sem lembranças, para quê?
Caminhar, caminhar, sem esperança de chegada, perdidos no nada, não faria sentido.
Não haveria sentido a vida sem propósito, não faria sentido o eterno nascer e morrer.
Para que se contaria um história sobre a redenção, sobre o poder de um Deus, que atravessou tempo e oceano, se fosse só ilusão?
Para que inventaríamos uma Divindade viva, se ainda confiássemos na morte?
Se morremos e fim, então, não caberia nada, nem esperança, nem vida, porque a vida é sofrimento e enfado!
Lutaríamos para encontrar a fonte da juventude, assim como nossos ancestrais o fizeram, acreditando em alquimias, morrendo em suas ilusões.
Não! definitivamente não. Não haveria nada que não fosse como as plantas, que não tem desejos, e vivem como quem não se apercebe de nada. Não haveria tantas diversidades de animais, nem homens, nem coisa alguma, se não houvesse uma inteligencia maior a reger tudo isso.
O nada não pode se criar sozinho, nem o tudo. E como se explica o universo. Seria uma inteligencia artificial, acomodando as coisas com tanta perfeição?
Eu fico aqui, e você vai por ali, e tudo se completa, assim, do nada, tudo se faz e se refaz. A maré sobe e desce, ela sabe o que fazer?
A terra fica suspensa no ar, assim como outros cometas, só porque a gravidade as sustém?
Os meteoros sabem seu caminho,? nasceram com a inteligência que o homem não tem? Pois, a saber. a humanidade em nós só sabe querer, não faz nada para preservar a sua própria espécie, e corre o risco de extinção.
E se tudo acabar?  será que a natureza se fará em outro lugar?
Em Jupiter, talvez, ou em Marte, quem sabe? Assim, sonha o homem.
O bem da verdade, é que todos andamos perdidos,  e perdidos estamos se confiamos que tudo se faz a revelia,
Pobre homem, amanhã nem será mais, quantas ilusões planta para si, sem nem ao menos ter esperança de colher.
Porque morrer aos setenta anos, é ainda morrer criança. E não crer na vida eterna sabendo disso,  seria melhor nem existir, pois tudo se torna vão.
Herta Fischer  (Hertinha)





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