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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Responsabilidade também é amor

Querendo, por fim, ir a luta. Quão belo é seguir.
Helena se dispôs ir além, apesar de não mais aguentar seu
próprio peso.
Quantos temores.
Saberá se colocar longe dos caminhos que
os jovens geralmente galgam?
Terá forças para dizer não quando isto se fazer necessário? Ou deixará
que a sua sorte lhe carregue por caminhos de experimentação?
Não sabia!
A vida as vezes nos prega peças, -dizia ela, e não nos deixa escolhas,
porém, se não soubermos bem para aonde ir, sempre corremos mais riscos.
Admiro pessoas que não pensam, apenas se deixam levar como folhas ao vento. Eu
não consigo, sou real demais para mim mesma, para fazer de conta que sigo, pois sigo, sim.
com os pés no chão. Se cair? -Sou eu mesma que tenho que me virar para levantar.
Não boto muita fé nos outros, também acho que ninguém precisa me carregar no colo
quando eu mesma tenho meus pés.
Ah, se dependesse só de mim?- Suspirou. - Se não tivesse que dividir meus espaços?
Logo que fiz meus quinze anos, já estava pronta, era o que eu mais queria. Mas, agora, me pergunto: -Pronta para quê?
Para me tornar responsável pelos meus atos, preciso primeiro aprender a escolher, para escolher, preciso aprender a frear meus sentimentos, para frear meus sentimentos, eu preciso entendê-los.
E como entender? -Se existe em mim certas forças hormonais sensuais, que me impelem para
lugares sombrios?
Sei que todos passam pela adolescência com um certo pessimismo, por terem ilusões demais inspirados em pressa, eu não quero ter pressa, preciso aprender a me dominar.
Minha mãe sempre me diz que jovens não possuem freios, são como cavalos indomáveis, se
tentam colocar neles montaria, ai mesmo é que disparam.
Ela me criou com uma certa liberdade, mas em toda vez que me libertava, avisava-me dos perigos,
nunca me escondeu nada, nem mesmo sua nudez, dizia que, se tivesse conhecimento sobre algo. aquilo deixaria de ser novidade e seria tratado como normal.
Não tive ilusões a respeito de papai-noel, nem coelhinho da pascoa, minha mãe me dizia apenas a verdade, não me colocava num pedestal, Eu era de carne e osso, e como uma pessoa qualquer precisava
me identificar com todos. Ninguém esta livre de nada, -dizia ela.
O que acontece com brancos, também acontece com negros, o que acontece com ricos, também acontece com pobres e etc...
Não somos melhores e nem piores, tudo depende das circunstancias e do acaso, porém, há de se fazer escolhas, pelo sim ou pelo não.
Amava a palavra sim, mas também tinha que conhecer a palavra não, para poder saber em qual hora poder usá-los sem constrangimentos.
Posso dizer que aprendi. Sei dividir, somar, e até multiplicar, mas, também aprendi que, dependendo da hora, é necessário apagar tudo e recomeçar do zero...
Herta Fischer.






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