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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

sábado, 8 de outubro de 2016

A paga, o preço

Circunda-te em ti mesmo,
pois la fora o bicho
te vigia,
Coroa-te de bens, coroa-te
de ternura, porém, nem
isto te livrará da ira
dos homens.
Deixarei o meu olhar triste e
ficarei contente,
assim, todas as minhas dores
se apavoram, pois
também reconheço que
não sou inocente.
Pus-me a olhar de longe
os infortúnios
dos homens, deixei de
lado os meus, pois,
sei que de mim, das coisas
do meu mal, nem faço caso.
não dói em mim a dor alheia,
nem suas desventuras
me atingem,
Estou acima, acima dos demais,
que se levantam
com as mãos espalmadas para
se defenderem, daquilo
que eles mesmo galeiam,
na musica de seus desejos vãos.
Multidão de dores fazem, sem medo
do sofrimento, até sentirem-se
desnudos diante da vergonha
e desalento.
Vou a frente, não gosto de retrocesso,
aprendo e guardo o bem que de ti
aprendo, para que não desfaleça
no dia de sua visitação.
Talvez não me tenha por inocente,
talvez, me dê a paga, e mesmo
assim estarei contente,
por ter se lembrado de mim.
mais vale o castigo do pai,
do que a vergonha em si.


Herta fischer

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