O conteúdo da vida, minha , sua, na lentidão se desfaz.
No vai e vem sem valor
do bem e do bom do amor.
A mente é um eco-sistema de luzes,
de poemas e de dores
que não podemos sentir,
sem se magoar ou sorrir.
Viver nem sempre é uma dádiva,
as vezes precisamos penar,
as vezes precisamos chorar
para se descobrir.
Que tudo passa tão rápido
na mão do tempo malandro,
que não nos deixa seguir.
Há apenas um momento precioso
na vida do homem idoso,
quando deita pra dormir
e logo pega no sono.
No demais tempo é só renúncia
É canseira cansativa
de descobrir que no tempo
se vai toda energia.
E o novo se renova
e o velho se descabela
pois logo vai para a cova.
Querendo ou não,
tudo um dia se apaga.
A luz da doce ilusão
de se ter o tempo na mão.
Autora: Herta Fischer direitos reservados
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