Na minha idade nem sempre dá para ver a atualidade da mesma forma que o tempo passado.
Quase sempre nos equivocamos, achando que no nosso tempo as pessoas eram melhores e mais responsáveis.
No entanto, eram épocas diferentes, menos pessoas, ou pessoas mais distantes umas das outras, tornando o convívio um pouco melhor.
A sociedade se juntou, estão mais próximas, vivendo mais socialmente, passaram da cordialidade para a defesa.
Cada um defende as suas ideias e o seu jeito de ser, não mais aceitando com tanta facilidade, a contrariedade de seus ideais.
Os pais da atualidade, como viveram o regime militar, tornaram-se mais flexíveis, deixando que seus filhos usassem mais as suas asas, ao invés de ficarem estagnados e com medo de voar.
Porém, esqueceram de dar a direção, enquanto ainda podiam, pois é de pequenos que aprendem com mais facilidade a ideia do respeito uns pelos outros.
Houve uma rebelião dentro de cada pessoa, depois que foi evocado a ideia da democracia, e as pessoas passaram a ver a democracia como liberdade total e não parcial, mais de direitos do que de deveres.
Saindo as ruas, facilmente podemos notar que não são só os jovens que perderam a noção do respeito, mas, são os mais experientes que lhe dão incentivos para defender-se de outros não com argumentos, mas com xingamentos e má educação.
No transito, são os jovens acelerados contra os mais velhos desacelerados, mas, igualmente querendo ser os únicos e os primeiros .
Quando uma sociedade passa muito tempo acuada, com mais deveres e sem nenhum direito, é normal que, quando libertos, sintam sede de vida e queiram ser o que nunca foram.
É como uma boiada que vive confinada, na hora que os soltam, no primeiro momento ficam assustados, depois, saem em disparada, um atropelando o outro.
A ideia da liberdade tem necessidade de bom senso: Até onde eu posso avançar?
Até onde vai a minha liberdade de expressão?
Quando devo parar, e quando devo avançar?
Todo idealismo pode e deve avançar, desde que seja bom pra todos, desde que não seja de uma forma egoísta e cruel aos que esperam ou dependam dela.
Do contrario, acontece justamente o que esta acontecendo no mundo. Uma falsa sensação de liberdade, pois liberdade não pode ser individual, ou parcial.
A liberdade individual, sempre escravizará outros, alguém só pode ser totalmente livre se estiver só, a partir do momento em que precisa dividir o espaço com outras pessoas, a própria consciência de sua liberdade precisa mudar de acordo com a necessidade do outro, a sua forma de ver e de sentir.
Por exemplo: Um índio em sua aldeia, anda nu, mas, quando entra numa cidade, se ele entrar com a sua liberdade, vai deixar outros constrangidos, por não ter os mesmos hábitos de sua tribo.
Assim sendo, toda liberdade só é liberdade para quem assim o considera. diferindo-se entre si.
O que pode ser livre para uns, pode ser considerado escravidão para outros, e vive-versa.
Não se deve respeito só aos mais velhos, o respeito deve ser de pessoa a pessoa em quaisquer circunstâncias e em qualquer idade.
Não devemos em hipótese alguma instruir um filho a maltratar o filho de outro, pois o que dói na gente, da mesma forma dói no outro.
Meninos brigam, e não podemos fazer de uma briga, uma guerra.
Precisamos, sim, instruir. Precisamos, sim, estarmos atentos, mas, nunca incentivando a violência e a má educação.
É de criança que se molda melhor um individuo, e quanto mais cedo ele aprender a se defender sem precisar usar a força, melhor.
Vamos lutar para que possamos ter um mundo realmente livre, mas, que essa liberdade tenha sabedoria para saber o seu próprio limite. Tanto para os que nascem hoje, como para aqueles que nasceram em todas as épocas....
Autora: Herta Fischer
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