Quanto muito as vezes só respiro, tenho vontade de ir além, mas só se tivesse asas.
Sou imperatriz dos meus acasos, simbologia em trauma.
Só se ganha onde se planta, o resto é roubo, ou perda, sei lá!
Cicatrizes profundas, onde só havia dor, agora só lembranças de águas passadas,
de leites derramados, do poder sem ação.
Coração de sertanejo morando na cidade, ou de cidadão morando no sertão.
Quer, mas não pode, pode mas, não quer, ou quer e não alcança, ou alcançando perde a graça.
Esse é o caminho! dizem alguns:
Mas, que caminho? pergunto eu:
Ando, ando, mas não chego, procuro e procuro e não encontro, e quando acho eu me perco, e se me perco, perco o caminho.
De lutas em lutas a vida passa, até nas construções dos sonhos tudo é dúvida, e no melhor dos dias, ainda tudo é canseira.
O que para alguns é provações, para outros, são castigos, mas quem se livra do dia mau?
Nas alegrias sorrimos, nas tristezas choramos e nas perdas nos consolamos em saber que tudo é vão.
Tudo passa num lampejo e o que é novo envelhece, e o que era vira passado e o futuro também fica para trás.
Então, o que nos resta?
Viver o dia e suas comédias!
Comer o pão com alegria, e na satisfação de quem ainda vive, não planejar, mas assumir os compromissos junto com aqueles que conosco esperam pelo dia da consolação.
Herta Fischer.
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Lá onde aconteceu
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quinta-feira, 24 de outubro de 2013
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