Minhas eternas suplicas,
que de tempo em tempo, cessa
Na correria pouco se vê, sentada á porta
pouco se faz.
Quando menina, tinha tempo,
jovem, dele me libertava.
Velha, já percorri
Hoje, ainda me resta um pouco,
entre janelas fechadas
Já não me conduzo como deveria.
A graça que perdeu a graça,
o tempo já furtou a claridade do olhar
Um pouco da nebulosa no coração
Emoção escorre pelas veias e
vai parar nas pontas dos dedos. Medo
A alva que despertava em todas as manhãs
virou alvo. Nada a acrescentar.
Velha?, sim! mas ainda a vida respira
Uma velha dor, bem diferente, nova a cada
momento.
Saudade de muitos, muito pouco para lembrar
Não há mais correria, pesos nos pés.
Uma prisão sem grades, uma liberdade sem teto.
Peixe sem escamas, arraia sem ferrão.
A inútil tarefa de prosseguir.
Não tendo como fugir.
Hertinha Fischer
Nenhum comentário:
Postar um comentário