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Lá onde aconteceu

  Busquei em vão o que não achei, a maquina do tempo não funciona. Leva-me na alça de seu estalo Já foi, foi mesmo. Em que sala se entrega,...

sábado, 4 de outubro de 2014

Amor platônico

Ah, esse vento a tocar minha face como um doce afago sem visão.
Sentir sem ver é o melhor que há, pois se ama só com o coração.
Amar, as vezes é solitário demais, ficamos só com a ilusão dos mais
bonitos momentos, enquanto vivemos tão pouco a própria realidade das coisas.
São mais momentos só do que os momentos a dois, mais dormimos do que acordamos.
Seria tão bom se o amor nos superasse, superasse a expectativa do querer estar para
poder realmente estar.
Temos muitas tarefas que nos afastam, somos muito mais fazedores, do que apaixonados.
Eu me apaixono todo dia com as lembranças, muito mais do que com presença.
O prazer dura tão pouco, mas a saudade é uma eternidade.
Por isto amo o vento que passa radiante, sem promessas, mas que o sentimento é
tão sublime que nem necessita de presença, É muito mais recomeço que fim, é muito mais
sentir, do que pensar que sente.
A ilusão do amor do outro só é fatal quando esperamos superar os próprios sonhos que sonhamos
em relação ao outro, enquanto definhamos sem entender o que realmente o outro
sente em relação á nos.
Porque amor não se mede pela quantidade de carinho, nem pela quantidade de esperança, mas, pela intensidade em que podemos viver enquanto ainda presenciamos a face um do outro, com os
olhos transbordantes de amor.
Amor platônico é quando amamos nossa própria vontade de ser amado....
Herta Fischer.

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