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Luz azul

  Quando olhava o que ele fazia, ficava extasiada. Era capaz de fazer qualquer coisa andar, especialmente, quando manejava seu tempo. Era me...

terça-feira, 28 de maio de 2013

As manifestações do poder de Deus

Então o Senhor do meio de um redomoinho, respondeu a Jó:
Cinge agora os teus lombos como homem;
eu te perguntarei, e tu me responderás.
Acaso anularás tu, de fato, o meu juízo?
Ou me condenarás, para te justificares?
Ou tens braços como Deus,
ou podes trovejar como a voz que ele o faz?
Orna-te, pois de excelência e grandeza,
veste-te de majestade e de glória.
Derrama as torrentes da tua ira,
e atenta para todo soberbo, e abate-o.
Olha para todo soberbo, e humilha-o.
calca aos pés os perversos no seu lugar.
Cobre-os juntamente no pó,
encerra-lhes o rostos  no sepulcro.
Então também eu confessarei a teu respeito
que a tua mão direita te dá vitória
Contempla agora o hipopótamo
que eu criei contigo,
que come a erva como o boi,
sua força está nos seus lombos,
e o seu poder nos músculos do seu ventre.
Endurece a sua causa como cedro;
os tendões das suas coxas então entretecidos.
Os seus ossos são como tubos de bronze,
 e seu arcabouço como barras de ferro.
Ele é obra-prima dos eitos de Deus;
o que o fez o proveu de espada.
Em verdade os montes lhe produzem pasto,
onde todos os animais do campo folgam.
Deita-se debaixo dos lotos,
nos esconderijos dos canaviais e da lama.
Os lotos o cobre com sua sombra;
os salgueiros do ribeiro os cercam.
Se um rio transborda, ele não se apressa;
fica tranquilo ainda que o Jordão
se levante a té a sua boca.
Acaso pode alguém apanhá-lo quando ele está olhando?
ou lhe meter um laço pelo nariz?
Podes tu, com anzol, apanhar o crocodilo
ou lhe travar a língua com uma corda?
Podes meter-lhe no nariz uma vara de junco?
ou furar-lhe as bochechas com um gancho?
Acaso te farás muitas súplicas?
ou te falará coisas brandas?
Fará ele acordo contigo?
ou tomá-lo-ás por servo para sempre?
Brincarás com ele,como se fora um passarinho?
ou o tê-lo-ás preso á correia para as tuas meninas?

Acaso os teus sócios negociam com lele?
ou os repartirão entre os mercadores?
Encher-lhes-ás  a pele de arpões?
ou a cabeça de farpas?
Põe a tua mão sobre ele,
lembra-te da peleja e nunca mais o intentarás.
Eis que a gente se engana em uma esperança;
acaso não será o homem derribado só em vê-lo?
Ninguém há tão ousado que se atreva a despertá-lo.
Quem é, pois, aquele que pode erguer-se diante de mim?
Quem primeiro me deu a mim, para que eu haja de retribuir-lhe?
Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.
Não me calarei a respeito dos seus membros,
nem da sua grande força, nem da graça da sua compostura.
Quem lhes abrirá as vestes do seu dorso?
ou lhe penetrará a couraça dobrada?
Quem abriria as portas do seu rosto?
Pois em roda dos seus dentes está o terror.
As fileiras das suas escamas está o seu orgulho,
cada uma bem encostada como um selo que se ajusta.
A tal ponto uma se chega á outra
que entre ela não entra nem o ar.
Umas ás outras se ligam,
aderem entre si e não se podem separar.
Cada um de seus espirros faz resplandecer luz,
e os seus olhos são como as pestanas da alva.
Da sua boca saem tochas;
faíscas de fogo saltam dela.
Das sua narinas procedem fumo,
como duma panela fervente, ou de juncos que se ardem.
O seu hálito faz incendiar os carvões,
e da sua boca sai chama.
No seu pescoço reside a força;
e diante dele salta o desespero.
Suas partes carnudas são bem apegadas entre si,
O seu coração é firme como uma pedra,
firme como a mó de baixo.
Levantando ele tremem os valentes;
quando irrompe ficam como que fora de si.
Se o golpe de espada o alcança de nada vale,
nem de lança, de dardo ou de flecha.
Para ele o ferro é palha,
e o cobre pau podre.
A seta o não faz fugir;
as pedras das fundas se lhe tornam em restolho.
Os cacetes atirados são para ele como palha,
 e ri-se do bramir da lança.
Debaixo no ventre há escamas pontiagudas;
arrasta-se sobre a lama, como um instrumento de debulhar.
As profundezas faz ferver, como uma panela
torna o mar como caldeira de unguento.
Após si deixa um sulco luminoso; o abismo parece ter-se encanecido.
Na terra não tem ele igual,
pois foi feito para nunca ter medo.
Ele olha com desprezo tudo o que é alto
é rei sobre todos os animais orgulhosos.

A confissão de Jó
 Então respondeu Jó ao Senhor:
Bem sei que tudo podes,
e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Quem é aquele, como dissestes,
que sem conhecimento encobre o conselho?
Na verdade falei do que não entendia;
cousas maravilhosas demais para mim,
cousas que eu não conhecia.
Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei;
eu te perguntarei, e tu me ensinarás;
Eu te conhecia só de ouvir,
mas agora os meus olhos te vêem.
Por isso me abomino,
e me arrependo no pó e na cinza.


Tirado do livro de Jó
Capítulo 40 , 41 , 42




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