Não sou de ir ao cinema, nem ao teatro,
não gosto de gosto alheio.
Ainda posso ser assim, meio
que constante em cada ideal que
procuro.
Não vejo o mundo como algo gratificante, quando
posso comprar algo de que não necessito,
só pelo prazer de comprar.
Talvez eu seja uma raridade, algo
que se fez para não ser
como os demais.
Vivo como um cavalo indomado,
longe da estupidez dos humanos, que
gostam de rédeas, pois sem ela, não
sabem para onde ir.
Eu sei bem para onde vou, e vou no trote, mais
que no galope, entre as corridas desenfreadas por nada.
Não sou boa competidora, nunca quis ser mais que
ninguém, nunca quis ter coisas só
para mostrar poder.
Só faço as coisas que todo mundo faz, porque vivo
no meio da sociedade, que precisa de regras definidas
para poder viver e fazer o que é certo,
Eu conheço o meu lugar, sei das minhas obrigações,
sei bem o que quero,
e o que quero é só viver.
Mesmo que não seja do meu jeito,
pois todos tem o seu jeito, e do jeito
que vem, eu aceito, e se não aceito, caio fora.
Construí meu lugarzinho: nem perfeito, nem tão bonito,
mas, sereno e confortável, não pelo que tem dentro,
mas em relação ao que sinto estando nele.
Nunca fui de babar em cima de historias alheias, embora
goste de ler, me satisfaço em mim, sem pretender copiar a
historia de ninguém
Olho para os outros com amor, mesmo que seja
completamente desconhecido, gosto de olhar, de
compreender sem palavras, só pelo que se reflete
na face, por saber que dentro de qualquer um, habita
sonhos.
Estou por ai, quase sempre, a andar por quantos caminhos se façam,
e por quantos forem preciso, sem cultuar desejos, sem
pretensões a me consumir.
Se tenho, me satisfaço, se não tenho, não me entristeço,
Já cresci o bastante para perceber que não ha
do que reclamar, pois o reclamar não muda nada, então,
para que sofrer,
Herta Fischer
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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
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